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Qual é a ligação entre a Universidade de Stanford e o Silicon Valley?

Leland Stanford Junior University, mais conhecida por Stanford University, é considerada uma das cinco universidades estadunidenses de maior prestígio do mundo. Não há como falar sobre a instituição sem destacar seu DNA voltado para o empreendedorismo, já que fundadores de grandes empresas estão entre seus ex-alunos e professores. Companhias como HP, Google e Yahoo têm ligação direta com Stanford, que, por sua vez, está localizada na região de Palo Alto, ao lado do Vale do Silício, na Califórnia. 

A universidade é referência quando o assunto é internet, desde a década de 1970, quando passou a ser uma das quatro instituições dos EUA ligadas a seu sistema precursor, ARPANET. Mas você sabe como se estabeleceu a relação entre Stanford e o maior polo de inovação e tecnologia do mundo? A gente te conta agora!

Mas, afinal, o que é o Vale do Silício?

Antes de prosseguir com a relação entre Stanford e Silicon Valley, é preciso situar a região, conhecida como “lar” das empresas de tech. O nome “Vale do Silício” se originou na década de 1970, a partir de um artigo publicado na revista Electronic News, que estabeleceu uma relação com o elemento químico silício, usado na produção de itens eletrônicos.

Além de abrigar Stanford, o local sedia diversas universidades estaduais dos EUA, o que levou a região a investir em pesquisa e desenvolvimento. 

Leland Stanford e Frederick Terman, os nomes por trás da ligação da Universidade com o Silicon Valley

A trajetória do fundador da instituição de ensino superior é o que marca a relação com o berço da inovação dos EUA. O magnata e político Amasa Leland Stanford vem de uma família que já empreendia, inicialmente com equipamentos para mineração. Ele próprio empreendeu construindo ferrovias, mas seu interesse era crescente em diversos campos do conhecimento. 

Em 1876, Leland e a esposa, Jane, iniciaram uma criação de cavalos em um retiro de campo, mas uma tragédia mudaria os planos do casal: a morte do filho deles, Leland Stanford Jr, em 1884, vítima de febre tifóide. O acontecimento os levou a considerar investir em ações filantrópicas e, paralelamente,  o então presidente de Harvard, Charles Eliot, sugeriu a criação de uma nova universidade. Anos mais tarde, já com a instituição estabelecida, o diretor da Escola de Engenharia de Stanford na época, Frederick Terman, passou a empenhar esforços para criar um ecossistema de inovação no local, o que viria a se transformar no embrião para a formação do Vale do Silício. 

O que foi o Stanford Industrial Park

Terman liderava uma missão militar ultra-secreta e, por essa razão, tinha conhecimento sobre pesquisa eletrônica avançada. Após a Segunda Guerra Mundial, ele impulsionou a construção do Stanford Industrial Park, um local reservado para empresas privadas de tecnologia de ponta arrendarem terras. Criou-se ali um novo fluxo de receita para a universidade. 

O parque industrial foi o epicentro de uma junção bem-sucedida entre academia e indústria, fundamental para avançar o conhecimento tecnológico. Os profissionais do mercado faziam cursos de meio período em Stanford, enquanto aquelas empresas de tech ofereciam ótimas oportunidades de trabalho aos alunos graduados pela instituição.

Relação atual de Stanford com o Silicon Valley

Conforme artigo publicado no site Tech Runch, atualmente “a proximidade com o Vale do Silício não é a coisa mais importante que distingue Stanford, mas certamente é a mais singular”, já que todo mundo que quer ter sucesso na área parte para a região. No entanto, a publicação destaca que tanto a educação quanto o Silicon Valley estão mudando e que, na vanguarda da tecnologia, instituições educacionais – incluindo Stanford – estão começando a descentralizar a formação no segmento, fazendo com que outros centros tecnológicos se estabeleçam em todo o mundo.

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