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Harvard: ela chegou lá!

À primeira vista, Tábata tinha todos os motivos para não ter motivação para se candidatar a uma universidade no exterior. Não falava inglês, estudou por muito tempo em escola pública e não tinha dinheiro para arcar com os custos do processo de seleção, muito menos com as altas mensalidades de uma universidade nos EUA. Bastou um pequeno incentivo para a jovem brilhante da periferia de São Paulo sonhar grande e entrar na universidade dos sonhos de quase todos os americanos.

Filha de um cobrador de ônibus e uma dona de casa, Tábata sempre se destacou na escola pública pelas notas e pelo engajamento em atividades extracurriculares, o que é muito valorizado pelas universidades no exterior. Em 2007, ela ganhou uma bolsa de estudo em um colégio particular de alto padrão em São Paulo pelo seu desempenho em olimpíadas científicas. Era o começo de uma mudança radical de jornada. Lá, foi recepcionada com uma palestra de um representante do Massachusetts Institute of Technology (MIT). “Me mostraram um clube que fazia coisas loucas com chocolate, um outro que fazia robôs, e eu fiquei muito encantada com aquilo. Só que era uma coisa inimaginável para mim. Mas falei para o meu pai: eu vou estudar nesse paraíso, eu tenho que ir pra lá”, conta.

Na época a estudante não fazia ideia do que era uma universidade no exterior, mas ficou encantada com as possibilidades que poderiam surgir. “Era complicado. Por mais que eu estivesse construindo um currículo muito bom de atividades, com trabalho voluntário e medalhas em olimpíadas científicas, eu não tinha o inglês”, explica.

Em 2009 ela participou do Prep Program, um programa da Fundação Estudar que auxilia estudantes brasileiros a se candidatarem a universidades fora. “Eu tinha um mentor que era americano e que me guiou no processo todo. Ele chamava a minha atenção, falava que eu tinha que estudar mais para o Toefl e o SAT, que meu inglês estava péssimo. Mas também era muito doce quando eu pensava em desistir. Ele dizia: Tábata, você já chegou muito longe, seu inglês não vai ser um empecilho”. Ela também recebeu a ajuda de amigos, e de organizações como o Education USA e a rede BSCUE.

Dedicação e foco foram essenciais no processo de candidatura. Tábata chegou a corrigir 30 vezes uma mesma redação para que chegasse ao nível exigido. No final, todo o esforço valeu a pena. Ela foi aceita em seis das melhores universidades do mundo: Caltech, Harvard, Columbia, Yale, Upenn e Princeton. Hoje ela também é bolsista da Fundação Estudar.

Quer conhecer um pouco mais a Tábata? Confira esse vídeo que ela gravou para os leitores do Estudar Fora:

Sonhos
Em Harvard, os alunos têm a oportunidade de conhecer ministros, presidentes e cientistas super reconhecidos. Tábata já se encontrou com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e também com o ex-presidente do Equador, Jamil Mahuad. “Eles me disseram que se eu me dedicasse aos meus sonhos, eu teria chance. Escutar isso de um presidente me incentiva muito”, confidencia.

E quais são os sonhos dela? O principal é trabalhar com educação pública no Brasil. Ela considera a possibilidade cursar Ciências Políticas, Ciências Sociais, Física, Astrofísica ou Ciências da Computação. “Estou fazendo cursos em todas essas áreas até agora, para descobrir qual é realmente a minha paixão”, conta. Uma diferença nos EUA é que os alunos escolhem apenas ao final do primeiro ano qual será o major – que é o foco da graduação.

Dicas da Tábata para quem quer estudar em Harvard
A dica da Tábata é simples: candidate-se, porque nada é impossível! Para ela, todo mundo tem um lado especial, e tem alguma coisa para mostrar de diferente. “Você precisa encontrar o seu melhor e mostrar isso na sua seleção. Tem muita gente aí para te ajudar e tem muitas oportunidades. Vale a pena mesmo!”, pontua.

 

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