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As muitas competências que você desenvolve quando estuda fora

alunos reunidos fazendo sinal de positivo

Bianca Trombelli, de 37 anos, e Caio De Mase, de 31, não se conhecem, mas têm muito em comum: os dois moraram fora do Brasil e acreditam que a experiência internacional foi crucial em suas vidas. Hoje, ambos trabalham em áreas ligadas ao desenvolvimento de pessoas: Bianca é coach de carreira e ajuda quem a procura a chegar lá — onde quer que isso signifique — e Caio é gerente de operações da empresa de seleção e recrutamento Robert Walters, no Rio de Janeiro. Ela morou um ano no México. Já ele cursou o ensino superior no Siena College, em Nova York, Estados Unidos. A seguir os dois contam algumas das competências que desenvolveram ao morar fora:

Caio De Mase

Capacidade de entender os outros

“Na faculdade, tive colegas de Cuba, Honduras, China e França, entre outros países, e aprendi a entendê-los. A vivência com pessoas de várias culturas te possibilita desenvolver habilidades que serão extremamente úteis na vida pessoal e no mundo corporativo, como se colocar mais no lugar do outro e tentar compreendê-lo. O meu chefe, por exemplo, é francês, e sei que teve outros gerentes que não o compreendiam tão bem quanto eu.”

Comunicação

“Era tímido e na faculdade tive que fazer várias apresentações em inglês (que ainda não dominava bem) para uma turma com alunos de várias nacionalidades. No início era ameaçador, mas fez com que eu melhorasse minha comunicação. Hoje, nos negócios, essa é uma habilidade valiosíssima: o sucesso de muitas transações depende de uma boa comunicação.”

Flexibilidade e adaptabilidade

“Nasci em uma família com uma boa estrutura financeira e, ao chegar nos Estados Unidos, o meu primeiro trabalho foi limpando banheiros — coisa que nunca imaginei fazer. Depois, com o idioma um pouco melhor, trabalhei de atendente de biblioteca e treinador de futebol para crianças. Foi uma grande quebra de paradigmas e que serviu para me tornar mais flexível e adaptável. Aprendi a lidar com situações pelas quais nunca passaria se ficasse no Brasil.”

Bianca Trombelli

Organização e planejamento

“Morar fora é sair da chamada zona de conforto e encarar o desconhecido é sempre uma vivência cheia de aprendizados. É preciso, em primeiro lugar, planejamento. Um ano parecia muito tempo para mim, mas passou voando. Tive que me organizar para não perder oportunidades de conhecer pessoas e lugares.”

Autoconhecimento

“No México, tinha a sensação de que poderia ser quem eu quisesse já que ninguém me conhecia e, portanto, não poderia dizer que eu estava diferente. Fui muito mais eu, agi muito mais diante de minhas vontades do que de padrões pré-estabelecidos pela sociedade. Foi uma ótima oportunidade de autoconhecimento.”

E os aprendizados não param por aí…

Além dos itens já explicitados, estudar fora também possibilita o desenvolvimento das seguintes competências:

Iniciativa e pró-atividade
Relacionamento interpessoal
Liderança
Persuasão

Bianca e Caio defendem ainda que jovens que tiveram uma experiência internacional passam a imagem de que estão acostumados a novos desafios e não irão se intimidar diante deles. “Em geral, percebemos que eles sabem negociar melhor e adquiriram habilidades até para gestão de conflitos”, considera Caio, que seleciona profissionais para cargos de média e alta gerência.

Ter estudado fora, obviamente, não é o único fator levado em consideração pelas empresas na hora de preencher uma vaga. No entanto, quando o recrutador está em dúvida entre dois fortes candidatos, por exemplo, a vivência em outro país pode ser um grande diferencial. “Pela minha experiência como coach de carreira, percebo que aqueles que viveram no exterior frequentemente são melhor avaliados. É como se viessem com um selo de qualidade”, afirma Bianca.

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