Meu nome é Guilherme, e este é meu primeiro artigo para a Estudar Fora. Em 2013, comecei a estudar economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), e logo percebi que eu queria fazer algo muito maior com a minha graduação. Após o fim do primeiro semestre, eu tranquei o curso para aplicar, ainda como freshman, para universidades norte americanas, foi quando conheci e me apaixonei pela Minerva Schools.
O que mais pesou na minha decisão de cursar a Minerva foi a expectativa de inaugurar o projeto pedagógico do Stephen Kosslyn, que ensina os alunos a pensar crítica e criativamente
A Minerva é um liberal arts college que este ano aceitou sua turma fundadora, já reconhecida como a mais seletiva da história dos Estados Unidos (a taxa de aceitação foi 2,8%). Os alunos vivem em 7 das maiores cidades do mundo durante os 4 anos de curso. O primeiro ano é em São Francisco; o segundo, em Berlim e Buenos Aires.
Estudar o mundo na prática já me fez gostar muito da universidade, mas devo dizer que o que mais pesou na minha decisão de cursar a Minerva foi a expectativa de inaugurar o projeto pedagógico do Stephen Kosslyn, que ensina os alunos a pensar crítica e criativamente, além de fixar conteúdo.
As aulas da Minerva são ao mesmo tempo presenciais e online. Não há salas de aula; as sessões acontecem ao vivo por meio de uma plataforma criada pela universidade, chamada Active Learning Forum. Nela, professor e alunos interagem mais do que em qualquer aula que já tive, tanto no ensino médio, quanto na UFRGS.
O aluno aqui precisa ler o material e entregar os assignments antes das aulas, porque as aulas são filmadas, e os professores avaliam cada comentário. Dá muito (!) trabalho, mas estudar é muito bom quando não se questiona a utilidade do conteúdo.
O maior desafio de fazer parte da Minerva é de fato fundar a universidade
O maior desafio de fazer parte da Minerva é de fato fundar a universidade. Como vivenciar as cidades é uma das partes mais importantes da nossa experiência, nós, alunos, estamos buscando parcerias e espaços em São Francisco (para estudos, reuniões, clubes e encontros) que as próximas turmas poderão usar, como usariam em um campus comum.
Não se isolar no universo da universidade também é essencial para nossos clubes, que chamamos de Minerva Communities (MiCos). Todos têm a missão de se integrar à cidade, usar recursos da cidade, e ser reconhecidos por toda a cidade. Vinte e oito alunos já criaram clubes de empreendedorismo, economia, linguística, escrita, outdoor activities, entre outros.
Fazer parte desse projeto foi a melhor decisão que eu já tomei. A Minerva selecionou 28 alunos comprometidos com o crescimento do projeto. Alunos que, divididos entre 14 nacionalidades, diversos backgrounds, e áreas de interesse, se unem por um motivo: fazer a diferença em como se pensa a educação.
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Guilherme Nazareth de Souza é aluno fundador da Minerva Schools. Também apaixonado por educação, cinema e empreendedorismo, pretende se formar em economia e matemática aplicada. Durante o ensino médio, presidiu o grêmio estudantil do Colégio Anchieta, em Porto Alegre, e realizou diversas atividades relacionadas a empreendedorismo e política, como três edições de um festival voltado a bandas de adolescentes, e um debate entre os candidatos à prefeitura. Através dos seus vídeos, Guilherme compartilha o progresso na criação de sua universidade.