Se você só fala português, ainda é possível estudar fora do Brasil em universidades de Portugal, Angola, Moçambique ou outros países lusófonos. Mas se buscar outros destinos, não tem jeito: você vai precisar dominar outra língua. E, a seguir, vamos falar sobre as línguas estrangeiras mais importantes para quem quer fazer um curso, graduação ou pós em outro país.
A lista a seguir foi montada com base na análise dos rankings universitários internacionais QS World Rankings e Times Higher Education World University Rankings. Levamos em consideração não só os países que têm as melhores universidades, mas também as línguas em que elas oferecem seus estudos, e a disponibilidade de bolsas para os países onde elas se situam. Confira:
As seis línguas estrangeiras mais importantes para estudar fora:
1. Inglês
Se você quer estudar fora do Brasil e só pode aprender uma língua estrangeira, não há dúvida: o inglês é a melhor opção. Em primeiro lugar, porque as melhores universidades do mundo (segundo os rankings consultados) ficam nos Estados Unidos e Reino Unido, países que falam inglês.
Mas, fora isso, o inglês também é o idioma de escolha de muitas universidades de outros países que buscam se internacionalizar. E algumas delas (como a National University of Singapore) também ficam em posições extremamente privilegiadas em rankings internacionais. Além disso, o nível de inglês dos candidatos também é frequentemente um critério de seleção em processos seletivos de bolsas e oportunidades de estudo no exterior — mesmo as que não são em inglês.
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E por falar em bolsas, há uma oferta muito expressiva de bolsas de estudo em inglês, em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Mesmo em países como Alemanha, Espanha, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Japão, Coreia do Sul, Índia, China, Hong Kong e Singapura, você consegue encontrar bolsas de estudo que só exigem domínio de inglês, e não das línguas locais.
2. Espanhol
Se o inglês não é muito a sua praia, ou se você está em busca de outro idioma para aprender, o espanhol é a dentre as línguas estrangeiras mais importantes para quem quer estudar fora. O motivo para isso é basicamente geográfico: todos os países vizinhos do Brasil falam espanhol. E graças ao Mercosul, é possível estudar em países como Argentina e Paraguai mesmo sem ter passaporte.
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E há também universidades muito boas com cursos em espanhol. A Universidad de Buenos Aires (UBA), por exemplo, é considerada a melhor da América Latina pelo QS World Rankings. Logo atrás dela fica a UNAM, Universidad Nacional Autónoma de México (e a USP, Universidade de São Paulo, fica em terceiro). NA Europa, a Universitat Autónoma de Barcelona e a Universidad Pompeu Fabra também se destacam.
Quanto a bolsas, estudantes brasileiros podem contar com pelo menos dois programas de grande porte de bolsas para países de língua espanhola. São os programas anuais do Santander, que oferecem mais de 700 bolsas de diversos níveis de estudo, e o da Fundación Carolina, que também concede cerca do mesmo número todo ano.
3. Francês
Nos rankings de melhores universidades do mundo, aparecem também instituições de língua francesa. É o caso, por exemplo, da ETH Zurich (Instituto Federal de Tecnologia da Suíça) e da EPFL (Escola Politécnica Federal de Lausanne, também na Suíça). Na própria França, também há instituições de renome, como a Paris Sciences et Lettres, Sorbonne e École Polytechnique. Isso faz do francês outra das línguas estrangeiras mais importantes para quem pretende estudar fora.
O governo francês oferece o programa de bolsas Eiffel para estudantes que pretendam fazer a pós-graduação no país. E, de fato, Paris já foi eletia diversas vezes como a melhor cidade do mundo para estudantes. As instituições suíças também oferecem programas de bolsas de pós-graduação. Na graduação, a Campus France Brasil, agência responsável por promover o ensino superior francês no Brasil, também pode auxiliar candidatos a montar seus dossiês de candidatura e avaliar oportunidades de auxílio financeiro.
4. Alemão
Outro país que emplaca diversas universidades nas primeiras posições dos rankings de melhores escolas do mundo, a Alemanha com frequência oferece programas de pós-graduação em inglês. No entanto, não são todos os programas que estão disponíveis nessa língua, e nesse caso, quem pretende estudar lá deve saber alemão.
Nos rankings, destacam-se instituições como a Universidade Técnica de Munique, a LMU Munich, a Universidade Humboldt em Berlim e a Heidelberg University. Além de excelência acadêmica, algumas dessas universidades também oferecem outra vantagem a estudantes estrangeiros: um valor relativamente acessível. De fato, a Alemanha é um dos países que destacamos como sendo possíveis de se estudar de graça (ou quase).
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Mas há também programas de bolsas oferecidos por universidades, organizações e instituições de pesquisa alemãs. Entre elas, há a German Chancellor Fellowship, a residência Akademie Schloss Solitude, entre outras. E o serviço alemão de intercâmbio acadêmico (DAAD) também oferece anualmente uma série de bolsas para diversos níveisde estudo, desde cursos de alemão até pós-graduação.
5. Japonês
A Universidade de Tóquio, a Universidade de Kyoto e a Universidade de Osaka são outras três instituições que sempre aparecem em rankings de melhores universidades do mundo. E todas elas ficam no Japão, país que até oferece alguns cursos em inglês, mas no qual boa parte do ensino superior se dá na língua local mesmo, fazendo do japonês outra das línguas estrangeiras mais importantes.
Para os estudantes brasileiros, no entanto, o grande destaque do Japão é o programa de bolsas MEXT, promovido pelo ministério de ciência, tecnologia e cultura do Japão. O programa oferece uma série de bolsas de estudo de diversos níveis — desde cursos técnicos até doutorado. Em alguns casos, não é necessário saber falar japonês para se candidatar. Mas, mesmo nesses casos, ter conhecimento da língua pode ser um diferencial no processo seletivo.
6. Mandarim
Colocando cada vez mais universidades nas primeiras posições dos rankings internacionais, a China é um país que está se tornando, cada vez mais, destino para estudantes do ensino superior. A Tsinghua University e as Universidades de Beijing, Fudan, Zhejiang e Nanjing ocupam, todas, posições de destaque nos rankings internacionais. E com o crescimento da importância do país no cenário geopolítico, é provável que elas continuem a manter essas posições.
Há alguns programas de bolsas para universidades chinesas. Talvez o de mais destaque para brasileiros seja o Schwartzman Scholars, que oferece anualmente cerca de 200 bolsas integrais para pós-graduação na Tsinghua University. E, no Brasil, o Instituto Confúcio pode atuar como ponte para levar estudantes brasileiros, com bolsa integral, para programas de graduação ou pós-graduação na China. Isso faz com que o chinês se torne uma das línguas estrangeiras mais importantes para brasileiros pensando em estudar fora.