Conhecer a fundo como funcionam as applications em universidades dos Estados Unidos e Canadá pode ser complexo. Os processos de admissão nessas instituições não são unificados e, muitas vezes, exigem um preparo que vai além do conhecimento de conteúdos.
Na hora de realizar a application, “a maior dificuldade que um aluno encontra é achar informação confiável de maneira organizada”, explica Mateus Benarrós, co-fundador e Coordenador de Applications da APPLY, assessoria em educação internacional.
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Para realizar uma graduação em uma universidade estrangeira, é necessário considerar fatores, como o custo das despesas pessoais em outro país e meios de financiar as mensalidades – que costumam ser caras.
Além disso, é importante começar a se preparar já durante o ensino médio e ter em mente que estudar fora não é sinônimo de tirar férias. De acordo com Mateus, “o aluno deve saber se isso é um sonho seu ou de outra pessoa”, porque muitas vezes ele precisará de apoio durante o processo, que é complexo.
A importância da preparação
Formado em Yale, o coordenador conta que, quando estava realizando a application, a parte mais difícil foi lidar com a ansiedade e o medo de todo aquele esforço não dar em nada. “O caminho para estudar fora é muito mais incerto” quando comparado com o Brasil, conta Mateus.
Entretanto, ele lembra que essa é uma oportunidade única. “Vale muito a pena e muda a sua vida de maneiras inimagináveis – ainda muda a minha, mesmo depois de 8 anos de formado”, afirma.
O que as universidades procuram
Alcançar boas notas nos exames padronizados, como o TOEFL e SAT, geralmente não é suficiente para garantir uma vaga. Nos EUA e Canadá, por exemplo, o processo de avaliação dos candidatos se dá considerando o conjunto de informações enviadas, que misturam testes e apresentação pessoal.
Cada universidade busca um perfil de aluno e, através dessa documentação, ela avaliará quem melhor preencherá as vagas. Os melhores candidatos são aqueles que mais combinam com o perfil de jovem que a instituição procura. E para a distribuição de bolsas de estudo, os mesmos critérios são aplicados.
Método do quebra-cabeça de quatro peças
Para auxiliar os estudantes durante a preparação, a Apply considera o chamado método do quebra-cabeça de quatro peças. Ele é formado pelas quatro etapas principais da application em universidades da América do Norte.
“A Apply auxilia em todos os estágios desse árduo processo, como exames, essays, school material, financial documents, etc. mantendo uma relação mais próxima com o aluno”, conta Mateus.
Conheça o método do quebra-cabeça de quatro peças
1. A application
É um tipo de dossiê com uma série de informações que respondem às perguntas: “quem é o candidato? Quem é essa pessoa?”. Nessa etapa, o aluno deve falar sobre si, sobre a família e educação. Segundo a Apply, “a application é a peça mais importante do processo de admissão por seleção“.
É nessa parte que os tão temidos essays – ensaios onde o estudante elabora o que pensa, faz e sonha fazer – devem ser submetidos. Segundo Mateus, “dependendo da universidade, o pedido de admissão pode requerer nenhum, um, ou mais essays“.
Será através das essays que os avaliadores conhecerão os candidatos. Além delas, nessa etapa o estudante também envia o histórico de atividades extracurriculares.
2. Exames
As notas nos exames como SAT e TOEFL têm peso durante os processos de admissão. O candidato deve prestar atenção para quais testes são aceitos por cada universidade. Entretanto, Mateus lembra que apenas altas notas não garantem a admissão. “Há casos de alunos com perfect scores, isto é, notas máximas, não admitidos”. Nesses casos, geralmente o motivo da não admissão está relacionado à application.
Esses testes são exigidos para avaliar a proficiênciado candidato para se comunicar na língua em que o curso é dado e, principalmente, medir a capacidade lógico-dedutiva, de interpretação e raciocínio.
3. Avaliações escolares
Nesta etapa, o candidato apresenta o diploma do ensino médio, o desempenho escolar e as notas dos últimos quatro anos do ensino básico – do 9° ano do Fundamental II até o 3° ano do Ensino Médio. Além do histórico escolar, as universidades mais competitivas também pedem para que sejam enviadas avaliações e cartas de recomendação.
4. Documentação financeira
A quarta e última “peça” do quebra-cabeça é o momento em que o candidato pode pedir uma bolsa de estudos ou procurar por ajuda financeira para pagar as mensalidades.
Para obter o visto estudantil que permite a estadia no país de destino durante os anos de graduação, o candidato precisa apresentar o Financial Statement, onde demonstra que tem como se bancar, pelo menos, durante o primeiro ano do curso.
Dinheiro não precisa ser um impeditivo
Para quem está com dúvidas se deve ou não tentar ingressar em uma universidade estrangeira, a APPLY afirma que “todos deveriam se candidatar”, mesmo nos casos em que a família não pode pagar toda a mensalidade. De acordo com a assessoria, “é razoavelmente comum para um aluno bem preparado receber uma oferta de bolsa de pelo menos uma instituição“.