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Bolsistas do CsF dão dicas para você conseguir uma bolsa do governo

Por Carolina Campos

Desde 2011, quando foi criado, o programa do governo federal Ciência sem Fronteiras (CsF) já concedeu mais de 83.000 bolsas de estudos no exterior para cursos tecnólogos, de graduação, pós (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e para a realização de pesquisa. A promessa do  Ministério da Educação (MEC) é que mais 100.000 sejam concedidas nos próximos quatro anos. Quer saber como conseguir um desses benefícios?

O Estudar Fora conversou com três bolsistas do programa – um de graduação, um de mestrado e outro de doutorado – para entender mais sobre o processo seletivo e  o que eles estão achando da experiência internacional. Afinal, ninguém melhor para dar dicas do que quem conseguiu chegar lá. Veja:

Renato Sanabria, de 22 anos, estudante de graduação em engenharia elétrica no ITA, está passando um ano Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Uma dica legal, que para mim foi muito importante, é não vir no começo da faculdade. Vir nos últimos anos faz muito mais sentido

“O processo de candidatura é bastante semelhante em todas as universidades norte-americanas. Diferentemente do que acontece quando você aplica para uma universidade estrangeira, no CsF você precisa aplicar para um país. Feito isso, precisará preparar um material parecido ao enviaria se fosse aplicar por conta própria. Ou seja, será preciso fazer as redações (essays), falar dos cursos que você quer fazer, e obter uma pontuação mínima no TOEFL (exame de proficiência em inglês). No caso do CsF,  o mínimo exigido é 85 pontos. Das pessoas que eu conheço, quem aplicou conseguiu estudar fora. O mais complicado é conseguir a universidade que você deseja. Para quem almeja uma instituição top, tem que ir  muito bem no TOEFL. O exame conta muito! Uma outra dica legal, que para mim foi muito importante, é não vir no começo da faculdade. Vir nos últimos anos faz muito mais sentido. Fazer uma matéria introdutória de matemática no Brasil ou aqui nos EUA dá quase na mesma, já cursar disciplinas mais avançadas te ajuda muito. Isso fará com que aproveite muito mais a experiência.”

Mariana Candella, 24 anos, do Rio de Janeiro (RJ), estudante de engenheira naval, está fazendo  mestrado profissional na Stevens University, nos EUA.

Não podemos nos segurar por causa do sentimento de inferioridade

“Quando eu cheguei, vi que somos tão bons ou até melhores que alunos de outros países. Em um mestrado profissional aqui você não precisa fazer tese, mas o CsF exige que isso seja feito. Não podemos nos segurar por causa do sentimento de inferioridade. Para mim, o GRE (prova exigida por boa parte das unviersidades) foi a parte mais difícil de todo o processo seletivo. Acredito que aqui, além do conteúdo que se aprende em sala de aula, o que faz a diferença é o contato com colegas de classe, professores… É gente do mundo todo. São muitas adversidades e conseguir conviver com elas também é um grande desafio e, portanto, um aprendizado! Vir para cá não foi uma decisão fácil, pois tive que largar meu emprego no Brasil, mas não me arrependo da escolha. Está valendo muito a pena!”

Beatriz Miranda, 25 anos, de São Carlos (SP), faz doutorado em química e foi passar um ano na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard.

O primeiro passo é estabelecer contato com pesquisadores e professores da universidade em que você quer estudar

“O primeiro passo para quem deseja fazer um intercâmbio de doutorado pelo CsF é estabelecer contato com pesquisadores e professores da universidade em que você quer estudar. Não precisa ser o orientador, mas definitivamente é preciso ter coragem para mandar emails e tentar fazer conexões. Outra dica que eu dou é para o candidato não ficar desapontado com o primeiro ‘não’. Isso é normal. Tem muita gente boa e qualificada que acha que não vai conseguir e acaba não tentando por medo. Isso precisa ser superado.  No meu caso, para conseguir a bolsa, acredito que foi determinante eu trabalhar com inovação. É importante trazer alguma coisa nova para o Brasil, sabe? Algo específico, que ainda não exista no país… Quanto ao inglês, é importante ter domínio da língua. Caso contrário, o candidato pode perder algumas oportunidades preciosas.”

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