Depois do inglês, o espanhol é língua que os estudantes mais querem aprender no exterior. E a Argentina o 2º país mais procurado para isso, atrás da Espanha. E, de fato, não é preciso cruzar o oceano para ter acesso a boas escolas e universidades: a Universidade de Buenos Aires (UBA), por exemplo, está entre as 20 melhores da América Latina, segundo o ranking da consultoria britânica QS.
O pessoal brinca que aqui é fácil de entrar na universidade, mas difícil de sair. O ritmo é puxado
O complexo UBA é formado por 13 faculdades, seis hospitais, dez museus e três colégios de ensino médio. Para fazer a graduação por lá, os alunos precisam cumprir o chamado ‘ciclo básico comum’, com disciplinas obrigatórias a todos. Só depois é que passam a assistir aulas ligadas à carreira que escolheram seguir.
“O pessoal brinca que aqui é fácil de entrar na universidade, mas difícil de sair. O ritmo é puxado”, diz Karen Amaral, de 22 anos, que cursa Cinema na UBA. “Mesmo com o custo de vida em Buenos Aires um pouco mais elevado do que antes, ainda sai mais barato viver aqui do que estudar em uma universidade privada do Brasil. Muitos vêm para cá para fazer Medicina, por exemplo, por conta do fácil acesso aos cursos”, conta.
Segundo a jovem, a cidade também tem uma vida cultural agitada: “Muita festa, muitos bares, centros culturais. Dá para sair todo dia da semana para um lugar diferente.” O tédio passa longe.
Vale lembrar que a maioria das universidades argentinas exigem o certificado DELE para estudantes estrangeiros, que mostra o nível de espanhol do candidato.Se a proficiência ainda é um problema, a capital argentina também é opção para os cursos de idioma. A própria UBA oferece cursos por preços abaixo da média. Não é raro também encontrar escolas que ofereçam pacotes ‘combinados’. “Há opções de pacotes que mesclam aulas de espanhol com aulas de tango, fotografia e, no inverno, cursos de esqui”, explica Bruno Contrera, gerente da divisão de cursos de idioma da agência STB.
Há opções de pacotes que mesclam aulas de espanhol com aulas de tango, fotografia e, no inverno, cursos de esqui
Outra facilidade é a grande opção de habitação, que pode variar de repúblicas a flats, passando por apartamentos que podem ser alugados por temporada. “Os preços nesse quesito são melhores do que em outros países onde o intercâmbio também é marcante”, explica Bruno.
“Além de o real ser valorizado frente à moeda argentina, a proximidade com o Brasil e os voos diretos com custo bem mais baixos que os voos para a Europa são vistos como vantagens”, acrescenta Maura Leão, presidente da Belta (associação que reúne instituições ligadas às áreas de cursos e estágios no exterior).
É importante um bom planejamento – A Argentina ainda não se recuperou da sua última crise econômica, que teve as piores fases em 2013 e 2014. Então, com uma moeda desvalorizada do lado de lá, fica mais vantajoso para quem está aqui e quer viajar.
Mas, como o Brasil também passa por uma crise econômica, especialistas alertam que é importante fazer um minuncioso planejamento financeiro para não ter surpresas desagradáveis: “Deve-se planejar as despesas que serão feitas antes, durante e depois da viagem. O estudante precisa sair do Brasil ciente inclusive da média de gastos que terá com transporte, passeios e alimentação”, reforça Maura Leão.
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