Ninguém gosta de receber uma carta de rejeição da universidade, e às vezes essa decisão pode parecer injusta ou arbitrária. Mas a carta é realmente o ponto final? Na maioria dos casos, sim, mas há algumas exceções à regra.
Se você apostou todas as fichas em uma escola que negou sua vaga, há uma chance de questionar esse resultado. Entretanto, vale lembrar que algumas instituições não permitem apelos, e as chances de o seu questionamento dar certo são sempre pequenas.
Você não deve apelar simplesmente porque está triste com a carta de rejeição. Mesmo com as milhares ou mesmo dezenas de milhares de applications, os funcionários responsáveis leem cada candidatura com atenção. Você foi rejeitado por um motivo, e o seu recurso não será bem sucedido se o recado for algo como “vocês obviamente cometeram um erro e não conseguiram perceber o quanto eu sou incrível”.
Situações em que a apelação pode ser adequada
Poucas circunstâncias podem motivar um procedimento do tipo. As justificativas legítimas incluem:
– Você tem informações novas significativas a apresentar. Você acabou de receber os resultados de testes padronizados que são bem melhores do que aquelas que submeteu inicialmente? Perceba que, nessas situações, muitas universidades também não aceitarão seu pedido – eles vão sugerir que você se candidate no ano seguinte. Tenha certeza de que a informação realmente importa. Um aumento de um ponto na nota do ACT, ou uma melhora no GPA que foi de 3.73 para 3.76 não são tão significativos.
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– Você ficou sabendo de um erro administrativo ou processual. Os seus resultados do SAT foram enviados incorretamente? A escola onde cursou o Ensino Médio enviou informações imprecisas ou erradas no seu histórico? A sua application foi incorreta por motivos que fugiram do seu controle? Você terá de documentar o erro ocorrido, mas em situações como essas, há bons motivos para uma apelação. Universidades querem ser justas, e rejeitar alguém por erros que estavam fora do seu alcance seria injusto.
Situações que não são adequadas
– Você gostaria de que os responsáveis pela admissão dessem uma segunda olhada na sua candidatura. Esses funcionários seguem procedimentos para garantir que cada application seja analisada minuciosamente. Em escolas concorridas, as candidaturas são lidas quase sempre por várias pessoas. Pedir para que eles deem “mais uma olhada” seria um insulto a tal processo e aos esforços da universidade.
– Seu amigo que obteve resultados parecidos foi admitido. Ou pior, o seu amigo que obteve notas piores foi admitido. Perceba que isso pode acontecer quando as universidades têm um processo holístico. Um talento especial ou contribuições para a diversidade do campus podem fazer com que uma application se sobressaia à outra, que teve resultados numéricos melhores.
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– Suas notas e resultados de testes padronizados ficam na média estipulada pelo escritório de admissions. Novamente, se o processo é holístico, há mais fatores a considerar na equação do que apenas exames. Nas universidades mais disputadas, a maior parte dos alunos rejeitados tiveram resultados que eram condizentes com os padrões de admissão.
– Você tem certeza de que seria um ótimo aluno para a escola. Isso pode ser verdade, mas a triste realidade é que muitas universidades precisam rejeitar alunos que adorariam admitir. Com sorte, sua application conseguiu demonstrar suas qualidades. Só que, uma vez enviada, não é possível apelar.
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– Você foi aceito em escolas melhores, então aquela carta de rejeição não faz sentido. Essa situação ocorre, muitas vezes, porque você tinha características que se encaixavam no que as universidades mais concorridas buscavam – mas talvez não fossem atrativas para as instituições menos seletivas. As escolas trabalham para recrutar alunos que irão prosperar, e esse objetivo varia de uma universidade para outra.
– Você sente que a decisão foi injusta. Essa reação pode ser apenas a sua raiva falando mais alto. A decisão pode ter sido desapontadora, mas será que foi injusta? Com admissões concorridas, haverá sempre quem é aceito na universidade e quem não é. A injustiça entra na equação apenas em erros administrativos ou em casos de comportamento antiético por parte da equipe de admissão (uma ocorrência rara, felizmente).
– Você soube que seu tio-avô frequentou a escola que mandou a sua carta de rejeição. Ainda que o legado possa importar para algumas escolas, trata-se de um fator mínimo, que só conta realmente para caso de familiares mais próximos, como pais e irmãos.
A palavra final sobre carta de rejeição
Todos os conselhos acima são discutíveis se uma escola simplesmente não aceita apelação. Você deverá verificar o site de admissions ou mesmo ligar para o escritório responsável para descobrir as regras. A Universidade Columbia, por exemplo, não permite que os alunos questionem a decisão. Berkeley deixa claro que recursos são desencorajados, e que você só deve apelar se houver alguma informação nova realmente importante.