Home » Outros » Dia da Mulher: como a experiência internacional impactou a vida de jovens líderes

Dia da Mulher: como a experiência internacional impactou a vida de jovens líderes

Mulher vendo livros em uma biblioteca

No Dia Internacional da Mulher, celebrado no 8 de março, o Estudar Fora separou histórias inspiradoras de três mulheres bolsistas do programa Líderes Estudar. Veja abaixo:

Camilla Morais, 32 anos

Na graduação, Camilla estudou engenharia mecânica e aeronáutica no ITA, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos vestibulares mais concorridos do Brasil. Ela frequentou o ensino fundamental e médio em uma escola particular de Fortaleza com bolsa de estudos. Isso porque seu desempenho em olimpíadas acadêmicas de computação, matemática e física chamaram a atenção. Apesar da formação como engenheira, ela sempre estagiou e trabalhou na área de finanças.

Com a experiência em mercado internacional, Camilla ocupa hoje o cargo de SVP (Senior Vice President) de operações na Brex, companhia de cartões de crédito corporativos avaliada em mais de US$ 12,3 bilhões. Na empresa, baseada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, ela lidera um time de mais de 300 pessoas. “O fato de ter estudado engenharia me ajudou muito com números como um todo. A engenharia soluciona problemas de forma prática, o que é muito importante para mim”, diz.

Camilla também avalia o impacto de sua trajetória: “Quero deixar um exemplo, abrir as portas para outras meninas, mulheres e brasileiros. Eu saí do Nordeste, onde as empresas eram muito mais familiares, e estou em uma posição global, me orgulho muito disso. Mas vejo que ainda tem muito trabalho a ser feito”. Ela aconselha a trabalhar com pessoas que você admira e com quem você gostaria de deixar um legado. “O que me motiva no meu trabalho são as pessoas. Trabalhar com elas e dar chances para quem está vindo”, finaliza.

Leia também: Dia Internacional da Mulher: 7 mulheres incríveis e onde estudaram

Maria Clara Rodrigues, 24 anos

Criada no bairro de Cordovil, na periferia do Rio de Janeiro, Maria Clara chegou à Universidade Stanford em 2017 com uma bolsa integral por necessidade financeira. A jovem foi com a ideia de se tornar engenheira mecânica, mas decidiu mudar para economia no fim do primeiro ano. “Tive oportunidades de fazer pesquisa ainda durante a graduação e escrevi minha tese sobre a relação entre exploração do trabalho e conexões políticas no Brasil para investigar as limitações da Lista Suja do trabalho escravo”, conta. 

Atualmente, Maria Clara é pesquisadora de pré-doutorado em Yale. Ela trabalha com um professor de Yale e uma professora em Harvard por dois anos para, em seguida, ingressar em um PhD. A pesquisadora se dedica a um projeto sobre políticas de moradia e habitação e o impacto de ordens de despejo em crianças e adolescentes nos EUA. “Meu objetivo maior é o de contribuir para o desenho e implementação de políticas que diminuam desigualdades, aumentem capacidade produtiva e fortaleçam instituições democráticas”, diz. 

A  jovem pesquisadora é uma mulher parda, vinda da periferia, filha de pais sem diploma de ensino superior e que estudou em escolas públicas “Todas essas camadas de quem eu sou influenciam profundamente a minha relação com a profissão em si, que historicamente foi —e ainda é — dominada por elites sociais e econômicas”. Apesar de ter encontrado professores e profissionais humanos e competentes durante sua trajetória, ela afirma que quer mudar o cenário: “Trabalhar para solucionar essa realidade é algo que ocupa bastante minha mente”.

Susana Sakamoto Machado, 24 anos

Após concluir a graduação em relações internacionais na UNESP, Susana deixou o Brasil para fazer um mestrado com bolsa na Tsinghua University, na China, a melhor universidade da Ásia e uma das melhores do mundo. “O grande impulso para que eu pudesse realizar meus estudos na China foi a bolsa da Fundação Estudar. Ela me deu a chance de realizar meu sonho e me impactou como pessoa de muitas maneiras. A bolsa permitiu que eu conhecesse uma rede de jovens que pensam de modo semelhante e que estão comprometidos com a mudança do Brasil”, conta. 

Atualmente, ela atua como consultora de inovação em Dubai, apoiando as maiores empresas e agências governamentais na área de estratégia, em um programa criado pelo Vice-Presidente dos Emirados Árabes Unidos. “Estou sempre em busca de melhores práticas para levar para o Brasil e, enquanto eu aprendo, também quero dividir o conhecimento que adquiro com outras pessoas. Procuro fazer isso por meio da minha ONG, de palestras que faço e nas redes sociais”, diz.

Susana conta que suas experiências internacionais foram fundamentais para atrair oportunidades e para expandir seus próprios horizontes. “Na minha compreensão, os desafios que passamos, seja como mulher, brasileira, e/ou jovem, são grandes oportunidades para adquirirmos ferramentas para melhorar a vida de muitas pessoas”, relata. Para finalizar, ela dá uma dica para quem também sonha em seguir uma carreira internacional: “Seja resiliente, persista e, acima de tudo, acredite em você (e conte comigo para o que precisar). Você conseguirá realizar seus sonhos e mudar o mundo”. Você pode contatá-la pelo Linkedin

Programas Líderes Estudar 2023

A 32ª edição do Líderes Estudar, maior programa de bolsas de estudo do Brasil, está com inscrições abertas. Organizado pela Fundação Estudar, o objetivo da iniciativa é apoiar, reunir e desenvolver jovens de todo o país que desejam gerar transformações positivas no Brasil nos mais diversos setores. Inscreva-se até o dia 10 de abril de 2023!

Além das bolsas de estudo, que podem chegar a 95% dos custos da formação em universidades brasileiras e internacionais, os benefícios do programa incluem mentoria, networking e acesso a uma rede de líderes.

O que você achou desse post?

Sobre o escritor

Artigos relacionados

Os melhores conteúdos para impulsionar seu desenvolvimento pessoal e na carreira.

Junte-se a mais de 1 milhão de jovens!

Pular para o conteúdo