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Universidade de Edimburgo: tudo sobre a tradicional universidade escocesa

Universidade de Edimburgo

Entre as universidades do Reino Unido, normalmente as mais lembradas são as inglesas, como Oxford e Cambridge. Mas na Escócia, ao norte da Inglaterra, há também a Universidade de Edimburgo, que não fica atrás dessas outras instituições em termos de tamanho, beleza e qualidade de ensino. Ela é um destino atrativo para quem quer estudar no Reino Unido, e a seguir vamos contar tudo sobre ela!

História

Fundada em 1582, a Universidade de Edimburgo é a sexta universidade mais antiga dentre as escolas em inglês. Ela foi criada pelo conselho da cidade de Edimburgo (uma espécie de parlamento da cidade), e foi uma das primeiras instituições escocesas a ter sua criação decretada pelo rei, e não por uma bula papal como era comum até então.

Inicialmente era apenas uma faculdade de Direito, mas foi ampliando a sua área de ensino e pesquisa ao longo dos séculos. Com essa ampliação, a escola foi ganhando novos edifícios, incluindo o “New College”, que ainda é chamado por esse nome apesar de ter sido construído em 1846. Já o “Old College” (que já foi chamado de New College também) data do século 18.

Sua escola de Medicina data de 1726, e embora tenha aceitado alunos desde esse ano, só admitiria suas primeiras alunas em 1869. As sete moças, conhecidas como “Edinburgh Seven“, enfrentaram uma série de adversidades, como ter que pagar anuidades mais altas do que os homens, e estudar por conta própria por que alguns professores se recusavam a lhe dar aulas.

Por conta disso, elas não chegaram a se formar. Mas sua luta chamou atenção da imprensa nacional, o que resultaria numa lei, aprovada em 1877, que garantia o direito das mulheres a estudar na Universidade. Em 2015, a instituição fez uma placa para homenagear e lembrar a luta delas.

Atualmente a Universidade de Edimburgo tem cinco campi. São quatro espaços com salas de aula e o Western General Hospital, o hospital universitário, que também sedia diversas clínicas e laboratórios de pesquisa em temas como medicina molecular e genética.

Universidade de Edimburgo em números

Hoje, a Universidade de Edimburgo conta com cerca de 44.500 estudantes, sendo aproximadamente 26,7 mil na graduação e 17,8 mil na pós-graduação. E hoje as mulheres são maioria por lá, representando mais ou menos 60% das matrículas.

Os alunos internacionais (de fora do Reino Unido) são mais de 21 mil, o que dá quase 50% do corpo discente da universidade. Além de Escócia e Inglaterra, os países mais representados nos campi são China, Estados Unidos, Alemanha e Canadá. China é de longe o maior deles, com mais de 6 mil alunos na Universidade de Edimburgo.

Nos rankings internacionais, a escola frequentemente aparece em boas posições:

Escolas da Universidade de Edimburgo

A Universidade de Edimburgo se divide em três grandes “colleges” (“faculdades”), cada uma das quais se divide em várias outras “schools” (escolas). As escolas são as que respondem por cursos de graduação e pós-graduação de várias disciplinas, e ficam agrupadas sob “colleges” de áreas semelhantes.

College of Arts, Humanities and Social Sciene

A faculdade de artes, humanidades e ciências sociais da Universidade de Edimburgo é a maior das três, contando com cerca de 25,8 mil alunos. Nela estão as escolas de negócios, educação, artes, direito, literatura e ciências sociais e políticas, entre outras disciplinas.

College of Medicine e Vet Medicine

Como o nome indica, essa faculdade é dedicada a Medicina e Veterinária. Das três, é a que tem o menor número de escolas e de alunos — são cerca de 7,2 mil estudantes por lá. Ela abriga as escolas de medicina e veterinária, bem como escolas de ciências biomédicas, ciências clínicas e saúde pública.

College of Science and Engineering

Essa é a faculdade de ciência e engenharia da Universidade de Edimburgo, que abriga oito escolas e cerca de 11,4 mil estudantes. Aqui ficam as escolas de Química, Engenharia, Geociências, Informática, Matemática e Física e Astronomia, dentre outras.

Graduação na Universidade de Edimburgo

De maneira geral, quem deseja fazer a graduação na Universidade de Edimburgo precisará já ter concluído o grau anterior de estudos, enviar cartas de motivação e recomendação, e comprovar proficiência em inglês. De acordo com a universidade, alguns cursos também podem ter outras exigências, como provas padronizadas (SAT ou ACT), entrevistas ou envio de portfólio.

