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Prós e contras de fazer intercâmbio de inglês nos Estados Unidos

Os EUA são um destino bastante procurado por quem quer aprender inglês. Seja por referências na cultura pop, seja por estar relativamente próximo ao Brasil. Entretanto, antes de apostar em um intercâmbio de inglês nos Estados Unidos, é importante avaliar as opções disponíveis e o orçamento necessário e pesquisar sobre como fazer intercâmbio nos EUA.

Isso porque os cursos ofertados e o tipo de planejamento financeiro exigido variam bastante. Para início de conversa, o território americano estende-se por mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, sendo o terceiro maior país do mundo. Não bastasse a extensão considerável, os Estados Unidos apresentam regiões diversas em perfil socioeconômico, clima e oportunidades para alunos.

Cidades como Nova York, por exemplo, tendem a concentrar preços mais inflados. Entretanto, reúnem também instituições como a Universidade Columbia e boas opções culturais, entre museus, shows e festivais. Já uma localidade no interior de estados como o Minnesota pode oferecer um custo de vida mais baixo, ainda que com poucas escolhas de entretenimento.

Com isso em mente, é importante alinhar alguns pontos principais para um bom intercâmbio de inglês nos Estados Unidos. Primeiro, o tempo disponível para realizá-lo, que pode impactar bastante o investimento necessário. Depois, os recursos disponíveis, entre bolsas de estudo e reservas próprias do aluno.

A partir daí, o estudante precisa avaliar os destinos possíveis e de que forma atendem aos seus objetivos. Um aluno pode, por exemplo, querer fazer o curso de inglês e, ainda, ter contato com boas universidades locais. Uma localidade como os arredores de Boston e Cambridge, portanto, serviriam como boa pedida. É por lá que se concentram instituições prestigiadas como Harvard, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade Tufts.

Quais são as opções?

Uma vez com os planos esboçados, o estudante pode se concentrar no tipo de intercâmbio de inglês nos Estados Unidos que deseja fazer. Ou seja, se optará por uma escola de idiomas ou uma formação ofertada por universidades locais. Vale lembrar, ainda, que há cursos do idioma focados em áreas específicas, como negócios e Direito. E, ainda, intensivos que enfocam exames de proficiência, como o TOEFL, em um ambiente imersivo.

Portanto, um passo importante no processo de escolha do intercâmbio diz respeito a entender quais aspectos o aluno deseja aperfeiçoar. Pode ser uma forma de avançar do nível intermediário ao avançado, por exemplo. Ou uma formação que prepare um jovem profissional a fazer apresentações em inglês em um ambiente de negócios.

Com isso em mente, é possível avaliar os caminhos possíveis:

#1 Cursos em universidades

Diversas universidades oferecem aulas dos mais variados idiomas. Harvard, por exemplo, possui programas de 4 a 6 meses que dão enfoque na conversação. É comum o aluno ter que fazer artigos científicos e entregar ao professor, mesmo nos níveis mais básicos. As discussões em sala costumam se pautar por assuntos da atualidade, reportagens de jornal e temas acadêmicos.

Prós: a probabilidade de ter uma turma com gente do mundo inteiro e a obtenção de um certificado de uma universidade do exterior, que poderá fazer diferença no seu currículo. 

Contras: nem sempre as universidades oferecem aulas de gramática, e os cursos costumam ser de, pelo menos, 4 meses. Prepare também a carteira: o valor costuma ser superior ao das escolas de idiomas.

#2 Cursos em escolas de idiomas 

Normalmente são escolas em que o professor segue um determinado livro-texto. Os alunos precisam fazer tarefas em casa e, muitas vezes, são submetidos a um exame ao final para obter uma nota.

Prós: os cursos podem ser curtos, a partir de 2 semanas, e quase sempre as escolas ensinam bastante gramática. A gama de ofertas é enorme e os preços, variados. 

Contras: por serem muitas, a qualidade varia bastante. Fique atento e busque conversar com ex-alunos antes de fechar o seu pacote de intercâmbio de inglês nos Estados Unidos.

#3 Turismo idiomático

Este tipo de intercâmbio vem se popularizando muito. Basicamente, o aluno escolhe uma atividade para realizar enquanto aprende um segundo idioma. É possível fazer aula, por exemplo, de fotografia e inglês.

Prós: “Essas associações são muito boas porque unem dois gostos e duas necessidades”, afirma a professora Neide Maia González, do departamento de Letras Modernas da USP. Há grandes chances de melhorar o vocabulário específico da atividade que está realizando. Por exemplo, se fizer aula de culinária, vai aprender nomes dos temperos, algo que, provavelmente, não aconteceria em outra situação.

Contras: é provável que a escola não ofereça aulas de gramática e, em alguns casos, o enfoque não será a língua propriamente, mas a atividade relacionada. É recomendado para quem já tem, ao menos, o nível intermediário.

#4 Cursos em escolas preparatórias

Se o objetivo for fazer um teste de proficiência, como TOEFL, IELTS ou similares, é possível matricular-se em um curso preparatório. Há boas opções tanto em universidades quanto em escolas de idiomas. É recomendado, entretanto, para quem já tem nível intermediário da língua e almeja fazer graduação ou pós-graduação no exterior.

Prós: os cursos podem ser curtos (a partir de 4 semanas) e há grande chances de você ter colegas do mundo inteiro.

Contras: o curso pode ser cansativo, já que é voltado exclusivamente para ensinar a metodologia de uma prova específica.

Quanto custa um intercâmbio nos Estados Unidos

Como fazer intercâmbio nos EUA pode sair bem caro, uma das preocupações de quem embarca é o preço dessa experiência. Primeiramente, é importante definir qual a opção de intercâmbio, seja em uma escola ou em uma universidade. Para ter uma noção de valores, vale recorrer aos orçamentos de diferentes agências.

Passar um mês em cidades maiores, como Nova York e San Francisco, custa entre US$ 2.500 e US$ 3.000. Esse valor não inclui passagens aéreas, nem despesas para manutenção no país. No cálculo, é preciso incluir desde gastos com alimentação, até eventuais opções de lazer e transporte local.

Também é necessário levar em consideração que, para entrar nos EUA, você vai precisar de visto! E tirar um visto de estudante para os Estados Unidos leva tempo e pode custar caro — a taxa SEVIS, necessária para a emissão do documento, custa cerca de US$ 200. É importante ter isso em mente na hora de calcular as despesas.

É possível trabalhar e estudar?

Essa é uma opção recorrente e ofertada por muitas agências de intercâmbio. O “Work and Travel” permite que o estudante passe o período no exterior trabalhando, de forma remunerada. Entretanto, os interessados nesse formato devem já apresentar bom nível de proficiência no idioma, para dar conta das exigências no ambiente profissional. Há vagas que demandam como requisito, também, a matrícula em curso superior no país de origem.

Outra saída é o programa de au pair, bastante conhecido nos Estados Unidos. Nesse caso, o estudante estrangeiro fica, no mínimo, um ano em uma casa de família, servindo como babá em uma família local. Além de receber uma remuneração semanal, é possível aproveitar para estudar ao longo do período.

Como fazer intercâmbio nos EUA dessa maneira tem uma regulamentação própria, estabelecida pelo governo, o au pair segue uma série de regras. Por exemplo, a limitação de 45 horas de trabalho semanais, bem como exigência de folgas regulares.

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