Quando fui aceita em Booth, não consegui deixar de sentir uma realização enorme, como se um ciclo tivesse se completado. Mas a verdade é que entrar no MBA não é o fim – é só o começo
Chicago Booth é considerado o melhor MBA do mundo pela The Economist. É a casa de sete ganhadores do prêmio Nobel em Economia, dentre eles Eugene Fama, vencedor do prêmio em 2013. É conhecida por ser uma escola muito rigorosa academicamente e com enfoque quantitativo. O que poucos sabem, no entanto, é que Booth possui a terceira maior coleção de arte aberta ao público na cidade de Chicago.
As melhores escolas de MBA do mundo
Uma dessas artes é uma placa em neon feita pelo artista dinamarquês Jeppe Hein, em que se lê “Why are you here and not somewhere else” (tradução: “Por que você está aqui e não em outro lugar”). É curioso ter que ler isso todos os dias a caminho da sala de aula, pois é muito fácil pensar que o MBA é um fim em si. Quando fui aceita em Booth, não consegui deixar de sentir uma realização enorme, como se um ciclo tivesse se completado. Mas a verdade é que entrar no MBA não é o fim – é só o começo.
Chegando à escola, fiquei impressionada (para não dizer assustada) com a quantidade e variedade de atividades. Desde o início, as possibilidades parecem ser infinitas: dezenas de aulas incríveis que você quer fazer; professores renomados com quem você quer conversar; clubes estudantis que você quer participar; centenas de novos “melhores amigos” para você conhecer; e por aí vai. É fácil se perder no meio de tantas atividades, e sempre sentir que você deveria estar aproveitando mais.
Eu posso dividir a pergunta da placa em duas principais reflexões: (i) por que fazer um MBA?; e (ii) por que Chicago Booth?
As perguntas ‘why MBA?’ e ‘why this school?’ serão feitas diversas vezes, e as pessoas que tiverem mais convicção para respondê-las terão um enorme diferencial
Há três principais motivos para se fazer um MBA. O primeiro é profissional: você quer sair do MBA com o emprego dos seus sonhos, ou muito bem posicionado para alcançar este emprego. O segundo é social: você quer sair do MBA com centenas de contatos em todos os lugares do mundo, muito bem relacionado com pessoas que serão bem sucedidas. O terceiro é acadêmico: você quer aprender ao máximo, e utilizar essas ferramentas para ser um melhor profissional (e cidadão!). Pessoalmente, a minha prioridade é acadêmica: eu cheguei à conclusão que esta pode ser minha última oportunidade de sentar em uma sala de aula com tantas pessoas bem preparadas e focar no aprendizado. A boa notícia é que você não precisa escolher só uma dessas três esferas. A má notícia é que essas esferas entrarão em conflito o tempo todo, e é por isso que você precisa ter bem claro qual é sua prioridade no MBA.
A próxima pergunta é: por que Chicago Booth? Para mim, foi uma mistura de diversos aspectos. Em primeiro lugar, eu queria uma escola que fosse muito forte em finanças e com um apelo quantitativo. Em segundo lugar, o apoio que recebi de alunos, alumni e da escola quando fui admitida foi incrível: diversas ligações e encontros que me fizeram sentir bem-vinda à comunidade. Em terceiro lugar, eu queria morar em uma cidade grande e com muitas opções profissionais, de lazer e entretenimento. Por fim, tem o fator mais importante de todos: Booth foi a escola que me fez sentir em casa. É pessoal, intransferível e imponderável.
Se você vai se candidatar a um MBA, pense bem nisso. Seja sincero com você mesmo, e saiba essas respostas na ponta da língua. As perguntas “why MBA?” e “why this school?” serão feitas diversas vezes, e as pessoas que tiverem mais convicção para respondê-las terão um enorme diferencial.
Boa sorte e até a próxima!
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Giuliana Reis é aluna de pós-graduação (MBA) em Chicago Booth. Fez graduação em administração de empresas no Insper, em São Paulo, e começou sua carreira em bancos de investimento. Aos 24 anos, resolveu empreender e fundou a Tripda (plataforma de intermediação de caronas) com o investimento da Rocket Internet. Nas horas vagas, gosta de jogar poker e ir a shows de rock. Com sua coluna, espera motivar mais pessoas a buscarem uma educação de ponta no exterior.