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Saiba onde estudar Biotecnologia no exterior

Quatro pessoas analisando plantas dentro de potes num laboratório - o que é pós-doutorado

O campo da Biotecnologia, como o próprio nome sugere, combina conhecimentos em recursos tecnológicos aplicados à Ciência da Vida. A área abrange, portanto, tópicos sobre manipulação de organismos vivos para fabricar produtos ou resolver problemas para atender às necessidades humanas. 

Os alunos nesta área normalmente estudam engenharia genética, técnicas moleculares de diagnóstico e terapêutica, mineração de dados de genoma, bioprocessamento de alimentos e medicamentos, controle biológico de pragas e produção de bioenergia. 

Trata-se, no entanto, de um saber interdisciplinar, que nem sempre dispõe de um curso específico, estando muitas vezes relacionado a outros campos, como da Bioengenharia. Neste post falaremos sobre as melhores universidades para estudar o tema fora do país, tendo como base o ranking da US News sobre as mais renomadas em Biotecnologia e Microbiologia Aplicada.

A lista foi organizada conforme indicadores baseados na Web of Science (plataforma de pesquisa que abrange mais de 21 mil revistas acadêmicas em todo o mundo) para o quinquênio 2015-2019. A classificação se deu com base nas universidades cujas pesquisas foram mais citadas na plataforma no período em determinados tópicos, mas também envolveu dados ainda mais recentes, até abril de 2021. Veja quais foram as primeiras colocadas:

Universidades internacionais para estudar Biotecnologia

Harvard

Quando se fala em Biotecnologia na Universidade de Harvard, é na Graduate School of Arts and Sciences (GSAS) que as pesquisas e a prática no segmento ganham protagonismo. Não há um curso específico sobre o tema. Os estudos em Ciências da Vida ocorrem por meio da federação Harvard Integrated Life Sciences (HILS). “Esteja você interessado em realizar pesquisas sobre estruturas de vírus no nível atômico ou sobre o impacto ambiental em grandes ecossistemas, você encontrará uma boa opção para seus objetivos acadêmicos”, diz a descrição do departamento. 

A federação é composta por 13 programas de doutorado em três faculdades da instituição de ensino superior (Harvard Faculty of Arts and Sciences, Harvard T. H. Chan School of Public Health e Harvard Medical School). O HILS oferece flexibilidade, incluindo opções para fazer cursos, rodízios de laboratório etc – uma forma de personalizar a experiência tendo um amplo leque de opções por toda a rede. Por esse motivo, o caráter interdisciplinar do estudo é bem demarcado. 

Um dos programas do HILS é o Speech and Hearing Bioscience and Technology (SHBT), que pertence à Divisão de Ciências Médicas. Ao contrário de outros que se concentram em Biomedicina ou em Biotecnologia especificamente, o SHBT abrange todos os aspectos destes campos.

Os conhecimentos incluem Acústica, Engenharia, Ciência da Computação, Neurociência Celular e Molecular, Psicofísica etc. Um exemplos de projeto estudantil que está sendo trabalhado é o desenvolvimento de modelos computacionais capazes de reconhecimento de fala semelhante ao humano, explorando a estrutura e os circuitos de atividade dentro do córtex auditivo.

MIT

No Massachusetts Institute of Technology, o ensino em Biotecnologia se dá por meio dos programas acadêmicos do departamento de Engenharia Biológica. Conforme a descrição do instituto, o objetivo é educar e preparar “os líderes da próxima geração para o avanço da Biociência e da Biotecnologia por meio de análise e síntese quantitativa, integrativa e orientada para o design de mecanismos biológicos moleculares e celulares”.

O entendimento é de que a nova geração de engenheiro e cientistas está aprendendo a lidar com problemas “por meio de sua capacidade de medir, modelar e manipular racionalmente os fatores tecnológicos e ambientais que afetam os sistemas biológicos”.

Em termos de nível acadêmico, o MIT oferece graduação condizente ao grau de bacharel em Engenharia Biológica e, na pós, há um programa de doutorado. Entretanto, a instituição de ensino superior também dispõe de um programa interdisciplinar exclusivo patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde, no qual os estagiários se beneficiam de maior contato com professores e alunos de fora de seu departamento e têm contato mais próximo com a indústria de biotecnologia. Saiba mais nesta página.

Stanford

A Stanford Bioengineering tem programas de graduação que se situam na interseção de ciência, tecnologia e medicina, oferecendo uma variedade de oportunidades e recursos para os alunos. A formação se dá com o grau de bacharel em Ciências (BS), Bioengenharia ou Computação Biomédica.

Já no caso da pós, a mesma escola oferece programas de mestrado e doutorado. O primeiro consiste em cursos básicos de bioengenharia, em paralelo com matérias eletivas técnicas e seminários. O doutorado, por sua vez, combina cursos rigorosos com novas pesquisas orientadas pelo corpo docente da estadunidense.

A instituição também conta com o NIH Graduate Training Program in Biotechnology – este, sim, especificamente voltado para a Biotecnologia. Trata-se de um curso de pré-doutorado, composto pela expertise de escolas nacionalmente dedicadas à Ciência Básica, Engenharia e Medicina, além de uma forte presença industrial. O programa funde 36 pesquisadores de 8 departamentos com o objetivo de proporcionar uma experiência de treinamento rica e orientada a aplicações, focada exclusivamente em biotecnologia relacionada à saúde.

Outras universidades entre as melhores para estudar biotecnologia no exterior

A classificação da US News tem, na quarta colocação, a University of California – San Diego em meio às mais renomadas para o ensino de biotecnologia. Na sequência, aparece a universidade de Cambridge, do Reino Unido, em quinto lugar e, logo depois, a Technical University of Denmark. A sétima colocação ficou com a University of Chinese Academy of Sciences. A oitava posição volta a ter uma instituição estadunidense, a University of California – Berkeley, seguida da University of Queensland, na Austrália. Por fim, o ranking das 10 melhores em Biotecnologia e Microbiologia aplicada traz a Johns Hopkins University na última posição.

 

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