Por Claudia Gasparini, da Exame.com
Dono de uma fortuna avaliada em 81 bilhões de dólares, Bill Gates não tem ensino superior completo. Após desistir de sua vaga em Harvard em 1975 para fundar a Microsoft com Paul Allen, ele nunca mais retornou aos bancos da universidade.
No entanto, a decisão de abandonar uma das instituições de ensino mais cobiçadas do planeta não lhe trouxe nenhum arrependimento, disse o magnata em recente entrevista a um programa de TV da Bloomberg.
“[Em Harvard] Havia pessoas inteligentes por toda a parte, e você se sentia esperto quando elas te davam boas notas”, disse Gates ao apresentador David Rubenstein. “Foi uma pena que eu não pude ficar lá, mas eu não acho que perdi conhecimentos, porque continuei aberto ao aprendizado”.
O fundador da Microsoft se declara um leitor inveterado, assim como Mark Zuckerberg, outro magnata da tecnologia que também passou por Harvard. Gates diz ler, em média, 50 livros por ano.
Seu “cardápio intelectual” também inclui muitos cursos online. “Eu sou um tipo estranho de pessoa que abandonou a faculdade, porque eu vivo fazendo cursos e adoro ser um estudante”.
À frente da fundação Bill e Melinda Gates, ele advoga pela importância de tornar o ensino superior mais barato, e já declarou que o valor de frequentar um curso universitário tem sido subestimado.
“Os empregos mais interessantes exigem uma formação acadêmica”, disse ele numa sessão de perguntas e respostas do site Reddit.
Em seu blog, Gates pede que os jovens não sigam o seu exemplo. “Apesar de ter largado a faculdade e ter conseguido uma carreira na indústria de software, ter um diploma é um caminho muito mais certeiro para o sucesso”, escreveu ele.
Apesar de nunca ter voltado a assistir aulas em Harvard, o empresário aceitou um título honorário concedido pela universidade em 2007 em reconhecimento às suas realizações. “Vai ser bom finalmente ter um diploma universitário no meu currículo”, brincou ele em seu discurso na cerimônia.
* Foto: Bill Gates em Harvard / Crédito: Justin Ide/Harvard Staff Photographer
Esta matéria foi originalmente publicada em Exame.com
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