Você parou, analisou cenários, julgou os benefícios tangíveis e intangíveis e decidiu: fazer um MBA no exterior faz todo sentido e impulsionará sua carreira. Porém, se para pagar um curso na casa de 30 mil reais no Brasil já é preciso planejamento, como bancar um MBA nas melhores escolas do mundo, que pode custar até 200 mil dólares?
As condições (juros e prazos) variam entre as escolas, mas geralmente são extremamente vantajosas quando comparadas às linhas de crédito brasileiras. Os juros dos financiamentos estudantis estão entre 6 e 7% ao ano e o prazo de pagamento pode chegar a 25 anos
Antes de desistir de seu sonho e de uma experiência transformadora por questões financeiras, é importante conhecer as diversas formas complementares de pagar um MBA no exterior.
A crise financeira recente alterou o meio de pagamento de pós-graduações (lato sensu) e MBA. Com as empresas financiando cada vez menos parte dos estudos de seus colaboradores e com os juros altos no país, a maioria dos estudantes de MBA no exterior estão bancando a experiência com uma combinação de recursos próprios e de financiamento de bancos internacionais conveniados com a universidade.
Grande parte das 30 melhores escolas do mundo – segundo os rankings do Financial Times, Business Week e Forbes – localizadas nos Estados Unidos, Canadá e Europa oferecem financiamento de até 100% do custo total dos dois anos de curso, incluindo mensalidade e custo de vida.
As condições (juros e prazos) variam entre as escolas, mas geralmente são extremamente vantajosas quando comparadas às linhas de crédito brasileiras. Os juros dos financiamentos estudantis estão entre 6 e 7% ao ano e o prazo de pagamento pode chegar a 25 anos. Algumas escolas podem exigir fiador no país, enquanto outras pedem apenas documentos que comprovem a capacidade de quitação do aluno. Por exemplo: a Harvard Business School, a escola de negócios de Harvard, permite um empréstimo a estudantes estrangeiros de até US$ 125 mil por ano com juros de 6,75%, prazo de pagamento de 15 anos e sem a necessidade de fiador. Na escola, cerca de 65% dos alunos contam com algum tipo de financiamento via Credit Union.
É possível também, obviamente, buscar oportunidades de bolsas de estudos por mérito ou necessidade. As próprias escolas, para garantir que talentos não deixem de entrar no MBA por falta de recursos financeiros, oferecem bolsas que cobrem de 10 a 100% do valor do curso. Dependendo da modalidade de bolsa, o histórico acadêmico e/ou profissional do aluno e sua renda salarial nos anos que antecedem o MBA são analisados.
A IMD na Suíça, por exemplo, apresenta diferentes programas de bolsas, desde para candidatos com excelente perfil de liderança até programas voltados a países emergentes.
Além das bolsas das escolas, organizações no Brasil como a Fundação Estudar, que mantém o Estudar Fora, e o Instituto Ling oferecem bolsas de estudos por mérito para que jovens talentos possam cursar as melhores escolas do Brasil e do mundo.
Uma outra fonte de financiamento menos tradicional está ganhando espaço e pode ser uma alternativa para quem não têm recursos financeiros para pagar a totalidade do MBA. Nos modelos chamados community financing ou peer-to-peer, investidores (empresas ou pessoas físicas) financiam as próximas gerações de alunos de pós-graduação e MBA e as loans acontecem por meio de plataformas como o Prodigy Finance. O processo é menos burocrático e oferece ótimas condições de juros e prazos.
Vale a pena? – Ao se questionar se vale a pena o esforço e aperto financeiro para bancar um MBA no exterior, é preciso levar em conta também os ganhos pós-MBA na carreira. Além dos benefícios intangíveis e de desenvolvimento pessoal inquestionáveis, o retorno financeiro em progressão salarial de um programa de MBA é altamente positivo. Pesquisam mostram que os estudantes das “top 30” escolas de negócio do mundo têm o salário dobrado em até 3 anos após a conclusão do curso e o retorno do investimento acontece em apenas 4 anos.
Considerando todas as opções disponíveis, para aproveitar ao máximo a experiência de um MBA no exterior, é preciso planejar. Poupar para estudar é sempre a melhor opção. Por mais que não seja possível pagar o valor integral do curso com recursos próprios, economias ajudam a reduzir o número de parcelas e a negociar juros de financiamentos, bem como complementam o valor de bolsas de estudos.
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Esta coluna é assinada por Francine Zucco e Daiana Stolf.
Francine Zucco é bioquímica com mestrado Erasmus Mundus em Inovação, mas verdadeiramente entusiasta da área de educação. Após morar e estudar no Canadá, França, Irlanda e Itália, descobriu a sua paixão por viajar, conhecer diferentes culturas e por auxiliar estudantes a buscarem experiências transformadoras no exterior. Ela mantém estas paixões nutridas na TopMBA, onde atua como coach.
Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pela Universidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica naUniversidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes por meio de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.
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