Estudar nas melhores escolas do mundo pode ser muito caro, e garantir os fundos para pagamento é, geralmente, uma das maiores preocupações do estudante uma vez que ele foi aceito – seja para uma graduação, pós ou MBA no exterior.
Além de contar com economias pessoais e eventuais bolsas, muitos estudantes se voltam a empréstimos estudantis. Mas escolhê-los pode ser desafiador e, por vezes, até arriscado. Confira alguns pontos a levar em consideração antes de escolher o seu financiamento:
#1 É internacional?
Bancos, muitas vezes, têm restrições para fazer empréstimos internacionais. Da mesma forma, há instituições financeiras do país de destino que impõem restrições a empréstimos para alunos internacionais – exigindo, por exemplo, fiadores e imóveis locais. Encontrar uma instituição que, no Brasil ou no exterior, autorize e facilite estes empréstimos internacionais é o primeiro passo.
#2 Juros: fixos ou variáveis?
Há dois tipos de taxas de juros: fixa e variável. A fixa é uma só durante todo o período de empréstimos e repagamentos; já a variável oscila de acordo com flutuações de mercado. Mas o que é melhor?
“Uma taxa fixa significa que você vai se beneficiar se as taxas de mercado subirem e a sua permanecer igual; mas isto também significa que você não vai se beneficiar de pagar menos se o mercado cair”, explica Ricardo Fernandez, diretor de desenvolvimento de negócios na Prodigy Finance.
“Para estudantes que planejam pagar seus empréstimos em um ou dois anos, uma taxa variável é provavelmente a melhor opção, pois eles provavelmente terão acesso a juros mais baixos”, complementa. A maior parte dos empréstimos estudantis combinam componentes fixos ou variáveis; em geral indexados a taxas do mercado, como a Libor (Reino Unido) e Prime (Estados Unidos).
#3 Taxa Anual Efetiva Global (TAEG)
Olhando além das taxas de juros, cada empréstimo oferecerá diferentes margens, taxas e tarifas adiantadas. A TAEG leva em conta todas estas variáveis, bem como os juros compostos, e as expressa em um percentual único – permitindo a comparação mais efetiva entre as ofertas de empréstimo.
#4 Você consegue quitar?
Muito simples. Não pegue um empréstimo se você não souber se consegue quitá-lo. Por isso, é importante também olhar a empregabilidade e o salário médio de graduados dos programas que você deseja fazer. Especialmente entre MBAs, este dado é amplamente divulgado pelas instituições.
Na Chicago Booth, 95% dos formados no MBA se reposicionam em até 3 meses após a formatura, com um aumento salarial de 107%, de acordo com o Financial Times. Na CEIBS, o aumento salarial médio é de 157%.
Enquanto a maior parte dos bancos usa como base para os empréstimos o histórico do solicitante, a consultoria Prodigy usa um modelo preditivo, considerando o potencial de aumento do salário do estudante para determinar sua viabilidade.
#5 Período de Carência
Embora taxas de juros continuem se acumulando sobre o seu empréstimo neste período, ter um período de carência – ou “isenção de pagamento” – depois da conclusão do curso permite ao estudante ter tempo para se organizar, encontrar um trabalho e se estabilizar antes de continuar a quitar sua dívida.
#6 Curto ou Longo?
Muitos estudantes preferem a flexibilidade e pagamentos menores mensais que acompanham um empréstimo de longo prazo. Ainda assim, Ricardo alerta: “É melhor quitar seu débito o mais rapidamente possível.” Quanto maior o prazo para repagamento, mais juros o estudante vai pagar: com um prazo de 25 anos, por exemplo, o valor a ser pago pode checar a 3 vezes do valor emprestado devido às taxas de juros.
#7 Agilidade do processo
É importante levar em conta como é o serviço oferecido ao cliente – é ágil? Consegue resolver suas dúvidas sem dificuldades? Mais do que isso, alguns credores podem exigir uma vasta gama de documentos, com testemunhas e fiadores. Tais exigências podem atrasar o processo de aprovação do empréstimo.
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