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MBA no exterior: dicas para escrever redações competitivas

Por Daiana Stolf e Alex Anton, da TOP MBA

Invariavelmente, os candidatos a um MBA no exterior precisam atentar para um ponto crucial no processo de application (candidatura): as redações (ou essays). Vencidos os testes (GMAT e TOEFL ou IELTS) este é, provavelmente, o componente que mais demanda energia e dedicação durante o processo.

Como escrever essays de impacto?

As universidades estão interessadas em saber quem você é como pessoa e se tem potencial para se tornar um líder que faça a diferença no futuro

Primeiramente, você precisa saber o que o comitê de admissões (AdCom) espera ao ler os essays de um candidato. Pense bem: o currículo e as cartas de recomendação mostram a sua trajetória profissional e o que você foi capaz de produzir ao longo de sua carreira. Os resultados de testes como o GMAT (matemática e lógica) e o TOEFL / IELTS (inglês) indicam sua capacidade analítica, habilidade de tomar decisões sob pressão (afinal, o tempo para responder cada questão é bastante curto) e conhecimento da língua inglesa – notas boas são um indício de que você não terá dificuldades para acompanhar o programa, que inclui disciplinas altamente quantitativas e cujo cronograma é puxado. Portanto, o que sobra para os essays?

Bem, as universidades estão interessadas em saber também quem você é como pessoa e se tem potencial para se tornar um líder que faça a diferença no futuro, entre outros. Por isso, em geral, as perguntas dos essays têm um foco maior em competências pessoais e sociais, nas quais o candidato deve transcorrer sobre o aprendizado de um trabalho em equipe, impacto que teve em um grupo ou organização, motivações para liderar outras pessoas, paixões pessoais e/ou uma análise racional por trás de determinadas decisões. Veja abaixo as redações pedidas este ano no processo de seleção de algumas das melhores escolas de negócio do mundo:

 

Responder a questões como “O que mais importa para você, e por quê?”, como exige Stanford, demanda muitas horas de reflexão, e rascunhos e mais rascunhos. É preciso  escrever algo que seja um tanto filosófico e pessoal quanto impactante e profundo, mas – o mais importante – original. Por isso, é essencial que você comece a preparação para os applications com bastante antecedência, para que tenha tempo suficiente para mergulhar no processo. Este não serve apenas para entrar em um programa competitivo, mas também para revisitar seus valores, objetivos de vida e a pessoa – e líder – que pretende se tornar no futuro.

Não repita informação que já foi dita em outras partes do application

Também é importante que você demonstre como se encaixa, pessoal e profissionalmente, na cultura e proposta de desenvolvimento acadêmico e social da escola.

Para isso, recomendamos que você faça uma pesquisa minuciosa sobre o programa, converse com atuais alunos ou com quem já passou pela experiência, visite o campus, assista a aulas, participe de infosessions, sejam elas online ou presenciais, e anote todas as atividades (curriculares e extracurriculares) que fazem o seu olho brilhar. Essas informações serão úteis não só nos essays, mas também nas entrevistas posteriormente. Além disso, seus objetivos profissionais futuros (após o MBA) devem estar claros, demonstrando ao comitê de admissão que você refletiu sobre como o curso ajudará a alavancar suas habilidades para chegar na posição ou área desejada.

Na prática, observe alguns detalhes:

1. Não repita informação que já foi dita em outras partes do application, como o currículo ou o formulário online;
2. Quando argumentar o porquê determinada escola oferece exatamente o que você procura em um MBA, não se limite a citar cursos e atividades que são facilmente encontrados no website do programa. Colha informações autênticas e enfatize como elas se conectam com a sua história e irão ajudá-lo a alcançar seus objetivos;

Evite frases vazias que enaltecem qualidades – o leitor deve chegar sozinho à conclusão de que você foi competente

3. Seja claro e objetivo na escrita. Um texto limpo, com palavras simples, muitas vezes tem um impacto maior e consegue passar a mensagem de maneira ainda mais eficiente do que outro recheado de expressões rebuscadas. Lembre-se que na maioria dos casos há um limite de palavras a ser respeitado, e escrever objetivamente ajuda a poupar espaço;
4. Demonstre a sua atuação em determinada situação, exemplificando sempre que possível. Evite frases vazias que enaltecem qualidades – o leitor deve chegar sozinho à conclusão de que você foi competente e soube motivar seu time quando necessário.

Finalmente, lembre-se que cada indivíduo é único e pode contribuir para o programa, a comunidade da escola – e o mundo – de maneira diferente e original. Não se compare com outros candidatos, e não se iluda em achar que deve contar a mesma história de planos futuros só porque ela funcionou com seu amigo que entrou em Harvard. Muito pelo contrário: a sua missão – e grande desafio – nos applications é conseguir extrair o melhor de si, de sua história passada e de suas ambições futuras para convencer a universidade quer: i) o MBA é um passo necessário em sua carreira nesse momento; ii) você enriquecerá as discussões em sala de aula com suas experiências pessoais e profissionais, e a comunidade da escola com seu engajamento em atividades específicas; iii) existe uma grande compatibilidade entre o desenvolvimento que você busca e os recursos que a escola oferece; iv) você apresenta potencial e desejo de se tornar um líder competente não só tecnicamente, mas também comprometido com valores éticos esperados de alguém que ocupará posições de decisão importantes e de alto impacto.

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Sobre os autores:

Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pelaUniversidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros determinados a fazer pós-graduação nas melhores universidades do mundo. É co-fundadora da TopMBA Coaching. 

Alex Anton poussui MBA pela Harvard Business School e adora ajudar outros brasileiros a realizarem o sonho de estudar nas melhores escolas do mundo. Já morou e trabalhou no Canadá, Alemanha, Suíça, Indonésia, Estados Unidos e China. É co-fundador daTopMBA Coaching e entusiasta da meditação, fotografia e corrida.

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