Por Andrea Tissenbaum, do Blog da Tissen
Estudar em uma universidade multicultural é um aspecto valioso da experiência internacional. E isso quer dizer conhecer pessoas dos mais diversos países e origens, conviver com a diferença, entender o que diversidade quer dizer de fato, questionar seus valores, se abrir para o mundo. E, é claro, entender melhor o papel que a sua própria cultura tem na sua formação, atitudes e comportamentos.
Ao mesmo tempo, saber que a universidade onde vai estudar recebe alunos do seu país é confortante também. Durante o tempo no exterior, poder contar histórias que todos conhecem, falar o seu idioma, se identificar com um grupo de pessoas da mesma nacionalidade pode ser muito agradável.
É por isso que escolher bem a universidade onde vai estudar compreendendo o seu perfil é tão valioso. Pensar em quem você é, quanto aberto está para desafios e para o novo, ou em quanto está disposto a se abrir…
O Hotcourses Diversity Index (HDI), recém lançado, usa dados oficiais para demonstrar a mistura de nacionalidades entre os estudantes de universidades nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Nova Zelândia.
O HDI vem acompanhado do índice Sinta-se em Casa, que mostra a proporção de estudantes de uma nacionalidade específica em relação ao número total de estrangeiros na universidade. Por exemplo, quantos brasileiros frequentam uma instituição comparados ao número total de estudantes internacionais. Esta informação pode ser filtrada por área de estudo, nível de estudo, destino e/ou universidade, e tem como objetivo ajudar os estudantes a reunir o máximo possível de informação antes de se decidirem pelo seu destino de estudo no exterior. Gratuitamente.
Isso tudo beneficiou de forma extraordinária a minha experiência, ajudou a moldar o meu caráter e até mesmo me ajudou a me descobrir
Carolina Nunes, estudante brasileira graduada na Northern Virginia Community College, instituição que conquistou o nono lugar do HDI entre as universidades/faculdades mais diversas dos EUA, é um bom exemplo da importância da vivência multicultural. Durante a sua experiência internacional estudou com alunos de lugares que nunca imaginaria, como o Zimbábue e o Uzbequistão. “Meus colegas de classe eram desde filhos de indianos ricos até refugiados do Irã que mudaram para os EUA procurando exílio. Isso tudo beneficiou de forma extraordinária a minha experiência, ajudou a moldar o meu caráter e até mesmo me ajudou a me descobrir”, conta ela.
Outros estudantes valorizam a chance de encontrar uma comunidade de alunos conterrâneos na universidade. Foi o que aconteceu com Shree Suriya, do Sri Lanka, quando se decidiu pela Austrália: “Eu tenho muitos amigos aqui vindos do Sri Lanka, assim a vida fica mais fácil. É bom poder conversar com alguém do seu país. Eu quase não sinto falta de casa e da nossa culinária, porque nós nos revezamos para cozinhar. Vivemos juntos e isso facilita tudo”.
Andrew Wharton, diretor do Hotcourses International, explica que a missão do HDI é clara: “Queremos simplificar e personalizar a escolha global de estudos. Esta adição mais recente ao nosso conjunto de ferramentas tecnológicas promove a orientação de estudantes internacionais para ajudá-los ainda mais a fazer a escolha certa”. Andrew ainda esclarece que “se o estudante estiver à procura de um campus com diversidade cultural ou se ele preferir um ‘número seguro’ de estudantes da sua nacionalidade, nosso Índice de Diversidade poderá prover uma visão imediata e comparável da mistura de nacionalidades no corpo discente das universidades”. E para as instituições de ensino, acrescenta: “Como a necessidade de diversificação é uma estratégia imperativa para muitas instituições, a nossa ferramenta também oferecerá a elas a sua posição em comparação a outras universidades do mesmo país e do mundo”.
Este post foi originalmente publicado no Blog da Tissen
* Foto: Diversity of London / Crédito: Jon Rawlinson CCBY 2.0
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