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8 mestrados de graça (ou quase) no exterior na área de humanas

Se você é de humanas e já pesquisou mestrados no exterior, deve ter notado a diferença gritante que existe entre a oferta de cursos gratuitos e bolsas de estudo na sua área em comparação com profissões mais técnicas, principalmente ligadas a exatas.

Foi pensando nisso que o Estudar Fora fez uma lista com algumas opções de mestrado gratuitas (ou bem mais em conta do que normalmente encontramos, inclusive no Brasil) neste segmento. As oportunidades estão nos países em que é possível estudar de graça (ou quase), como Noruega, Alemanha, Estônia e Áustria. Acompanhe a seguir:

Mestrados na área de humanas na Noruega

Mestrado em Direitos Humanos e Multiculturalismo 

Este mestrado da Universidade de Buskerud e Vestfold é único na Europa, por abordar Direitos Humanos e Multiculturalismo ao mesmo tempo. O curso, com duração de dois anos, é oferecido pela Faculdade de Ciências Humanas e Educação, na cidade de Drammen. 

Os direitos humanos protegem a diversidade multicultural? Oferecem base legal suficiente para prevenir práticas consideradas inaceitáveis por grupos minoritários? Estas são algumas questões que o mestrando irá analisar, se debruçando sobre o conceito de dignidade humana e como aplicá-lo a determinadas religiões e ideologias, do ponto de vista político, ético e jurídico.

O debate, aliás, se torna extremamente atual em meio a uma crise de refugiados e o conflito no Leste Europeu. A instituição de ensino superior não cobra mensalidade, mas os alunos precisam pagar uma taxa semestral equivalente a cerca de 108 dólares para cobrir custos como de impressão de documentos e bem-estar estudantil. Saiba mais.

Mestrado em Filosofia na Teoria e Prática dos Direitos Humanos

O programa na Universidade de Oslo consiste na conclusão de nove matérias e, ao final, uma tese por meio da qual os alunos adquirem habilidades metodológicas e práticas adequadas para atender a uma demanda crescente por profissionais com formação em direitos humanos. 

Os estudantes simulam julgamentos e passam por estágios, enquanto discutem os direitos humanos por meio de práticas sociais e culturais. Os ex-alunos normalmente constroem carreira no Direito, ou como pesquisadores e professores da área. Não há taxa de matrícula – exceto um valor semestral equivalente a 100 dólares. Saiba mais.

Mestrados em humanas na Alemanha

Mestrado em Estudos Culturais e de Negócios Internacionais 

Dar um rumo internacional à carreira profissional, ao mesmo tempo em que aprende uma nova cultura e ganha fluência em um novo idioma. Esta é a proposta do mestrado de dois anos da Universidade de Passau. Se você ama aprender uma língua estrangeira, certamente vai se interessar pelo curso.

O mestrado é em alemão, mas no quarto módulo você terá que escolher dois entre vários idiomas – inglês, francês, espanhol, italiano, russo, português, tcheco, polonês, chinês, indonésio, vietnamita – dependendo da cultura em que quer se aprofundar.

O mestrando aprende como desenvolver competências-chave para se tornar um bom gestor de projetos e um bom solucionador de problemas. As oportunidades de atuação são muitas: vendas, marketing, relacionamento com clientes, relações públicas, recursos humanos, desenvolvimento organizacional. As inscrições abrem duas vezes ao ano: de janeiro a abril e de julho a outubro. O curso é gratuitoSaiba mais.

Mestrado Interdisciplinar em Estudos Interamericanos 

Universidade de Bielefeld tem um programa totalmente voltado para o Novo Mundo. O objetivo do curso é, justamente, entender as singularidades do nosso continente: da América Latina à Anglo-Saxônica. O mestrado de dois anos tem uma abordagem interdisciplinar, com matérias como sociologia, literatura, comunicação, história e ciências políticas.

O diploma capacita profissionais para trabalhar em diversas áreas da comunicação – como relações públicas, relações institucionais e jornalismo. Inglês e espanhol são obrigatórios. Alemão não é exigido, mas é uma vantagem, já que estudantes terão que aprendê-lo e fazer testes de proficiência ao longo do curso. O mestrado é gratuito, sendo cobrada uma taxa de 235 euros por semestre. Saiba mais.