Para comprovar proficiência em inglês, a universidade aceita uma série de exames, incluindo o TOEFL, o IETLS e os certificados de Cambridge. A lista completa de certificados aceitos pode ser vista aqui.

Alunos brasileiros que tenham concluído o ensino médio ainda precisarão comprovar mais estudos para ingressar na Universidade de Edimburgo. Via de regra, é necessário ter um certificado internacional de conclusão (como o GCE A Levels, ou o International Baccalaureate) ou fazer um Foundation Year.

A exceção para isso são estudantes que desejem estudar na College of Science and Engineering. Esses alunos, caso tenham concluído o Ensino Médio com média 7 ou superior, podem fazer um exame de admissão para ingressar diretamente na graduação. Veja aqui mais sobre o exame, e veja aqui mais sobre as qualificações exigidas de alunos brasileiros.

Pós-graduação

Os cursos de pós-graduação da Universidade de Edimburgo dividem-se entre os “Taught Degrees” (cursos “ensinados”, semelhantes a nossos programas de pós-graduação lato sensu) e “Research Degrees” (cursos de pesquisa, mais relacionados à pós-graduação strictu sensu).

O primeiro grupo inclui mestrados bem como “diplomas” e “certificates”, especializações de duração mais curta voltados a estudantes que já concluíram a graduação. As exigências para ingresso costumam incluir histórico acadêmico, personal statement, carta de recomendação e certificado de proficiência em inglês. Veja aqui mais sobre eles.

Já o segundo grupo engloba mestrados de pesquisa (MScR) e de filosofia (MPhil), bem como programas de doutorado. As exigências são semelhantes às dos demais programas, mas com foco mais acadêmico. Em alguns casos, é necessário enviar também uma proposta de pesquisa, bem como CV ou portfólio, e pode ser necessário estabelecer contato previamente com um professor orientador na instituição. Saiba mais aqui.

Quanto custa estudar na Universidade de Edimburgo

Anualmente, no fim de novembro, a Universidade de Edimburgo divulga as anuidades que serão cobradas dos alunos no próximo ano letivo. Por ora, só estão disponíveis no site da universidade as anuidades cobradas no ano anterior (2020-2021).

Para alunos internacionais que desejem fazer uma graduação, os custos ficam em torno de 20 mil a 32 mil libras por ano, dependendo do curso — os programas nas áreas da saúde e veterinária são os mais caros.

Já para a pós-graduação, as taxas variam de cerca de 11 mil a 23 mil libras por ano. Isso vale tanto para os mestrados (ensinados e de pesquisa) quanto para os doutorados, embora a duração dos cursos varie bastante.

Bolsas de estudo

A Universidade de Edimburgo oferece uma série de bolsas de estudo para alunos internacionais. O valor e a duração delas varia bastante, mudando até mesmo de ano a ano. Isso porque muitas delas são financiadas por outras organizações, como grupos de ex-alunos.

As bolsas de graduação podem ser vistas neste link. As que estão disponíveis atualmente são bolsas parciais para cursos específicos, como matemática ou veterinária, e o prazo para candidatura às bolsas costuma ser até o fim do primeiro semestre de cada ano em que elas são oferecidas.

Neste link, é possível ver as bolsas de estudo para pós-graduação que a universidade oferece. Além de bolsas da própria universidade, cada uma das “colleges” que compõem a Universidade de Edimburgo também tem suas próprias ofertas de apoio financeiro, sempre para alunos interessados em sua área de estudos.

Vale lembrar também que os programas de mestrado com um ano de duração da Universidade de Edimburgo são elegíveis para as bolsas do programa Chevening. O Chevening é um dos maiores e mais prestigiosos programas de bolsas de estudo para alunos internacionais no Reino Unido, e todo ano premia dezenas de brasileiros.

Ex-alunos famosos

  • David Hume, filósofo cético e empirista;
  • Arthur Conan Doyle, autor, inventor do personagem Sherlock Holmes;
  • Robert Louis Stevenson, autor de O Médico e o Monstro e A Ilha do Tesouro.;
  • Julius Nyerere, ativista político da Tanzânia, contra a colonização da África;
  • Laura Kuenssberg, jornalista, primeira mulher a se tornar editora de política da BBC.

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