Laura Brito, de 22 anos, conta que um dos momentos mais decisivos de sua trajetória aconteceu quando ela entendeu que não eram só os gênios que estudavam fora: “Isso destravou alguma coisa na minha mente. Percebi que uma pessoa comum como eu, que é dedicada, é capaz de conseguir”. Ela foi aprovada em quatro mestrados nos Estados Unidos para estudar com bolsa integral, e agora se prepara para iniciar os estudos em Jornalismo e Comunicação Social na Colorado State University. Saiba mais sobre como isso foi possível:
Mestrado em jornalismo com bolsa nos EUA
Por ter crescido assistindo a séries e filmes norte-americanos, Laura tinha vontade de fazer a graduação nos Estados Unidos. “Tinha esse desejo de morar e de estudar em outro país, mas não me achava capaz naquela época, ainda estava amadurecendo”, relata. No primeiro semestre da faculdade de jornalismo na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), ela começou uma iniciação científica com bolsa, algo que incentivou o gosto pela área acadêmica.
Ainda antes de se formar, ela decidiu que era hora de tentar colocar em prática o antigo sonho de estudar nos Estados Unidos. “Ainda na fase inicial de pesquisa eu encontrei o Prep Pós. Foi uma porta que se abriu pra mim, vi que várias oportunidades estavam disponíveis para mim”, lembra.
O Prep Pós-Graduação é um curso online e gratuito que prepara jovens que sonham em fazer uma pós-graduação em outro país, mas não sabem por onde começar. Para ela, as aulas foram essenciais para que sua confiança em si mesma aumentasse.
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“O módulo de autoconhecimento foi o mais importante para mim. Fazer a carta de motivação foi uma das partes mais difíceis, você tem que extrair tudo de você. E o Prep me ajudou a contar a minha história, a olhar para dentro de mim”, diz.
Filha de uma agente socioeducativa e de um policial, Laura teve que bater o pé quando foi falar com os pais sobre o sonho de estudar em outro país. “Com muita confiança e um pouco de medo, fui acalmando os meus pais, dizendo que ia dar tudo certo. Acho que eles ainda não querem que eu vá, mas senti muita coragem quando disse que sim, que eu ia tentar. E agora, mesmo com essa apreensão de alguma coisa dar errado, eu vou”, afirma.
Na preparação, Laura contou com a ajuda do Prep para organizar toda a papelada necessária, o que pode ser uma etapa estressante do processo. “Ter as aulas sobre os documentos foi muito importante, é fundamental ter tudo isso bem claro na cabeça para se organizar”, explica.
Para os que estão passando pelo mesmo processo, Laura dá uma dica que aprendeu no curso: “Verifique se a sua universidade traduz os históricos escolares para o inglês. Eu pensei que teria que gastar um bom dinheiro para fazer as traduções juramentadas, mas consegui economizar bastante nisso”. A maioria das universidades federais oferecem esse serviço gratuitamente.
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Um dos momentos mais complicados, ela relembra, aconteceu quando um professor se recusou a mandar a carta de recomendação no prazo estabelecido: ”Em agosto falei com um professor, ele aceitou. Em outubro, ele me disse que só ia conseguir fazer depois do natal”, conta. “Foi muito difícil, porque eu precisava da carta e todo o resto já estava pronto, mas consegui falar com um outro professor a tempo. Todo o resto depende de você, as cartas, não, o que pode ser um pouco assustador.
Após checar a oferta de bolsas e estabelecer alguns critérios, ela se candidatou a oito universidades. Na Portland State University, North Carolina State University, Drexel University e Colorado State University, a escolhida, Laura foi aprovada com bolsas integrais. “Foi uma decisão muito difícil, mas de modo geral achei que a bolsa da Colorado fazia mais sentido para mim, tem até um plano de saúde incluso. As opções de moradia também são melhores lá”, conta.
Laura pensa em seguir carreira acadêmica e quer se tornar professora universitária no Brasil. Ainda não sabe onde quer fazer o PhD, mas, por enquanto, quer focar no mestrado. “Estou encarando tudo isso como um momento decisivo na minha vida. É muita novidade, fico com um pouco de medo, mas tenho muita confiança que vai dar tudo certo”, finaliza.
