Se você já sabe que quer cursar a graduação, um mestrado ou PhD no exterior, com certeza esbarra com frequência no termo mais comum quando o assunto é este: application! Podemos associá-lo ao “processo seletivo”, como é mais comum em nosso vocabulário. Porém, o application para ingressar em uma universidade estrangeira abarca um conjunto de etapas e, neste post, vamos falar sobre elas e dar dicas para se planejar!
Afinal, o que é application
O termo “application” refere-se a todos os documentos, formulários, resultados nos testes e redações que devem ser apresentados como parte de uma candidatura no processo de admissão para uma universidade fora do Brasil.
Diz respeito, portanto, a uma documentação da trajetória acadêmica, extracurricular e pessoal de um estudante durante o ensino médio, no caso da graduação, ou da faculdade, para quem deseja cursar uma pós no exterior.
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O application pode ser feito diretamente para a instituição de ensino escolhida ou através de plataformas unificadas, como é o caso do Common App (para os Estados Unidos) ou o UCAS (para o Reino Unido).
Etapas do application
Basicamente, o processo de admissão em uma universidade no exterior quer saber como foi o seu desempenho acadêmico no Ensino Médio; conhecer em quais atividades extracurriculares você já se envolveu e conhecer a sua trajetória pessoal.
As universidades também querem avaliar a fluência do candidato no idioma em que o curso escolhido é oferecido e critérios mais subjetivos, como o “jeito” do potencial aluno, se combina ou não com a cultura da instituição. Cada universidade tem suas próprias regras, mas há etapas comuns entre muitas delas, as quais descrevemos a seguir:
#1. Application Forms (ou Questionários)
Nos questionários serão pedidos dados cadastrais, informações sobre o seu desempenho acadêmico (suas notas no colégio, sua posição no ranking da turma, se houver) e lista das atividades extracurriculares que participou.
#2. Testes padronizados
Assim como temos o ENEM aqui no Brasil, nos EUA, por exemplo, os testes SAT, ACT, SAT II são utilizados como forma de obter uma nota com avaliação padronizada dos candidatos.
#3. Testes de idioma
O objetivo deles é demonstrar que sua fluência na língua pretendida para estudar no exterior é suficiente para estudar em uma instituição com esse idioma. Para quem se candidata a um curso ministrado em inglês, as provas mais comuns são o TOEFL e o IELTS.
#4. Essays
As essays são redações que você terá de fazer se apresentando e contando a sua trajetória pessoal. É uma das partes mais importantes do processo de seleção e também o momento que os alunos têm para se destacar entre os demais.
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#5. Histórico Escolar
As universidades querem checar se você tem um bom desempenho acadêmico e se tem potencial para ser um excelente aluno – e nada melhor que as notas do histórico para atestar.
#6. Cartas de recomendação
É a hora de mostrar quem você é por meio da opinião dos seus professores e de outras pessoas que o conhecem bem.
#7. Entrevista
A entrevista normalmente é conduzida por um ex-aluno ou um representante da universidade. Em geral, é o momento de reforçar tudo que já foi mostrado nas outras etapas.
Tempo de preparo
Por mais óbvio que possa parecer, ter em mãos os documentos necessários para aplicar – e não são poucos – pode ser algo decisivo no sucesso de uma candidatura. Isso porque, segundo avaliadores, muitos alunos acabam se desorganizando e deixando para verificar a lista na última hora. Nem precisa dizer que não dará tempo de providenciar exames de proficiência, cartas de recomendação e de motivação, currículo, projeto de pesquisa (este último, mais comum a mestrados e doutorados) poucos meses antes da candidatura.
Ferramentas de organização
Além do cronograma em si, o Estudar Fora também reuniu uma série de técnicas de planejamento para o application para universidades estrangeiras. As ferramentas de organização envolvem planilhas de Excel e até o bullet jornal, método personalizável que se popularizou recentemente. Mantendo cada detalhe da candidatura em ordem, é possível ter uma visão geral do processo, dos prazos para cada etapa e dos custos envolvidos. Confira aqui!
Application de graduação e pós: quais as diferenças
Principalmente para quem deseja estudar nos Estados Unidos, vale dizer que, diferentemente da graduação, em que praticamente todas as instituições seguem a mesma timeline de application, na pós-graduação, os estudantes poderão encontrar pequenas variações nos prazos.
Há também diferenças entre o calendário de application para cursos de pós-graduação lato sensu (os chamados certificates) e os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado). Neste link, trazemos um calendário específico para pós-graduação nos EUA.
Early application: entenda
Não é à toa que insistimos na importância do planejamento. Quem consegue se organizar com antecedência para estudar no exterior pode ter vantagens competitivas, como a chance de se candidatar em early application. O termo é traduzido literalmente como “candidatura antecipada”, uma modalidade que permite que estudantes enviem sua documentação num prazo bem anterior à deadline de inscrições, tendo mais chances de aprovação.
Há basicamente duas modalidades de early application em universidades estrangeiras: “early decision” e “early action”. Saiba mais sobre as regras de early application neste link.