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Como ficar três semanas (e muito mais) sem falar português? 4 dicas certeiras

Por Beatriz Rezende, estudante do Prep Program 2024

Imagine não poder falar português por três semanas porque você é a única brasileira do ambiente. A ideia de estudar no exterior é emocionante, mas as barreiras linguísticas podem parecer intimidantes. Eu sei, porque passei por isso.

No ano passado, recebi uma bolsa para um programa de verão residencial na renomada Universidade de Chicago, a UChicago, nos Estados Unidos. Eu era a única brasileira dentre uma maioria de americanos e asiáticos (que também eram fluentes em inglês) e passei três semanas me comunicando apenas em inglês

Quando cheguei à UChicago, fiquei maravilhada com a diversidade cultural, intelectual e com o campus maravilhoso. O curso era chamado “Enfrentando uma economia política em crise: examinando causas e criando mudanças”. As aulas eram em um modelo colaborativo. Ou seja, tinham poucos alunos (cerca de 20) na sala e sentávamos em uma mesa redonda, para facilitar a participação e o compartilhamento de ideias. Além disso, 25% da minha nota final era de participação. Isso significa que eu teria que falar constantemente na frente de toda a minha classe. 

Também precisei comprovar proficiência em inglês por meio de uma prova padronizada – Duolingo English Test, TOEFL ou IELTS – quando apliquei para o programa de verão. Optei pelo Duolingo English Test e alcancei uma excelente nota, 135/160. Mas a verdade é que, por mais preparada que estivesse, enfrentei desafios significativos de comunicação. Lembro de ter que pedir para que meus amigos americanos falassem mais devagar e que frequentemente eu pesquisava o significado de algumas palavras que o professor falava durante as aulas. 

A língua inglesa, embora muito familiar, mostrou-se desafiadora em um ambiente acadêmico tão exigente. No entanto, ao longo do tempo, desenvolvi estratégias eficazes que me permitiram não apenas sobreviver, mas também me destacar na minha turma – obtive 100% da minha nota de participação e uma nota final de 93/100. Vou compartilhar com você quais são elas e espero que te ajudem:

  • Não tenha medo de cometer erros

Na verdade, foi por meio dos meus erros que aprendi e cresci mais rapidamente. Aceitar que a falha faz parte do processo de aprendizagem me libertou do receio de falar e me permitiu participar ativamente das discussões em sala de aula.

  • Praticar constantemente

Conversar com colegas de classe, assistir a palestras e participar de grupos de estudo me proporcionaram oportunidades valiosas para aprimorar minhas habilidades linguísticas. Mesmo quando estava fora do ambiente acadêmico, busquei maneiras de me envolver com a língua inglesa, seja assistindo a filmes, ouvindo podcasts ou indo a um restaurante para praticar pedir uma refeição.

  • Buscar ajuda sempre que necessário

Os professores, tutores e amigos estavam lá para me apoiar e esclarecer minhas dúvidas. Não hesitei em pedir explicações adicionais ou orientação extra quando me sentia perdida. Afinal, reconhecer meus pontos fracos e buscar maneiras de melhorá-los foi essencial para o meu sucesso acadêmico.

  • Aproveitar ao máximo os recursos disponíveis

Em termos de recursos, a UChicago é líder. Eu tinha acesso a seis bibliotecas gigantescas com mais de 12 milhões de volumes impressos e eletrônicos, tutores de plantão e ao staff residencial 24h por dia. Aproveitar essas oportunidades não apenas me ajudaram a melhorar minha proficiência no idioma, mas também aprimoraram minhas habilidades acadêmicas de forma geral.

Portanto, se você está se preparando para estudar no exterior, não deixe que as barreiras linguísticas o impeçam de alcançar seus objetivos acadêmicos. Com determinação, prática e apoio adequado, é possível superar esses obstáculos e se destacar em outro país. Lembre-se sempre de que cada desafio é uma oportunidade de crescimento e que sua jornada de aprendizado transcende fronteiras linguísticas.

Beatriz Rezende é uma estudante do 3º ano do ensino médio em Goiânia (GO). Estudar fora do Brasil é um de seus maiores sonhos desde os 13 anos de idade. Atualmente, Beatriz é aluna da Prep Class of 2024 e se prepara para enviar suas applications para estudar economia em faculdades americanas. Ao longo do ensino médio, desenvolveu uma enorme paixão pelo debate competitivo, sendo premiada em diversas ocasiões tanto nacionalmente quanto internacionalmente. Além disso, a luta pela sustentabilidade é uma questão altamente importante para Beatriz. Por isso, também é presidente da maior ONG ambiental do Centro-Oeste gerida por estudantes de ensino médio, o Casulo.


A coluna acima foi escrita por Beatriz Rezende, participante do Prep Program, preparatório da Fundação Estudar com foco em jovens que desejam cursar a graduação no exterior. Totalmente gratuito, o programa oferece orientação especializada sobre o processo de candidatura em universidades de fora do país. Saiba mais e faça sua inscrição aqui.

 

 

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