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Universidades no exterior têm clubes estudantis só para mulheres

mulheres participantes de clubes estudantis para mulheres em universidades americanas

Por https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2017/06/mariaeduarda-prep-1.png Bellini

Clubes estudantis e associações de alunos não são bem uma novidade nas instituições estrangeiras. Pelo contrário: sobram entidades como estas nas universidades, reunindo estudantes em torno dos mais diversos interesses. Os assuntos vão desde a origem em comum dos alunos (brasileiros, latinos ou do sudeste asiático, por exemplo) até os interesses acadêmicos e profissionais compartilhados (gestão pública, estudos de gênero, física atômica).

No caso das associações e clubes estudantis para mulheres, não é diferente. Divididas em grupos de interesse e de origem, elas ocupam tais espaços nas universidades há tempos. Basta procurar um pouco da história de organizações como a American Association of University Women, fundada em 1881. O grupo tinha uma ideia “simples”: reunir as moças que saíam das universidades e trabalhar para que encontrassem boas oportunidades. Também era uma preocupação à época permitir que mais mulheres chegassem ao ensino superior.

Com a presença feminina ganhando espaço nos campi universitários, o número de associações aumentou e se desdobrou em perfis mais específicos. Conheça alguns dos clubes que ganham destaque em universidades estrangeiras, dos Estados Unidos à Oceania.

Chicago Women in Business (CWiB)

A Universidade de Chicago tem um nome de destaque no setor de negócios, graças à tradição da Chicago Booth School of Business.  Com o apoio de empresas como Amazon e ExxonMobil, a organização Chicago Women in Business reúne alunas para atividades que as preparam para o mercado de trabalho e oferecem apoio às estudantes.

E, quando o assunto é apoio e motivação extra para as mulheres, vale de tudo: encontros com mulheres que comandam grandes empresas, ou mesmo aulas para aprender a lidar com negociação de salário e outras situações cotidianas. Além de tudo, é possível aproveitar a rede de mulheres na mesma área para socializar: também são organizadas noites de poker e jantares com professoras dos departamentos.

Oxford Females in Engineering, Science and Technology (OxFEST)

O grupo começou em 2005, com uma reunião de alunas destas áreas de conhecimento e a certeza de que encontravam os mesmos obstáculos: menos oportunidades, assédio no ambiente de trabalho, dificuldade em conseguir bons cargos. A partir daí, elas se reuniram para organizar debates, programas de mentoria e aconselhamento para jovens que se interessavam pelas áreas em questão.

Para alunas em Oxford que sejam de outros campos, é possível recorrer a grupos como a Oxford Women International Society (OxWomIN) e a Oxford Women in Business (OxWIB). Em geral, tais organizações trabalham em conjunto e fazem eventos colaborativos, como a conferência “Breaking Boundaries: Shattering the Glass Ceiling”.

The League of United Black Women

Entre as dezenas de grupos estudantis na Brown University, a League of United Black Women se destaca pelo ativismo voltado às mulheres negras, sejam dos Estados Unidos ou não. O grupo conduz encontros que tratam de autoestima de mulheres negras, discussões sobre casos de racismo e mesmo exibições de arte voltadas a artistas negras.

Dentro da instituição da Ivy League, é possível encontrar clubes estudantis para mulheres com outros recortes: mulheres na engenharia, mulheres asiáticas e muçulmanas também integram associações. A Brown também organiza conferências e encontros para estudantes mulheres, a exemplo da 125 Years of Women at Brown Conference, celebrando os avanços desde a admissão das primeiras alunas.

 

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