Estudar fora envolve um processo que dá um certo trabalho, toma uma certa energia e exige uma postura participativa. Por isso, não desanime, não fique com preguiça, não desista. Você estará investindo em você mesmo e todo este trabalho será muito compensador!
E o novo ano chegou! Nada melhor que começar 2015 realizando seu sonho de estudar fora. Agora é uma boa hora de tirar do papel este projeto e transformá-lo em realidade. Pode parecer complicado ou mesmo impossível, mas não é não. Sim, estudar fora envolve um processo que dá um certo trabalho, toma uma certa energia e exige uma postura participativa. Por isso, não desanime, não fique com preguiça, não desista.
Para tirar o seu sonho do papel, você terá que ter disponibilidade e envolvimento para pesquisar, avaliar escolas, avaliar cidades e países, organizar sua documentação, se preparar e fazer exames.
Não deixe tudo para a última hora. Como o processo é longo e as instituições de ensino internacionais são bastante rigorosas com os prazos, é recomendável que você comece a se preparar com um ano de antecedência, tendo em mente o calendário acadêmico internacional (aulas com início em agosto/setembro ou janeiro/fevereiro). Assim, terá tempo para fazer tudo o que precisa, sem sustos.
Entenda: você está investindo em você mesmo e todo este trabalho será muito compensador! Sua vida vai se transformar, em todos os sentidos. O que você deve, então, fazer para seu sonho se tornar uma realidade?
1. Definir qual é o seu projeto – o que você quer fazer:
> Intercâmbio universitário de seis meses ou de um ano;
> Especialização;
> Curso de curta duração;
> Pós-graduação: MBA; Mestrado; ou Doutorado.
2. Entender seu perfil como aluno/aluna (excepcional, bom, mediano)
Esta é uma parte importante do processo para você não se frustrar. Compreendendo o seu perfil acadêmico, as suas escolhas ficarão mais fáceis e os resultados serão mais satisfatórios. É preciso escolher universidades que tenham um “great match” com seu perfil. Isto é, combinem com você. Nada te impede, entretanto, de apostar também em uma universidade “top”.
Analise o seu histórico escolar, converse com professores e outras pessoas que possam te avaliar neste sentido.
3. Definir o idioma em que prefere estudar e no qual poderá se desenvolver melhor academicamente
Isso é muito mais sério do que se imagina. É melhor ir para um país no qual estudará em um idioma que já conhece. Até porque você terá que fazer uma prova de qualificação na língua em que vai estudar ( no caso de língua inglesa, em geral, TOEFL ou IELTS). Fica muito difícil fazer a graduação fora e ao mesmo tempo aprender do zero um novo idioma. Boa parte das universidades internacionais oferecem seus cursos em pelo menos dois idiomas (local e inglês). E nada te impede de aprender um outro idioma enquanto estiver fora. Por exemplo: fazer seu curso em inglês em uma instituição de ensino francesa e, assim, também aproveitar para aprender francês.
Quando estiver pesquisando, procure saber mais sobre o local onde a universidade fica, como é a vida por lá, o que tem para fazer além dos estudos…
4. Definir as regiões, países ou cidades de sua preferência para viver esta experiência
É sempre bom abrir o leque e não se restringir a um único lugar, especialmente porque você vai passar por um processo seletivo e a aprovação da sua candidatura pelas universidades restringirá as suas escolhas.
Mas, preste atenção para este “detalhe”: viver por um tempo prolongado em uma região ou cidade que você não gosta (por qualquer motivo que seja) pode ser complicado. Quando estiver pesquisando, procure saber mais sobre o local onde a universidade fica, como é a vida por lá, o que tem para fazer além dos estudos… Acredite, sua experiência será muito mais rica se estiver feliz com o lugar que escolheu para estudar!
5. Definir as instituições de ensino nas quais deseja estudar
Para os alunos de graduação, este processo, de um modo geral, é acompanhado pela coordenação de intercâmbio de sua instituição de ensino. Quando o alunou não tem essa facilidade, deve buscar (e é possível fazer isso pela internet) contato com organizações/fontes oficiais de ensino superior internacionais. Exemplos: Education USA, Campus France, DAAD, Education UK , Study in Australia, Study in New Zeland etc.). A AIESC e empresas especializadas em intercâmbio também podem ser excelentes opções.
Acredite, não é difícil conseguir informações sobre intercâmbio universitário no exterior. Mas, é preciso estar disponível para pesquisar! CORAGEM! Entenda aqui como funciona o processo de seleção para graduação no exterior.
Para os que querem fazer uma especialização ou a uma pós-graduação fora, o processo é um pouco mais focado. As suas escolhas estarão relacionadas com a sua área de interesse profissional específico. Deve-se, portanto, conhecer quais são as escolas que preenchem as suas necessidades acadêmicas e investigar os programas nos sites para definir em quais realziará o application (candidatura). Entenda aqui como funciona o processo de seleção para pós-graduação no exterior.
Para os que querem fazer cursos de curta duração (short term courses), que são oferecidos ao longo do ano, é preciso ter claro o que se quer estudar. E, a partir disso, investigar quais são as instituições de ensino que oferecem a atividade do seu interesse. A busca pode ser feita pela internet (ex. digitando short term courses + área de interesse). Existem milhares de opções de cursos de curta duração mundo afora. E, muitos deles são excepcionais!
6. Dando início ao seu application process
Uma vez definidos todos os quesitos acima, você vai dar início ao seu processo de application (candidatura): vai organizar e traduzir a sua documentação (histórico escolar e outros), se preparar e fazer os exames solicitados pela(s) universidade(s) onde quer estudar, obter suas cartas de recomendação (quando solicitadas), preencher os formulários necessários e aguardar as respostas.
Isso vale para os intercambistas de graduação e para aqueles que estão se candidatando a uma especialização ou pós-graduação no exterior.
A Fundação Estudar desenvolveu dois cursos preparatórios online e gratuitos para quem quer estudar no exterior: clique AQUI e tenha acesso ao curso para graduação; e AQUI ao de pós.
7. Documentação para viajar – partindo
Uma vez aprovado pela instituição de ensino, você terá que cuidar de seu passaporte, visto de estudante, passagem aérea e hospedagem/moradia. Haverá tempo para fazer tudo isso, mas não deixe nada para a última hora.
Confira se o seu passaporte estará valido por todo o tempo em que estará fora. Comece a buscar as opções de moradia que você terá no exterior e, com a carta de aceitação da universidade, procure o consulado do país que emitirá seu visto de estudante e dê entrada nos papéis.
Uma vez emitido o visto pode comprar a sua passagem, partir e viver a melhor experiência da sua vida!
Bons estudos e boa viagem!
_____________________________________________________________________
Andrea Tissenbaum é formada em História e Psicologia pela PUC-RJ. Concluiu o mestrado e o doutorado na California School of Professional Psychology, em San Diego, nos Estados Unidos, onde viveu por seis anos. Já coordenou a área de Relações Internacionais do Insper, em São Paulo, e viajou o mundo para conhecer e fazer parcerias com instituições de ensino internacionais. Nos últimos dois anos, desenvolveu trabalhos de pesquisa sobre oportunidades internacionais para profissionais das áreas de comunicação e entretenimento. Orienta alunos em suas escolhas e decisões de estudar fora do Brasil e é autora do Blog da Tissen.
Leia também:
Não pode fazer intercâmbio? Seja um cidadão do mundo sem sair do Brasil!
Prepare-se: estudar fora vai te transformar para sempre
Intercâmbio durante ou depois dos estudos?