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Já pensou em estudar em Bruxelas? Brasileiro conta sua experiência!

Por Vivian Carrer Elias

Existem duas características que definem muito bem Bruxelas, a capital da Bélgica: diversidade cultural e importância política. A metrópole de 1,8 milhão de habitantes é o centro de um país que possui dois idiomas oficiais, o francês e o holandês, e boa parte de sua população é formada por estrangeiros. Além disso, é apontada como a capital da União Europeia (UE) por abrigar a sede de instituições como o Conselho Europeu e a Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).

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Essas características, somadas ao fato de Bruxelas ter ótima infraestrutura e boa qualidade de vida, fazem da cidade um ambiente enriquecedor para estudantes. Não à toa, o local é considerado um dos 50 melhores do mundo para se estudar, segundo o ranking da consultoria britânica Quacquarelli Symonds (QS).

Eu gostei bastante da cidade. Como ela é de porte médio, é boa para se viver porque não tem todos os problemas de uma grande metrópole. Além disso, tem muitos eventos culturais. No verão, é comum ter festivais de música eletrônica em parques

As duas universidades mais bem ranqueadas de Bruxelas são a Université Libre de Bruxeles (ULB), cujo idioma principal é o francês, e a  Vrije Universiteit Brussel (VUB), que tem o holandês como língua principal. As duas instituições mantêm uma parceria na qual seus estudantes cursam os primeiros anos da graduação separadamente e se reúnem para, juntos, terem aulas em inglês no último período, de especialização.

Foram essas aulas de especialização em inglês que o brasileiro Wanderley Sandrini, de 23 anos, frequentou por um ano. Recém-formado em Engenharia Civil na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estudou em Bruxelas em 2013 pelo programa Ciência Sem Fronteiras (CsF). Ele viajou para a Bélgica tendo bom nível de inglês, mas sem saber falar as línguas oficiais do país. “Mas, ao final de um ano, eu já falava francês bem. Foi incrível aprender um idioma novo”, diz, ao lembrar de um dos maiores legados dessa experiência.

O intercâmbio também proporcionou a Wanderley um maior contato com temas políticos e sociais, os quais conseguiu relacionar com a sua área de atuação. Segundo ele, como Bruxelas hospeda prédios de órgãos da União Europeia, muitos professores universitários também trabalham nessas instituições, fazendo com que as aulas ganhem um tom mais político. “Aprendi muito sobre a engenharia dentro da política. Por exemplo, como é o gerenciamento de obras na União Europeia”, diz.

O engenheiro conta que uma das disciplinas pelas quais se interessou durante o intercâmbio abordava a situação sócio-política e econômica da água no mundo. O professor era o responsável pela gestão dos impactos ambientais na Comissão Europeia. “No trabalho final, cada aluno apresentou um seminário sobre um problema de água no mundo e a maioria abordou uma questão de seu próprio país. Por exemplo, um filipino que havia perdido membros da família por causa de um Tufão falou sobre gerenciamento de desastres”, lembra. “Eu também estudei na Bélgica novos assuntos, como saneamento básico. Essa parte política de gerenciamento e gestão de recursos naturais eu só fui descobrir no intercâmbio. Fiquei tão interessado que o meu objetivo agora é trabalhar nessa área.

Vida em Bruxelas – A capital da Bélgica não é conhecida apenas pela relevância política, mas também pela arquitetura marcante, gastronomia e vida cultural intensa. “Eu gostei bastante da cidade. Como ela é de porte médio, é boa para se viver porque não tem todos os problemas de uma grande metrópole. Além disso, tem muitos eventos culturais. No verão, é comum ter festivais de música eletrônica em parques”, relata Wanderley.

Bruxelas é um local com custo de vida considerado moderado em comparação com outras cidades importantes da Europa. Segundo o ranking da Mercer, a capital belga é mais barata do que, por exemplo, Paris, Londres, Amsterdam, Munique e Zurique.

A consultoria QS também classifica as mensalidades das universidades de Bruxelas como baixas, levando em consideração a média na Europa. Alunos internacionais pagam até EUR 4.175 por um curso no ano acadêmico e podem conseguir permissão para trabalhar enquanto estudam. Para saber sobre bolsas de estudo no país, clique aqui.

*Na foto, Wanderley na Bélgica / Crédito: arquivo pessoal

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