Formandos de grandes universidades frequentemente conhecem e até mesmo já se engajaram com iniciativas ou associações de ex-alunos, ou alumni, e sabem o quanto a troca é benéfica para ambos os lados. Se você ainda está se preparando para entrar na faculdade ou está no meio do curso e pensa em fazer um MBA fora do país posteriormente, saiba que pertencer a uma rede como essa – e considerar este fator ao aplicar para os programas – pode render grandes frutos.
Realizar conexões, ou “fazer networking”, é algo extremamente espontâneo em países como os Estados Unidos, mas ainda visto com um pouco de preconceito (ou talvez desconhecimento) no Brasil. Fazer networking nada mais é do que conhecer pessoas, entender suas histórias, dar e receber mentoria informal e, assim, servir como ponte entre contatos, fonte de informação e suporte.
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Engajamento entre os alumni
Durante o MBA, esse processo é praticado e reforçado naturalmente — seja por meio de interações em sala de aula, seja pela participação em atividades extracurriculares e sociais. A partir do momento em que recebe o canudo, você obrigatoriamente fará parte da rede de alumni daquela universidade. Como um MBA alumnus ativo, você contribui com a comunidade da escola de diversas maneiras: divulgando o nome do programa, elevando a reputação do mesmo, compartilhando sua trajetória em determinada indústria ou história de transição de carreira, auxiliando a posicionar colegas em áreas do seu alcance, conectando empreendedores, entre outros.
Nós já testemunhamos inúmeros casos em que a rede de alumni agregou um valor enorme à carreira empreendedora do aluno de MBA por meio de investimentos-anjo, apresentação a fundos de renome, conexão com empresas similares em outros mercados e recrutamento de talentos de primeira linha.
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Pertencer a uma alumni network é um benefício para toda a sua vida; é um carimbo que você carrega para sempre, tanto no currículo como na sua “marca pessoal”. Reconhecer esta marca em outra pessoa inicialmente desconhecida — no caso, pertencer a essa mesma rede — é um “laço invisível”. Na maioria das vezes, isso serve como uma fonte de empatia e disponibilidade para receber e dar suporte.
Por isso, é um fator importante a ser considerado na sua busca por programas de MBA. No site das escolas há, no mínimo, a informação do tamanho e do alcance da rede (em que países está presente — o que corresponde à origem dos alunos de MBA e/ou onde eles se estabelecem após a formatura). Indo mais a fundo, você certamente encontrará informações sobre atividades e eventos – uma pista sobre o quão ativa essa rede é.
A importância de contatar os alumni
Como já mencionamos várias vezes em textos anteriores, recomendamos fortemente que você contate ex-alunos durante sua busca por programas de qualidade para obter informações sobre a escola. Geralmente, eles são solícitos e terão o maior prazer em ajudar. Perguntar sobre a experiência durante e após o MBA a um alumnus é importante não só para a construção da sua imagem do programa, como também para mostrar ao AdCom (comitê de admissões do programa) que você fez seu “dever de casa” e conhece a fundo o que a escola tem a oferecer.
Alguns anos depois, você pode repetir a experiência ao se encontrar do outro lado — a partir do momento em que você se gradua — e dar suporte a potenciais alunos interessados no programa; um gesto recompensador e que certamente impactará positivamente quem recebe a informação.
Sobre a autora
Daiana Stolf é cientista por formação e escritora e coach por paixão. De mestre pela Universidade de Toronto (Canadá) a aluna de Gestão Estratégica na Universidade de Harvard (EUA), passando por cientista-doutoranda da EPFL (Suíça), em 2011 descobriu o prazer de guiar brasileiros curiosos e determinados a expandir seus horizontes através de cursos de pós-graduação nas melhores universidades do mundo. Ela é co-fundadora da TopMBA Coaching.