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Depois de curso de cinema em Londres, mineira é premiada por curta-metragem

câmera de cinema

Por Beatriz Montesanti

O mundo assustava Jéssica Faria Ribeiro quando ela deixou Juiz de Fora, município no interior de Minas Gerais, para viver um ano na cosmopolita capital inglesa, Londres.

Era janeiro de 2013. Como estudante de jornalismo da UFJF, optou por um curso de cinema na old smoke – apelido da metrópole conhecida por seus nevoeiros – onde foi morar em uma região com grande quantidade de imigrantes de diversas partes do mundo.

“Isso foi incrível para que eu tivesse outra perspectiva sobre o país, pois interferiu na comida que eu experimentava, nos shows a que fui e na própria paisagem de Londres”, conta Jéssica.

A escolha por um curso complementar ao seu, diz ela, serviu para lhe abrir os olhos para outras opções de emprego. “Mas, mais que isso, acredito que voltei com um novo olhar sobre o nosso país e mais focada no que me interessa”, explica.

Ao retornar, além do choque que teve com o verão nacional e com a forma mais calorosa de os brasileiros se relacionarem, também optou por mudra seu projeto de conclusão de curso. Jéssica fez, durante quase três anos, parte do grupo PET, de pesquisa e extensão. Ao voltar, porém, já não quis fazer um trabalho teórico como sua monografia: decidiu fazer um curta-metragem sobre uma casa de forró local, o Forró da Marlene.

“Eu escolhi o tema por ler uma matéria no jornal da minha cidade, Juiz de Fora, a respeito da história dessa mulher. Isso me sensibilizou muito e me atraiu, pois o espaço é muito conhecido na cidade, mas poucas pessoas sabem sobre a sua proprietária”, conta.

O filme foi premiado duplamente no Festival Primeiro Plano, também de Juiz de Fora: levou o júri popular e o prêmio incentivo, que dá auxilio financeiro para que o cineasta realize um próximo filme.

“Acredito que essa mudança se deva muito ao meu intercâmbio e a um jeito que eu passei a enxergar com mais clareza o que me atrai no Brasil e que o diferencia do resto do mundo”, diz.

A experiência encorajou a estudante a seguir na área do cinema e a investir em aprender mais o que não tinha visto na faculdade no Brasil. “Acho que fiquei mais encorajada a mudar de país, a começar do zero caso seja necessário”, comenta. “Me vejo mais motivada a arriscar mais, a seguir o que acredito. Além disso, o mundo já não me assusta tanto quanto antes.”

 

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