O vocabulário dos grandes editais e das páginas de application tende a se repetir. São scholarships, fellowships, grants, e critérios diversos, que vão do need ao merit-based. Ficou confuso? Por trás dessa lista extensa de termos em inglês estão conceitos simples, que determinam como estudantes conseguem apoio financeiro em universidades estrangeiras.
Bolsas de Estudo, ou Scholarships
As scholarships (ou, numa tradução mais literal, as bolsas de estudo) oferecem apoio financeiro a alunos, em diferentes níveis educacionais. Quando se candidata a uma “scholarship”, em uma universidade como Harvard ou instituições menores, o aluno deve presumir que há recursos financeiros envolvidos. Na prática, isso significa que uma entidade cobrirá gastos que podem ir das anuidades (tuition) às passagens aéreas para o país de destino.
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Outro ponto importante quando se trata de “scholarship” tem a ver com a forma como os beneficiários são escolhidos. Há bolsas need-based, por exemplo, que avaliam a necessidade financeira do candidato. Para esse tipo de processo seletivo, comum na seleção para graduação em universidades estrangeiras, o escritório de admissões pede documentos que comprovem a condição financeira da família do estudante. A partir dessa análise, faz uma proposta de bolsa, com um valor que, a princípio, permitiria que o aluno fizesse o curso no exterior.
Já as merit-based, como o nome indica, têm a ver com o mérito do candidato, sem priorizar a análise de sua condição financeira. Nesses casos, resta aos responsáveis pelas admissões verificar o currículo dos estudantes e determinar qual merece a bolsa disponível. A decisão depende, é claro, de vários fatores: pode ter a ver com relevância do estudo desenvolvido por um pesquisador, ou considerar sua trajetória profissional até então.
Fellowships – apoio para níveis mais altos de estudos
As fellowships oferecem também, na maioria dos casos, apoio financeiro para alunos em um nível educacional mais alto – por exemplo, um sujeito que acabou de concluir o mestrado ou que busca um MBA. É comum ver fellowships dedicadas a áreas específicas, em que um pesquisador recebe apoio financeiro para desenvolver um projeto de pesquisa que interesse à universidade ou à entidade que promove a iniciativa. Um fellow pode embarcar para Stanford e desenvolver uma pesquisa por tempo determinado sobre educação superior, estando ligado à instituição ou a um centro específico dentro dela.
Outras formas de apoio financeiro: grants e loans
Por sua vez, os grants também concedem um apoio financeiro ao estudante, que se candidata a um valor determinado para bancar um projeto. Muitas vezes, tais grants são concedidos por órgãos oficiais, como entidades de apoio à pesquisa, no país de origem ou de destino. Nas universidades, também é comum ver professores escrevendo propostas para os grants, que serão repassados a um grupo de pesquisadores. Um professor universitário que comande, por exemplo, um núcleo de pesquisa em células tronco nos Estados Unidos, pode se inscrever para um grant ligado ao National Institute of Health (NIH).
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Já o que se chama comumente de loan nas universidades estrangeiras pode ser traduzido como “empréstimo”. Por meio deles, o estudante obtém o dinheiro para financiar seu curso, mas deve pagá-lo depois, seguindo critérios estabelecidos com a universidade.
Para verificar qual a opção mais acessível ou que mais interesse ao candidato, o caminho certeiro é ficar de olho nos sites e informativos das universidades. Dessa forma, o estudante tem acesso às formas de viabilizar seu curso no exterior e consegue pesar os diferentes critérios dessa decisão.
Dicionário do apoio financeiro: qual a diferença entre scholarships, fellowships e grants