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GRE: tudo sobre o exame de admissão ao mestrado

site do GRE

Se você está planejando fazer um curso de pós-graduação – ou graduate courses – no exterior, provavelmente a universidade exigirá o teste GRE (Graduate Record Examination) como um dos requisitos de admissão. O GMAT continua sendo o exame mais comum solicitado por programas de MBA ao redor do mundo. Entretanto, o GRE se consolidou como o mais pedido para admissão em mestrados, mas algumas escolas de negócios também aceitam o GRE para admissão ao MBA.

Para ver a lista completa das escolas que aceitam o GRE, acesse o site (disponível aqui). Caso você esteja interessado em realizar o teste, é importante revisar os requisitos de admissão das escolas nas quais pretende se candidatar – as pontuações dos testes de admissão são apenas uma parte dos processos seletivos. Os comitês de avaliação das universidades tendem a procurar estudantes que têm uma aplicação sólida como um todo.

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O que é o GRE General Test?

O GRE é um exame padronizado, semelhante ao GMAT, que mede as habilidades consideradas importantes para o sucesso em programas de pós-graduação: verbal
raciocínio, raciocínio quantitativo, pensamento crítico e redação analítica.

Para todos os casos, o teste GRE é realizado por computador em um centro de aplicação ou de forma remota e online em casa. A aplicação dura 1 hora e 58 minutos, ao todo. O exame é realizado diversas vezes por mês em várias cidades do Brasil, ou pode ser realizado em casa, em qualquer horário ou dia da semana, 24h após o estudante se registrar de forma online. A taxa de inscrição é de US$ 220.

No GRE, são apresentadas perguntas que têm como objetivo refletir o perfil de pensamento do estudante, assim como as habilidades consideradas importantes nos dias de hoje e comumente exigidas em programas de pós-graduação. As questões medem o raciocínio verbal, o raciocínio quantitativo, o pensamento crítico e habilidades de escrita analítica em três seções. Tais habilidades devem ser desenvolvidas ao longo da trajetória acadêmica e não estão relacionados a um campo de estudo específico, elas são importantes para todas as áreas.

Há também o GRE Subject Tests, que mede seu conhecimento e nível de habilidade em uma das três áreas específica de estudo: matemática, física e psicologia.

Analytical Writing 

Avalia, por meio de uma redação sobre um problema específico, o pensamento crítico, especialmente para articular e dar suporte a ideias complexas de forma clara e eficiente. São dados 30 minutos para a elaboração do texto.

A seção de escrita analítica estará sempre a primeira. As duas outras podem aparecer em qualquer ordem.

Verbal Reasoning

Mede a habilidade de analisar e avaliar materiais escritos e sintetizar informações. A primeira seção dura 18 minutos e tem 12 questões. A segunda seção dura 23 minutos e tem 15 questões.

Nessa seção, há três tipos de questões: text completion (aquelas que pedem para completar sentenças), sentence equivalence (corrigir frases ou indicar frases equivalentes), e reading comprehension (parte em que o candidato deve demonstrar que entendeu o que foi lido). 

Quantitative Reasoning

Mede a habilidade de resolver problemas, focando nos conceitos de aritmética, álgebra, geometria e análise de dados. A primeira seção tem 21 minutos e 12 questões; a segunda, 26 minutos e 15 questões. 

Como começar a estudar para o GRE?

A opção mais comum é começar a estudar para o GRE pela seção de Writing. Assim, o candidato terá mais tempo para se familiarizar com as ideias contidas nos temas das redações. No próprio site da ETS você encontra todos os tópicos que podem ser dados no dia do teste.

No entanto, não é necessário decorar essas perguntas; o importante é que o candidato crie modelos para resposta e incremente vocabulário e gramática. Além disso, também é esperado que ele saiba escrever uma redação no modelo sugerido. Nessa preparação, memorizar todos os tópicos seria desperdício de tempo e energia que poderia ser direcionado a outras seções do teste.

Leia também: O que é o GMAT? Tudo sobre o exame padronizado para pós-graduação

Por outro lado, pode ser útil para a seção Verbal Reasoning memorizar algumas palavras mais recorrentes que estão em todos os materiais preparatórios para o teste. Uma boa dica para isso é utilizar flash cards, um dos melhores recursos de memorização e organização de vocabulário segundo o livro “Mente Organizada”, de Daniel Levitin.

