Após acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais uma instituição de ensino portuguesa passará a utilizar o Enem para selecionar estudantes brasileiros. Desta vez, será o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), localizado na cidade de Barcelos, no norte de Portugal. O anúncio foi feito neste mês e as notas do Enem devem começar a ser consideradas pela universidade já em seu próximo processo seletivo.
O foco do IPCA são cursos na área de gestão, como contabilidade, finanças e auditoria.
Com essa nova adesão, chegam a oito as universidades portuguesas que aceitam o Enem: além do IPCA, o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), o Instituto Politécnico do Porto (IPP), o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), a Universidade de Coimbra e as universidades do Algarve e da Beira Interior.
Pioneira – A Universidade de Coimbra foi a primeira a aceitar a prova, em 2014. Em entrevista ao Estudar Fora, Joaquim Ramos de Carvalho, vice-reitor da universidade disse que “a decisão de usar as notas do Enem aconteceu em razão da qualidade do exame, que já está bem estabelecido no Brasil”.
Ainda segundo Carvalho, há um limite de vagas por ano para estrangeiros, que varia de 60 a 80. “Os brasileiros têm se mostrando muito interessados e a procura aumentou em 2015”, disse.
Utilizando o Enem, os estudantes brasileiros são dispensados dos exames nacionais portugueses. Entretanto, as notas mínimas exigidas são altas. Para o curso de Direito da Universidade de Coimbra, por exemplo, é necessária uma pontuação média no Enem de cerca de 600 pontos na prova objetiva e de 800 pontos na prova de redação (que vai até 1.000). É importante frisar que a nota mínima varia de acordo com o curso escolhido.
Custos – Outro aspecto que é imprescindível considerar para fazer o ensino superior em Portugal é o valor do curso: mesmo as universidades públicas cobram mensalidade. A diferença é que o pagamento é feito por meio de uma taxa anual, que é de 1.037 euros no caso da Universidade da Beira Interior e pode chegar a até 7.000 euros para a Universidade de Coimbra. O valor da taxa anual pode ser parcelado e os estudantes também podem buscar bolsas de estudo e financiamento.
Além da mensalidade, é preciso ter em mente que a moeda do país é o Euro. Assim, gastos com alimentação, moradia e lazer devem sempre ser multiplicados na hora do planejamento para evitar surpresas. Portugal não permite que estrangeiros trabalhem legalmente no país, mas no caso de universitários é possível encontrar estágios de meio período vinculados aos cursos.
*Foto: cidade de Coimbra, em Portugal / Crédito: divulgação
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