Flexibilidade, tolerância, sensibilidade, generosidade, abertura, visão. Estes são alguns dos substantivos que resumem a experiência de estudar fora.
É como atravessar um portal que te leva para lugares desconhecidos onde você aprenderá que as situações apresentam muitas diferenças (mesmo que sutis) e o que parecia compreensível em outro espaço se torna uma novidade.
Estamos acostumados a fazer as coisas de uma forma muito particular, o nosso dia-a-dia tem as cores e a ginga da nossa cultura. Quando mergulhamos em uma nova cultura aprendemos que existem tantas outras cores, tantas outras gingas… As rotinas se quebram, o imprevisível é a ordem do dia.
Essa é exatamente a maravilha de poder estudar fora por um tempo. A gente tem que se virar, se superar e se ajustar a novos códigos, rotinas e formas de ver o mundo. Tem que fazer amigos, se misturar, inovar. Estudar, ler, se explicar, argumentar. Tudo isso em um idioma que não é o nosso, e sem legenda!
E o que é mais incrível é que, às vezes, nem percebemos claramente o que está acontecendo. Vamos vivendo, fazendo, mudando. Todos os dias. E nos encantamos com tudo e nos surpreendemos com as nossas capacidades – algumas que nem sabíamos que tínhamos. A gente cresce e amadurece de um jeito diferente. Não importa em que fase da vida, não tem idade pra isso. Acontece com todo mundo.
Nos tornamos parte desse mundo diverso, desse mundo grande. E nunca mais somos os mesmos
Com o tempo, o que era esquisito fica menos estranho, o que era nada parecido com o que estávamos acostumados fica mais próximo e a piada sem graça nos faz rir solto, gostoso. As barreiras caem. Entendemos a riqueza da diversidade. Percebemos que não são só os outros que são diferentes. Nós também somos. Carregamos uma história pessoal que é cultural.
Ficamos mais próximos das nossas origens. Podemos contar quem somos, de onde viemos e o que estamos aprendendo. Podemos mostrar, trocar, ouvir, aprender e acrescentar. Trazer para as nossas vidas e para a nossa história essa extraordinária experiência. Nos tornamos parte desse mundo diverso, desse mundo grande. E nunca mais somos os mesmos.
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Andrea Tissenbaum é formada em História e Psicologia pela PUC-RJ. Concluiu o mestrado e o doutorado na California School of Professional Psychology, em San Diego, nos Estados Unidos, onde viveu por seis anos. Já coordenou a área de Relações Internacionais do Insper, em São Paulo, e viajou o mundo para conhecer e fazer parcerias com instituições de ensino internacionais. Nos últimos dois anos, desenvolveu trabalhos de pesquisa sobre oportunidades internacionais para profissionais das áreas de comunicação e entretenimento. Orienta alunos em suas escolhas e decisões de estudar fora do Brasil e é autora do Blog da Tissen.
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