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Brasileiro conta como é fazer MBA na Coreia do Sul

MBA na Coreia

Comida apimentada, alimentação bem diferente da brasileira, um mar de empresas gigantescas como Samsung e Hyundai. Esses são alguns dos pontos possíveis para descrever a experiência na Coreia do Sul, país localizado no Sudeste da Ásia. Apesar do destaque na região, a Coreia ainda é um destino pouco procurado por brasileiros para a formação acadêmica.

Mas, se depender de qualidade de ensino e bolsas disponíveis, esse cenário tem tudo para mudar. “Se a pessoa não quiser uma carreira tão tradicional, pode muito bem ter uma experiência completa por lá”, sintetiza o paulista https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg Nakano, que embarcou para o país em 2009. Na época, Nakano candidatou-se ao MBA (Master in Business Administration) na Sungkyunkwan University, um programa que unia aulas do curso à possibilidade de trabalhar por um período no país logo em seguida. Foi o caso do brasileiro, que cursou por dois anos o MBA na Coreia e permaneceu um ano a mais trabalhando no país, até 2012.

Como explica Nakano, o programa do qual fez parte era uma iniciativa da Samsung, que atraía estudantes estrangeiros para a instituição. Isso porque a universidade, fundada no século XIV, fora comprada pela empresa sul-coreana em 2006. Por meio do programa de MBA, os estudantes também tinham contato com a Samsung e trabalhavam por lá logo após a formação. Para a universidade, a iniciativa também era vantajosa, por incentivar a internacionalização. “Na turma, 70% dos alunos eram sul-coreanos, que optaram por um programa local. Com a obrigatoriedade de falar inglês, eles tinham de se comunicar mais no idioma”, detalha o brasileiro. “E isso deixava tudo mais fácil para os alunos estrangeiros”, explica ele, que se formou em Administração pela Fundação Getúlio Vargas.

Como é o programa de MBA na Coreia?

Pode parecer, logo de cara, que um programa de MBA na Coreia fugirá de todos os padrões. É justamente o contrário. Apesar das experiências particulares de viver em uma cidade sul-coreana como a capital Seoul ou Suwon, a formação em si assemelha-se muito ao que se encontra nos Estados Unidos ou na Europa. “A abordagem é bem tradicional, com muita discussão de casos e muitos projetos em equipe”, conta https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg.

Como, no caso de https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg, o programa somava experiência acadêmica à profissional, o MBA servia como primeiro passo na adaptação ao país. “Eu estava exposto a uma realidade que não dominava, em que eu não sabia dos códigos e das ordens”, explica o brasileiro. Depois do período de estudos, a transição para o trabalho na Samsung ficou mais tranquila. Não só pela adaptação à cultura, mas também pelas soft skills aprendidas no curso. “A gente tem que ser um solucionador de problemas e ter o pé no chão. O MBA ajuda muito nessa parte”, pontua.

Como é o processo seletivo do MBA na Coreia

A seleção para uma instituição do porte da Sungkyunkwan University pelo programa foi um pouco diferente do usual. Graças à parceria com a Samsung, os candidatos passavam, logo de cara, pelo crivo da empresa, que realizava entrevistas e painéis com os interessados.

Não era necessário apresentar testes como o GRE e o GMAT, provas padronizadas que costumam ser pedidas na pós-graduação no exterior. Por outro lado, o aluno deveria comprovar proficiência em inglês, idioma usado durante as aulas, por meio de exames como o TOEFL. Ainda que um curso de coreano, língua local, fosse ministrado aos alunos recém-chegados, não se tratava de um requisito. “Eu não tinha professores coreanos. Eram geralmente professores do MIT (Massachussetts Institute of Technology) que passavam um período por lá”, explica https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg.

Opção para brasileiros

Como o paulista https://www.estudarfora.org.br/wp-content/uploads/2020/11/porquinho-1.jpg Nakano explica, a comunidade de brasileiros na Coreia do Sul é menor do que em países mais procurados, como os Estados Unidos. “É uma rede mais forte e mais unida, que se ajuda mais do que uma comunidade de milhões de pessoas”, opina ele.

Mesmo com o número reduzido de brasileiros por lá, não faltam oportunidades. O NIIED (National Institute for International Education), por exemplo, é um órgão ligado ao governo coreano que atrai estudantes para estudar no país por meio de bolsas de estudo. Na maioria dos editais, o idioma coreano não entra como pré-requisito e apenas o inglês é necessário.

“O jeito é dar a cara a tapa e tentar. Às vezes, o aluno começa a ler sobre o processo e ver o número de documentos e o que tem de fazer e já desiste”, conclui o brasileiro.

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