Por Daiana Stolf e Alex Anton
Pense bem: um belo dia, com apenas uma carta de aceite da universidade nas mãos e alguns pertences na mala, você entra em um avião e, em algumas horas, chega em uma nova cidade e país para ficar por um ou dois anos, convivendo com língua, ambiente de estudo, cultura, clima e geografia diferentes. Só isso já bastaria para transformar profundamente suas perspectivas, certo?
E se, somado a tudo isso, você ainda tivesse oportunidades pessoais e profissionais inimagináveis a longo prazo e fizesse amizades e conexões para a vida toda? Por fim, tendo a possibilidade de aprender a estar fora da sua zona de conforto, lidando constantemente com todas as mudanças – do cenário que você enxerga da janela do seu quarto de estudante ao desafio de se provar no primeiro cold call do semestre ou de uma apresentação crucial na start-up de seu summer internship? Pois o MBA no exterior tem dessas coisas.
Abaixo, reunimos cinco maneiras pelas quais a experiência pode ser transformadora e empoderante.
#1 A influência do meio – fazer parte de uma comunidade global. Conviver diariamente com peers do mundo inteiro – da Rússia à África, do Japão aos EUA, da Finlândia ao Chile –, fará você aprender sobre novas óticas e formas de pensar, não somente com relação ao modo como a cultura desses (e outros) países molda a personalidade e os costumes dos seus colegas, mas também sobre a forma de fazer business fora do Brasil. Ter uma visão global de mercado, entender melhor consumidores e indústrias estrangeiros e ter noção de como se portar em uma negociação com pessoas de outras culturas pode ser valioso para sua carreira.
#2 A influência do meio – ampliar sua visão de futuro sobre si mesmo. Passar um ou dois anos cercado(a) de overachievers – pessoas determinadas e resilientes, donas de histórias inspiradoras, estimula o questionamento e faz com que você contemple seus próprios pontos fortes e fracos de maneira intensa, sempre tentando se superar. É uma espécie de “competição” saudável que faz você se espelhar em outros indivíduos (ao mesmo tempo em que também os inspira) e o(a) incentiva a ultrapassar seus próprios limites.
#3 As oportunidades “extracurriculares”. Cursos de finanças, desenvolvimento de liderança e comportamento organizacional são comuns entre praticamente todos os programas de MBA. Mas o que as escolas oferecem fora da sala de aula podem lhe ajudar a I) melhorar competências específicas, como falar em público; II) compartilhar paixões com colegas de interesses parecidos, como participar de clubes de esportes, vinho ou música, ou organizar uma viagem de estudos com lazer (ou vice-versa!); III) simplesmente extravasar o estresse, como participar de eventos sociais; ou quem sabe IV) conquistar o emprego dos sonhos, participando de grupos sobre indústrias específicas como consultoria e empreendedorismo, onde você aprende os “macetes” de processos seletivos. Isso sem contar o acesso a outros departamentos e eventos da universidade, que pode render cursos fora-da-caixa, como design; participação em palestras de assuntos de interesse pessoal, como política ou educação; ou em eventos de grande escala, como conferências com presenças ilustres.
#4 O corpo docente. É uma honra poder aprender com pesquisadores e estudiosos ganhadores de prêmios (entre eles o Nobel) e autores de best-sellers, não? Além disso, com a filosofia de estimular discussões, professores da maioria das business schools atuam como facilitadores e são fundamentais para colocar o aluno como protagonista do problema sendo debatido. Quantas vezes você sentiu desafiado a raciocinar e se posicionar como CEO de um grande negócio dentro da sala de aula?
#5 O nome da escola e o alumni network. Tornar-se alumnus(a) de um programa renomado de MBA enriquece seu currículo de maneiras impensáveis e sutis. Simplesmente carregar um nome de peso no CV pode abrir muitas portas (claro que, uma vez dada a chance, espera-se que você prove suas habilidades e esteja à altura de suas responsabilidades). Seja para chamar a atenção de recrutadores e empresas ou desenvolver alianças estratégicas para sua empresa, esse “carimbo” é bastante considerado pelo mercado. Ainda, o acesso a colegas formados na mesma universidade, mesmo que em anos diferentes, que ocupam cargos de liderança em várias partes do mundo costuma ocorrer de forma natural e fácil.
Convencido(a) de que essa pode ser uma experiência rica em todos os sentidos? Então é hora de se informar sobre o passo-a-passo do application para um MBA no exterior!
Sobre os Autores
Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pela Universidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes através de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.
Alex Anton é MBA pela Harvard Business School e adora ajudar outros brasucas a realizarem o sonho de estudar nas melhores escolas do mundo. Apaixonado por viajar e por conhecer o mundo, já morou e trabalhou no Canadá, Alemanha, Suíça, Indonésia, Estados Unidos e China. É co-fundador da TopMBA Coaching e entusiasta da meditação, fotografia e corrida.
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