Essa é a bolsa que pretende apoiar “os melhores e mais promissores pesquisadores de qualquer lugar do mundo”. A proposta vem da Comissão Europeia, o órgão executivo do bloco europeu, que lançou o edital para as Individual Fellowships do período 2016-2017. As inscrições variam de acordo com a área, mas os próximos prazos se encerram no dia 14 de setembro.
As MSCA voltam-se para as ciências, mas não têm limitação de área específica. No caso do Brasil, entretanto, a Comissão destaca campos prioritários, como pesquisas em bioeconomia, segurança alimentar, agricultura sustentável e energia, entre outras áreas de atuação.
Antes de encaminhar a candidatura, é preciso estar atento à experiência necessária: as Individual Fellowships focam em profissionais experientes, que tenham dedicado ao menos quatro anos a pesquisa.
A bolsa inclui não apenas as despesas com os estudos, como também a viagem ao país de pesquisa, na União Europeia. O dinheiro, que é encaminhado à instituição à qual o pesquisador está ligado (uma universidade no Brasil, por exemplo), também cobre as despesas pessoais e da família do pesquisador.
Application e seleção
Para se candidatar ao programa, basta encaminhar o currículo acadêmico e uma proposta de pesquisa escrita, com até 10 páginas (sem contar os anexos), de acordo com a universidade desejada durante o intercâmbio. Se você se interessa por um programa disponível em Oxford, por exemplo, deve destacá-lo logo de cara.
O processo, feito online por um portal específico para os participantes, é bastante competitivo e reúne pesquisadores de todas as origens. Como o prazo final é dia 14 de setembro, às 17h no horário local de Bruxelas, onde fica a sede da Comissão Europeia, prepare-se para entregar os documentos até o meio dia, no horário de Brasília.
Aqueles que forem escolhidos na seleção serão notificados em até cinco meses, contados a partir da data limite das applications. Confira mais informações sobre os pré-requisitos e como se candidatar no edital completo, disponibilizado no site da CE.
Sobre a Bolsa
No caso de candidatos que tenham passado algum tempo afastados por motivos pessoais — como uma licença maternidade –, é possível destacar a situação para a banca avaliadora. Nessas situações, uma doutoranda que passou o último ano dedicada a cuidar do filho recém-nascido, por exemplo, pode ser encaminhada para um programa de reinserção junto da bolsa.
Isso porque um dos objetivos das MSCA é garantir melhor empregabilidade e aperfeiçoamento profissional. Tanto é que, para quem é contemplado pelo programa, estabelece-se um Plano de Desenvolvimento de Carreira em parceria com um supervisor da universidade. O objetivo, além de monitorar o progresso do pesquisador, é identificar outras necessidades para seu aperfeiçoamento. Uma das áreas de atuação desse plano seria garantir recursos para a participação em conferências e incentivar a publicação em periódicos científicos.
Ainda que o candidato aponte um país de destino inicialmente, é possível fazer “pausas” durante a fellowship — de três a seis meses — para fazer um estágio ou desenvolver uma parcela da pesquisa em outro lugar. Com a supervisão da Comissão, dá para ir a campo nas Ilhas Malvinas e retornar à universidade europeia depois desse período longe.
Batizada em homenagem à cientista polonesa que acumulou dois prêmios Nobel, a iniciativa contempla tanto pesquisadores individuais quanto instituições, como organizações e universidades, dispostas a desenvolver estudos em colaboração com entidades europeias.
Segundo os dados da Comissão, são investidos 218,5 milhões de euros (cerca de 790 milhões de reais) nas Individual Fellowships.
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