Decidi conhecer Paris e, desde então, morar lá virou um projeto de vida
A capital francesa é destino certo de vários casais apaixonados. Isso todo mundo já sabe. A novidade – já nem tão nova assim! – é que a cidade também é ideal para quem deseja estudar fora. Pelo terceiro ano consecutivo, Paris foi eleita a melhor cidade do mundo para estudantes. O ranking, divulgado pelo grupo britânico QS, levou em consideração 18 critérios, incluindo qualidade das universidades, comunidade acadêmica, possibilidade de trabalho para os egressos, mobilidade urbana, segurança, estabilidade econômica e vida cultural, dentre outros.
Paris ganhou uma excelente pontuação (421 em 500) graças às suas renomadas universidades – são 16 – e também à qualidade de vida que oferece para quem opta por morar lá. O brasiliense Tomás Paiva apaixonou-se pela cidade quando ainda cursava seu mestrado em Portugal. “Decidi conhecer Paris e, desde então, morar lá virou um projeto de vida”, conta.
Ele passou um ano na França e diz que, além da enorme oferta de bolsas de estudo, o governo francês ajuda os estudantes de outras formas: “O auxílio moradia das residências universitárias é ótimo. Fora isso, o lugar é lindo, cheio de parques e centros culturais. É um espaço dedicado a estrangeiros, o que favorece a integração cultural”.
Tomás não está errado. Paris possui um espaço chamado “Cité internationale universitaire” (CIUP), uma fundação privada dedicada ao acolhimento de estudantes, pesquisadores, artistas e atletas de mais de 140 nacionalidades. A primeira casa foi inaugurada em 1925. Hoje, a “cité” acolhe 10.000 pessoas nas suas 40 casas. O governo francês também oferece um ótimo seguro-saúde, mesmo para estudantes internacionais. Quem é universitário contribui pouco com o sistema de assistência social. A esposa de Tomás, por exemplo, teve o filho do casal na França a um custo muito baixo.
O auxílio moradia das residências universitárias é ótimo. Fora isso, o lugar é lindo, cheio de parques e centros culturais
Além de tudo isso, Paris te convida a andar de bicicleta. “A cidade é super plana e o metrô, bastante capilarizado. Por isso, não senti necessidade de ter carro”, conta ele. A cidade possui ainda diversos restaurantes universitários, para atender a todos os gostos – e bolsos. “São vários restaurantes, que servem desde os alunos da escola pública do ensino fundamental até os doutorandos das universidades.”
Se você tem alguma dúvida sobre morar em Paris porque não se sente seguro em relação à língua francesa, não se preocupe. Tomás conta que chegou a Paris arranhando no francês e achou melhor ter aulas com uma professora particular. Mas não foi preciso: a cidade possui uma fundação chamada “Cercle”, que funciona no porão da Catedral Saint-Germán de Près. Lá, idosos oferecem “conversas” por tempo indeterminado para ajudar aqueles que não sabem falar corretamente. O custo? Míseros 10 euros por ano! “Entre as pessoas maravilhosas que conheci, estava uma senhora que foi curadora do Louvre por muitos anos. Além de aperfeiçoar meu francês, aprendi muito sobre a arte e a cultura local. Recomento fortemente essas ‘aulas’ a estrangeiros”, diz Tomás.
Por Carolina Campos
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