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Está na faculdade? Já dá para pensar na candidatura ao mestrado fora!

Por Ana Pinho

A candidatura a universidades no exterior, conhecida como processo de application, pode parecer mais difícil do que é. Tanto para a graduação quanto para a pós, a chave é se planejar com bastante antecedência – às vezes, até por mais de um ano. E se para futuros graduandos a preparação começa no ensino médio, quem quer um mestrado pode sair na frente ainda na faculdade.

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Além de bom desempenho acadêmico, os candidatos devem comprovar, por meio de sua application, que têm uma experiência profissional relevante, proficiência no idioma do curso e boas habilidades analíticas, normalmente certificadas por testes como GMAT ou GRE. É preciso também enviar às escolas ótimas cartas de recomendação e fazer uma redação pessoal e interessante (que é chamada de personal statement).

“É muito importante fazer um planejamento de longo prazo para sua carreira”, afirma Maurício Betti, consultor da MBA Empresarial, que prepara candidatos para a pós-graduação no exterior. “É preciso ter profundo conhecimento sobre os cursos e a escolas para as quais você está se candidatando”, diz.

Segundo ele, nmas entrevistas do mestrado é muito comum questionarem por que você quer aquele curso, naquela escola e naquele momento de vida. “É importante demonstrar clareza em relação aos seus objetivos profissionais e explicar como o programa irá te ajudar a atingi-los”, ressalta.

Como se preparar desde a graduação?

Para quem ainda está na graduação, há algumas atividades que podem dar um gás na candidatura. As dicas são várias: fazer intercâmbios, participar de congressos, publicar artigos, envolver-se com empresas júniores, ser representante de classe, integrar o quadro de honra, fazer esportes, estagiar em grandes empresas e até abrir uma start-up.

“As melhores atividades são aquelas que demonstram liderança, capacidade de trabalhar em equipe, impacto, consciência social e preocupação com o auto-desenvolvimento”, resume Maurício.

Vale ressaltar, no entanto, que é importante ter interesse genuíno nessas atividades. Isso porque o application funciona como uma apresentação: as universidades querem saber quem você é e como impactará a comunidade acadêmica se for aceito.

Empenhe-se, portanto, na hora de escrever as redações, os famosos essays. Elas devem refletir não só quem você é profissional e academicamente, mas também seus interesses, paixões e valores pessoais, conectando-os à sua visão de futuro com um diploma de mestrado em mãos. Daí a importância de saber muito bem o perfil de cada universidade, já que é preciso enfatizar por que determinada escola se encaixa em seus sonhos e objetivos.

Profissionais falam sobre o impacto de um mestrado no exterior na carreira

E mesmo que suas notas não tenham sido estelares até agora, Daiana Stolf, coach da Top MBA, que também prepara candidatos para a pós fora, garante que há esperança. “É possível justificar notas regulares ou ruins em partes específicas do application, explicando por quê o candidato acredita que elas não refletem seu real potencial intelectual”, conta.

Nesses casos, notas altas nos testes internacionais requisitados podem compensar alguns deslizes durante a graduação. “Caso ainda dê tempo, vale tentar reverter a situação ainda na faculdade. Um aumento da nota, mesmo no final do curso, com certeza é bem-vindo”, continua ela.

MBA ou mestrado acadêmico: o que muda no application?

O viés da candidatura muda entre um e outro. No caso do MBA, dá-se peso semelhante ao desempenho acadêmico e ao currículo profissional. Quando se trata do mestrado acadêmico, o nome entrega: notas, teses, pesquisas e publicações são muito mais importantes.

“Em ambos, conta muito positivamente ter tido alguma vivência no exterior e também envolvimento com a comunidade, através de atividades extracurriculares, projetos paralelos ou trabalho voluntário”, diz Daiana.

Ela explica que os perfis dos candidatos são, em geral, bem diferentes. Alguém que busca uma vaga em um MBA, por exemplo, precisa ter pelo menos dois anos de experiência profissional em tempo integral, e empresas renomadas agregam bastante ao CV. Quem prefere a outra opção pode ser mais jovem, mas precisa ter uma trajetória de pesquisa comprovada.

Daiana faz questão de frisar que não há receita mágica para o sucesso. “Mais importante do que seguir um plano bem desenhado, é estar profundamente comprometido com seu crescimento e desenvolvimento profissional e pessoal”, aconselha. “O quanto antes, busque experiências fora de sua zona de conforto”.

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