7 coisas que quem está indo estudar fora precisa saber
Por Nathalia Bustamante
Finalmente, o destino foi escolhido, a matrícula feita para todas as disciplinas, passaporte, visto, check-up de saúde… tudo pronto! Mas a preparação para um intercâmbio de estudo vai muito além de documentação e carimbos: envolve também preparação emocional e planejamento. E, para isso, não importa o quanto se tenha viajado anteriormente: algumas coisas serão surpreendentes quando se vive imersivamente em uma cultura diferente.
Pensando em ajudá-lo a realizar uma transição mais suave e segura para sua nova vida no exterior, o Estudar Fora reuniu abaixo cinco dicas de pessoas que já passaram pela experiência, e o que elas fariam diferente se soubessem com antecedência. Confira:
#1 Se você não faria isto em casa, não faça no exterior
Talvez seus pais estejam hesitantes em deixa-lo estudar no exterior porque eles “viram no jornal” ou assistiram o filme “Busca Implacável”. Embora, na realidade, viver no exterior muitas vezes seja mais seguro do que em grandes cidades do Brasil, a verdade é só uma: se você não faria isto aqui no Brasil, não faça em nenhum outro lugar. Sim, parece uma regra simples de ser seguida, mas pode ser ainda mais fácil de esquecer quando tudo se transforma em “You Only Live Once”. Por isso, previna-se: não ande para casa sozinho às 3 horas da manhã, evite jóias chamativas em vizinhanças desconhecidas, não deixe sua bolsa ou mochila com o zíper aberto no transporte público. Ser um estrangeiro não te torna um alvo para pessoas mal intencionadas; ser descuidado, sim.
#2 Seu telefone é um acessório – não uma muleta
Sim, o iMessage, Skype e Google Maps serão recursos valiosos na sua vida, mas eles não lhe ajudarão a fazer amigos ou a aprender sobre uma cidade estrangeira. Moradores locais não se aproximarão de você e nem você deles, se você depender constantemente do conforto da tecnologia. Por isso, fique à vontade para tirar suas fotos “Estou-vivendo-maravilhosamente-bem-aqui-no-exterior-enquanto-você-está-aí-sentado” e, então, guarde o celular para que você possa aproveitar verdadeiramente a experiência. Além disto, perder-se um pouquinho na sua rota para a universidade/para casa pode levar a descobertas maravilhosas – como lojas, cafés, parques, bibliotecas que estão a pouca distância do seu caminho e não estão marcados no mapa. Viver em outra cidade é uma oportunidade e tanto de sair da sua zona de conforto, descobrir as cores e características do ambiente, e conhecer pessoas novas durante o processo.
#3 Aproveite a diversidade de cardápios
Estando fora, não é a hora de comer arroz e feijão. Pode até ser legal se arriscar na cozinha para mostrar o prato mais tradicional do Brasil para seus colegas locais, mas engajar-se com uma nova cultura também significa se arriscar um pouco com as preferências gastronômicas locais. Evite restaurantes e lojas próximas de atrações turísticas ou de grandes praças e parques, porque eles geralmente são armadilhas mais caras para turistas. Descubra onde os nativos comem! E não se sinta intimidado ou desencorajado se você não entender o que o cardápio quer dizer (ou não souber o que você está comendo). Seja aventureiro, diga sim, e confie nos seus instintos alimentares.
#4 Planeje-se com antecedência
Não precisa ser nenhum projeto minucioso e detalhado com planos A, B e C: lembre-se, por exemplo, de checar se há rotas de metrô em obras (transporte público será seu melhor amigo) ou se elas funcionam durante a madrugada. Além disso, há diversos feriados de que você pode nunca ter ouvido falar, então não os deixe passar “porque não descobri antes”. Planeje-se com antecedência para fazer os arranjos necessários – descubra quando os museus fecham, quando o mercado popular abre, e compre ingressos para festivais antes que seja tarde demais. Esperar até o último minuto pode até parecer divertido e espontâneo, mas na verdade é apenas um erro de principiante.
#5 Viaje entre países: é barato e simples
Viver “on a budget” é uma filosofia de vida com a qual você vai se acostumar rapidamente enquanto estiver no intercâmbio. Vai para a Europa? RyanAir, EasyJet e Vueling são apenas algumas das companhias aéreas com um custo-benefício ótimo (embora sem lanchinho de bordo), com vôos a partir de R$ 60,00. Mas lembre-se: cobra-se à parte para despachar bagagem e provavelmente não haverá ninguém para lhe ajudar pelas ruas com uma mala gigante, então leve apenas o necessário. Trens e ônibus também são ótimas opções de transporte. Já no que diz respeito a acomodação, é possível encontrar espaços encantadores em casas alugadas pelo AirBnB e hostels baratos. Outra dica: viaje com amigos! É mais barato, mais seguro e mais divertido.
#6 Esqueça o que está “perdendo” no Brasil
Sentir-se saudoso e desejar estar “na festa do século” para a qual todos os seus amigos foram é completamente normal. Mas este medo de perder oportunidades e eventos aqui no Brasil está só na sua cabeça. Ao invés disso, faça suas próprias oportunidades enquanto está lá: descubra clubes no campus, entre em um grupo de estudos, leia blogs locais sobre atividades que acontecem na cidade… Aproveite seus contatos nativos e peça-lhes indicações de eventos e lugares, ou, melhor ainda, junte-se a eles! Você se surpreenderá ao ver que afastar-se um pouco do que deixou aqui no Brasil vai melhorar sua experiência e torna-la ainda mais inesquecível.
#7 Esteja preparado para o choque da volta
Às vezes, a readaptação à vida de estudante brasileiro pode ser mais difícil do que o choque de chegada ao país de destino. Você já viveu uma experiência transformadora e inesquecível – mas o impacto dela na sua vida não acaba quando você passa de volta pela imigração. Ajustar-se à vida de volta ao Brasil e separar-se das amizades que fez durante o período no exterior estão entre os maiores desafios de toda a experiência. O choque cultural de chegada desaparecerá em poucas semanas, mas você nunca mais será o mesmo ao retornar. Aonde quer que vá, você sempre terá a certeza de que o intercâmbio foi uma experiência transformadora e que a rede de contatos que você estabeleceu lá (de amigos, professores, colegas, nativos e internacionais) será para sempre.
Este artigo foi adaptado de TeenVogue. O original, em inglês, pode ser acessado aqui.
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