Oi pessoal,
Eu sou a Daniela e estou muito feliz de fazer parte desse grupo incrível de colunistas! Neste mês, começa o meu freshman year na University of Notre Dame e eu mal posso esperar para poder dividi-lo com vocês, mas como esse é o meu primeiro texto, acho mais conveniente me apresentar.
O meu irmão mais velho, que havia voltado há pouco tempo da sua graduação na UPenn, me incentivou a estudar fora
Eu sou de São Paulo (SP) e a vida inteira estudei em uma escola particular bastante humanista, mas extremamente voltada para o vestibular. Ou seja, desde criança já fui naturalmente encaminhada para o ensino superior no Brasil, assim como a maioria das pessoas que planejam fazer uma faculdade. Inevitavelmente, quando cheguei ao ensino médio, estava muito focada em estudar Gestão de Políticas Públicas (GPP) na Universidade de São Paulo (USP) ou Administração Pública (AP) na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No entanto, quando estava no 1º ano do ensino médio, abriram na minha escola o currículo IB (International Baccalaureate), que é um sistema de ensino internacional. O meu irmão mais velho, que havia voltado há pouco tempo da sua graduação na UPenn, me incentivou a estudar fora. Por isso, entrei para o IB. Conciliar o currículo brasileiro e o internacional não foi fácil… Admito que tive crises de estresse tão intensas no meu 3º ano que meu cabelo caia.
Além de tudo, me tornei coordenadora de dois projetos sociais que aconteciam dentro da minha escola. Um era o grupo de colegiais que queriam trabalhar com a ONG Teto na luta contra a extrema pobreza e outro um grupo para quem quisesse dar aulas em um EJA (Educação para Jovens e Adultos).
Mas talvez o que eu quero mesmo que saibam sobre mim é que sempre quis me envolver com questões ligadas à busca pela justiça social. Por isso considerava GPP e AP no Brasil e algum curso como Ciências Políticas no exterior, embora não fizesse ideia de que universidade ou college escolher.
Conciliar o currículo brasileiro e o internacional não foi fácil
Sem dúvida, estudar em uma escola com currículo brasileiro e me preparar para o processo seletivo de unviersidades fora foi complicado para mim. Não só tive que estudar muito para encarar o processo de application (SATs, ACTs, essyas, etc) como também tive que ralar bastante para acompanhar o currículo brasileiro e passar no vestibular que queria.
No fim, acabei aprovada em AP na FGV de São Paulo no 10º lugar e decidi fazer este curso enquanto aguardava os resultados dos meus applications, até que em março recebi a notícia de que fui admitida na Universidade Notre Dame, uma das que mais queria.
Nos próximos textos, espero poder dividir com vocês um pouco mais sobre a Notre Dame, o que me fez decidir estudar fora e a minha experiência efetivamente, mas sintam-se à vontade para me procurar se vocês também tiverem dúvidas sobre como conciliar os vestibulares com os applications ou como escolher entre um curso no Brasil e no exterior.
Bom, até o próximo texto!
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Daniela Felippe já se envolveu com a ONG Teto e o Projeto Aprender, que estão alinhados à sua vontade de lutar contra a pobreza extrema e pelo acesso à educação de qualidade para todos. Em 2014, foi aprovada no curso de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas optou por estudar na Universidade de Notre Dame, onde espera obter uma dupla graduação em Ciências Políticas e Finanças. Sonha em trabalhar em prol dos mais marginalizados.
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