Já a seção de Quantitative requer a revisão de noções de matemática frequentemente esquecidas por muitos alunos de humanas.  Conceitos de álgebra e geometria são básicos e devem estar afiados para o teste. Alguns exercícios de raciocínio lógico são solicitados e treinar bastante para conseguir fazer os exercícios dentro do tempo é um bom aliado para um bom score.

Como se inscrever para fazer a prova?

As inscrições para o GRE podem ser feitas pelo site da ETS, a organização que gerencia e aplica o exame. Neste link, você consegue ver quais são os centros de aplicação do GRE mais próximos de você, em quais datas é possível realizar o exame e entender como funciona o modelo de prova online e remoto.

Para se inscrever, é necessário criar uma conta no site da ETS e depois pagar a taxa de inscrição, que é de US$ 220. Vale notar que é possível obter redução ou isenção da taxa de inscrição em alguns casos. Nesta página, é possível ver quais são os requisitos para esse benefício.

O que é uma boa pontuação?

A pontuação no GRE varia de 130 a 170 pontos para as seções de Verbal e Quantitative, e de 0 a 6 para a seção de Writing. Esse número, no entanto, não é particularmente representativo do seu desempenho. Importa mais o seu desempenho relativo a outros candidatos do que por si só.

Isso porque não existe como “reprovar” no GRE, já que a prova não é de aprovação ou reprovação. Ir bem ou mal na prova é sempre algo relativo, pois depende da faculdade onde você pretende se candidatar. E as próprias instituições oferecem notas médias como referência a estudantes interessados. 

Leia também: Guia para a pós-graduação no exterior

 

Três dicas para ir bem no GRE

1. Esqueça as listas

A princípio, a ideia que associamos a adquirir vocabulário e memorizá-lo é a de fazer uma compilação de palavras recém-aprendidas. E, portanto, o que seria melhor do que listas? Ao contrário do que o raciocínio inicial pode apontar, as listas não funcionam tão bem nessas horas. Em vez de servirem de aliadas, podem atrapalhar o candidato por reunirem, de uma vez, as diversas palavras, sem uma categoria pré-estabelecida. A saída é usar flashcards para isso.

Os chamados flashcards são pequenos pedaços de papel em que, de um lado, há uma palavra e, no verso, seu significado, uma tradução. É como ter pequenas fichas de memorização, que você pode agrupar como deseja e levar consigo para praticar em qualquer lugar. Para quem não gosta do jeito mais artesanal de fazê-las, há alternativas digitais, como programas para computador, tablet e smartphone (o Anki, por exemplo). O melhor caminho é sempre dividir, separar as palavras em grupos. Pode ser por prefixo, sufixo, por categoria de palavra, como adjetivos, advérbios. Praticando o vocabulário novo dessa forma, é possível memorizar melhor os conceitos e otimizar tempo, já que a atividade pode ser feita em qualquer lugar.

2. Crie templates

Em vez de ir para a prova sem uma preparação prévia para as redações, preocupe-se em construir modelos, templates para os textos. Tenha em mente uma estrutura padrão de argumentação, com começo, meio e fim, e esteja a postos para adaptá-la na hora de prova. É uma sacada a mais na parte escrita: independentemente do tema, o candidato já tem uma carta na manga e um passo à frente em matéria de gestão de tempo. Isso funciona para que o candidato não se canse nessa parte do teste, que demora uma hora.

3. Elabore um sistema de eliminação

Com uma leva de perguntas pela frentes, o que você mais quer é tornar o processo mais tranquilo e respondê-las com facilidade. Nada melhor, portanto, do que criar um sistema que permita acelerar as coisas. Primeiro, classifique as alternativas com letras do alfabeto, ainda que elas não sejam colocadas como A, B e C. Depois, elabore uma forma de sinalizar, de forma rápida, como cada opção se classifica. Utilizar bem o papel de rascunho ajuda a eliminar as alternativas, é o que chamamos de process of elimination. O candidato indica aquela que está errada, as que deixaram em dúvida, de uma forma simples.

 

 

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