Algumas universidades no exterior diferenciam a seleção dos candidatos à graduação de acordo com a necessidade financeira, adotando uma política need aware. Isso significa que o eventual pedido de bolsa de um candidato pode impactar as chances de entrar na escola, já que o processo de candidatura torna-se mais competitivo. Nesses casos, pode ser difícil decidir se vale a pena pedir auxílio financeiro. Abaixo, indicamos alguns pontos que você deve levar em consideração antes de tomar essa decisão.
Ao contrário das universidades need aware, as need blind analisam as candidaturas sem considerar a necessidade financeira. Ou seja: o processo é o mesmo para quem precisa e para quem não precisa de bolsa. Em geral, é possível verificar qual política a instituição adota para estudantes internacionais na página “International Applicants”.
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A lista de universidades need blind para candidatos internacionais é curta, mas tem nomes de peso: Harvard, MIT, Princeton, Brown (a partir de 2025), Dartmouth e Yale são alguns exemplos. Essas universidades asseguram que todos os candidatos aprovados receberão ajuda de custos de acordo com a necessidade demonstrada. Isso só é possível porque a maioria possui grandes fundos de investimento, o que permite a oferta de bolsas generosas e cobiçadas.
Apesar das vantagens oferecidas pelas instituições need blind, não pedir uma bolsa a universidades need aware para ter mais chances de aprovação pode não ser a melhor escolha. “Em termos reais, a maioria das universidades need aware é menos competitiva do que as need blind”, explica Keyla Carvalho, Application Advisor do Prep Program, da Fundação Estudar.
Durante a candidatura a uma universidade need aware, Keyla diz que a orientação geral é que o candidato peça a assistência caso precise: “É a melhor chance que o estudante tem de conseguir uma bolsa. Se ele não pedir no processo de candidatura, não pode pedir depois”, afirma.
De acordo com a especialista, não vale a pena apostar todas as fichas na possibilidade de ganhar uma bolsa externa ou de mérito com a própria universidade. “Esses auxílios são sempre muito competitivos, e geralmente não oferecem bolsas integrais”, diz.
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Ela recomenda que o candidato faça um planejamento para saber mais sobre sua situação financeira no exterior. Se existe a possibilidade de a família arcar com os custos da universidade e da vida em outro país, isso deve ser levado em consideração: “Nesses casos, ou em situações em que falta pouco para que a família consiga pagar tudo, pode ser melhor não pedir o auxílio”.
Se o seu custo total estimado para um ano de estudos em uma universidade dos Estados Unidos é de 100 mil dólares, por exemplo, e você dispõe de 90 mil, é mais vantajoso não pedir ajuda de custo e tentar completar esse valor com um esforço extra dos familiares ou com bolsas menores. Para quem realmente precisa de ajuda para estudar fora, Keyla reafirma: “Pedir auxílio financeiro à universidade é a melhor forma de conseguir uma bolsa”.
Preparatório gratuito para fazer graduação no exterior
O Prep Program, preparatório gratuito da Fundação Estudar com foco em jovens que desejam cursar a graduação no exterior, está com pré-inscrições abertas. Totalmente gratuito, o programa tem como objetivo oferecer orientação sobre o processo de candidatura em universidades de fora do país.
Os selecionados receberão orientação individualizada de especialistas sobre o processo de application utilizado na seleção para graduação no exterior, especialmente por instituições norte-americanas. Além de orientações sobre universidades need aware e need blind, serão abordados temas como provas SAT e ACT, exames de proficiência em inglês como TOEFL e IELTS, essays, college list, entre outros.
