As notas do GRE têm um grande impacto no sucesso da candidatura para um mestrado no exterior, bem como na carreira futura do estudante. Por isso, é importante estar por dentro de todas as informações sobre como ela é composta e como deve ser utilizada. Confira abaixo três informações que todo candidato deve saber sobre o seu score:
#1 A pontuação do GRE é feita por seções individuais do exame
Diferente da maior parte dos testes padronizados, o GRE não oferece um score composto para o exame todo. Ao contrário, você receberá uma nota separada pelo seu desempenho em cada uma das três partes do teste: Quantitative Reasoning, Verbal Reasoning e Analytical Writing.
Tanto a seção quantitativa quanto a verbal vão de 130 a 170 pontos. Para estas duas seções, a nota é calculada em incrementos de um ponto. Já a seção de Analytical Writing é pontuada em uma escala de 0 a 6. Para esta seção – na qual o candidato precisa escrever dois ensaios – é possível ter notas que incluem meio ponto – ou seja, 4.5, 5 ou 5.5.
Como cada seção tem sua própria nota, é muito comum que as universidades tenham como requisito notas mínimas para cada uma. Alguns programas, naturalmente, enfatizam mais uma seção do que outra. Um Master of Arts em escrita criativa, por exemplo, pode demandar uma nota quase perfeita em Verbal e Analytical Writing, e pedir uma nota abaixo da média para Quantitative. Já programas e disciplinas em engenharia e ciências exatas quase sempre têm como requisitos notas muito mais altas para Quantitativo do que para Verbal
#2 As notas do GRE são ajustadas de acordo com a dificuldade
Suas notas do GRE são parcialmente baseadas em quantas respostas você acertou em cada seção, mas a nota oficial também é ajustada pela dificuldade de cada questão. A ETS, agência responsável pela elaboração e aplicação do exame, possui uma base de dados enorme com questões, e cada estudante recebe uma combinação única de perguntas no dia do exame.
O GRE também mantém estatísticas sobre o desempenho dos estudantes em diferentes seções. Por exemplo, se você aleatoriamente receber questões que são mais difíceis do que a média, seu score será ajustado para cima, de forma a compensar pela dificuldade extra do exame.
Outra forma de receber questões mais difíceis do que a média no GRE não envolve sorte: o exame é elástico – ou seja, programado para oferecer questões mais difíceis nas seções quantitativas e verbais se você foi bem nas primeiras perguntas. O teste literalmente se adapta à sua performance.
Isto pode parecer injusto – se ir bem leva a perguntas mais difíceis, pode parecer uma punição por bom desempenho. Mas a realidade é diferente. Lembre-se que se você responder perguntas difíceis, sua nota será ajustada para cima. Por isso, se o seu desempenho não for bom na parte difícil do teste depois de ter um bom desempenho nas questões mais difíceis não necessariamente vai prejudicar suas notas. A ETS vai entender que o segundo grupo de questões foi mais desafiador e vai lhe penalizar menos por respostas erradas – ao mesmo tempo que vai lhe recompensar mais por respostas certas.
#3 As notas do GRE só são válidas por cinco anos
No dia da realização do exame, o estudante poderá conferir o seu score não oficial – aquele que ainda não foi “reajustado” pela dificuldade da prova. Já o relatório oficial será disponibilizado online dentro de 15 dias da realização do exame. O estudante receberá uma notificação por e-mail de que as notas estão disponíveis no site da ETS e que já foram enviados às instituições selecionadas. Também é possível imprimir, através da página da ETS, uma cópia oficial do relatório. A partir da data da realização do exame, a nota é válida por cinco anos. Ou seja, um exame realizado em 25 de setembro de 2016 expirará em 26 de setembro de 2021.
Para garantir a legitimidade dos relatórios, a maior parte das universidades solicitam que o candidato envie suas notas através da ETS. Isto pode ser feito de duas maneiras:
1: Até 4 destinatários gratuitos
A taxa paga pela realização do exame já dá direito a enviar as notas do GRE para até quatro instituições de ensino ou instituições que oferecem bolsas de estudos. Só que esta escolha deve ser feita no momento em que se realiza o exame. Para quem o realizou mais de uma vez, é possível enviar a nota mais recente ou escolher entre seus melhores desempenhos nos últimos cinco anos. Isto não é obrigatório – o estudante também pode optar por não mandar para nenhuma instituição.
2: Relatórios Adicionais
A segunda maneira é para quem decide para quais instituições vai enviar depois da realização do exame, ou para quem deseja enviar para mais de quatro instituições. Neste caso, é preciso solicitar Reports Adicionais, por uma taxa de 27 dólares americanos por recipiente. Da mesma forma, também é possível escolher entre os mais recentes ou as melhores notas dos últimos cinco anos.
É importante lembrar que nunca é cedo demais para mandar sua nota para as universidades desejadas. Muitos estudantes optam por fazer o GRE logo no início da preparação, a fim de se dedicarem depois às cartas de motivação e recomendação. Por isso, se você já sabe onde quer fazer sua pós-graduação, não há problema em enviar seus reports assim que fizer o exame – mesmo que seja meses antes do prazo de candidatura.
Este artigo foi adaptado de uma publicação da Top Universities. O original, em inglês, pode ser conferido aqui.
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