Mestrados em humanidades em Luxemburgo

Mestrado em Aprendizagem e Comunicação em Contextos Multilíngues e Multiculturais 

O nome é longo, mas o objetivo do curso é bastante simples: estudar como a diversidade cultural e linguística influencia o ensino e a comunicação. Com duração de dois anos, o programa da Universidade de Luxemburgo é trilíngue, com aulas em inglês, francês e alemão. Você só precisa falar dois dos três idiomas para ser aceito, mas é recomendável conhecimentos básicos no terceiro (a própria universidade oferece esses cursos).

O mestrado é interdisciplinar e abre possibilidades de carreira nas áreas de educação, turismo e jornalismo. Também pode ser usado como curso preparatório para aqueles que buscam um PhD em disciplinas como antropologia, sociologia ou sociolinguística. O programa custa apenas 400 euros por semestre. Saiba mais.

Mestrado em Arquitetura

O programa de dois anos da Universidade de Luxemburgo ministrado em inglês combina um currículo tradicional de educação arquitetônica a uma estrutura em torno de três temas principais: arquitetura, urbanização europeia e globalização. O mestrado educa os estudantes com habilidades adicionais específicas em pesquisa e conhecimento no campo do design urbano específico para o urbanismo europeu e a globalização.

Na instituição, a arquitetura é entendida como uma profissão dentro da qual todos os atores estão constantemente antecipando uma mudança em seu contexto de trabalho, seja ela demográfica, política, ambiental, cultural ou tecnológica. Saiba mais.

Mestrados em humanidades em outros países

Mestrado em Mudança Climática na Estônia

O programa de Governança Ambiental e Adaptação às Mudanças Climáticas da Universidade de Tartu em conjunto com a Estonian University of Life Sciences é interdisciplinar, visando a preparação dos alunos para a gestão ambiental e o enfrentamento dos desafios sociais que o mundo enfrenta hoje. 

O mestrado oferece a possibilidade de o estudante se comunicar efetivamente e trabalhar ao lado de várias nacionalidades e culturas para encontrar soluções criativas para problemas comuns. 

Os mestrandos também encontram vários profissionais de ponta, mentores ou talvez até futuros empregadores. Embora não seja uma opção gratuita, o curso tem uma taxa de 3.800 euros ao ano, sendo, portanto, bem mais barato que muitos programas de mestrado no Brasil. 

Mestrado em Demografia Global na Áustria

Em um mundo de mais de 8 bilhões de pessoas, estudar as mudanças populacionais é essencial para uma compreensão adequada dos problemas de hoje e para enfrentar os desafios de amanhã. A demografia afeta todos os aspectos de nossas vidas – desde a economia mundial e a política social até o planejamento urbano e as mudanças climáticas. A análise demográfica é a chave para entender a dinâmica complexa que molda o cenário social futuro – e esta é a premissa deste programa de mestrado de dois anos, em inglês, na Universidade de Viena

Os alunos matriculados no curso de Demografia Global explorarão a literatura demográfica internacional, aprenderão ferramentas metodológicas importantes e obterão uma série de habilidades transferíveis que vão além da academia. Os mestrandos são preparados para construir carreira em organizações internacionais, ONGs, think tanks e centros de pesquisa, por exemplo.

Em relação ao custo, assim como em outras universidades públicas austríacas, a Universidade de Viena cobra uma taxa que gira em torno de 750 euros por semestre (com tuition fees) dos estudantes de fora da União Europeia. Saiba mais.

Mudança nas regras para fazer mestrado de graça em alguns países

Até dezembro de 2018, quando se falava em países para estudar de graça (ou quase) no exterior, a França era um dos primeiros a mencionar. Porém, depois da data, o governo francês anunciou novas taxas nos cursos para estudantes internacionais, o que inclui brasileiros sem passaporte europeu. Outro destino muito comum de ser citado neste assunto era Finlândia, que tinha um ensino gratuito, mas passou a cobrar taxas altas (que ultrapassam 10 mil euros por ano!) dos estudantes que não são da União Europeia.

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