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“Substituí bandeiras de países por rostos dos meus colegas”

diversidade

Por Danilo Vaz

 

Pense no seu grupo de melhores amigos até hoje. A família que você escolheu. Aquelas pessoas que sempre te põem para cima quando você mais precisa. Aqueles que te fizeram chegar mais longe. Está com eles na cabeça? Ótimo. Agora lembre-se de onde você os conheceu. Por que essa amizade é tão forte? Quais foram as experiências que vocês tiveram em comum que fortaleceram essas ligações? A sua idade pode ser um fator importante para essa resposta.

Se você ainda não é universitário há grandes chances de você dizer que essas amizades se fortaleceram devido aos bons e maus momentos que você viveu com seus amigos na escola. No entanto, caso você já seja universitário ou graduado, é muito provável que as suas maiores amizades venham justamente da universidade que você cursou. E isso não é à toa, uma vez que essas experiências escolares são incrivelmente intensas e realmente fazem com que as pessoas criem relações para a vida.

É importante refletir sobre quem são as pessoas que estarão com você durante a sua graduação, especialmente se você está buscando uma experiência internacional

Levando isso em consideração, é importante refletir sobre quem são as pessoas que estarão com você durante os anos da sua graduação, especialmente se você está buscando uma experiência internacional. É importante para você que a comunidade da sua universidade seja diversa? Ou você prefere não sair tanto da sua área de conforto? Um grupo em que a maioria dos estudantes são internacionais é preferível a um grupo mais homogêneo? Você quer conviver com pessoas mais novas ou mais velhas do que você? Essas são perguntas que passam despercebidas, mas são muito importantes, porque no final das contas elas são descrições das pessoas que possivelmente se tornarão os seus melhores amigos.

Outra característica importante nesse quesito é o tamanho da sua comunidade escolar. O número de pessoas na sua classe, por exemplo, pode ser um dos fatores que vão impactar o seu rendimento escolar. O número de pessoas no seu dormitório, ou que estarão em constante contato com você também tem certo valor, pois a tendência é de que você se torne mais próximo dessas pessoas ao longo do tempo.

Como uma universidade que tem a possibilidade de criar uma experiência fora dos padrões para os seus alunos, a Minerva leva em considerações todos os pontos levantados acima. Por exemplo, os seminários acadêmicos não têm mais de 20 alunos, para seja possível um acompanhamento mais próximo dos professores. Além disso, aqui temos um sistema de cohort para separar as turmas. É simples de entender: Os alunos na Minerva são divididos grupos (cohorts) de até no máximo 150 membros. Essas cohorts viverão juntas e viajarão juntas para todas as cidades ao longo dos 4 anos de curso. No entanto, diferentes cohorts não se encontram. A minha turma (Class of 2019) é uma cohort de aproximadamente 130 alunos. Contudo, a próxima turma (Class of 2020) provavelmente terá duas cohorts já que mais de 150 irão se matricular.

Há uma razão por trás desse sistema. No começo da década de 90, o antropologista britânico Robin Dunbar encontrou uma correlação entre o tamanho do cérebro de primatas e uma média de tamanho de grupos sociais. Utilizando a média do tamanho de um cérebro humano, ele extrapolou os resultados previamente encontrados e propôs a hipótese de que humanos conseguem manter em média 150 relações estáveis – relações em que um indivíduo sabe quem cada pessoa é, e como cada pessoa se relaciona com as outras pessoas. Apesar das terminologias um pouco complicadas, a ideia por traz do Número de Dunbar é simples: o número de pessoas com as quais conseguimos manter uma relação estável varia em torno de 150.

Tendo apenas esse limite em relação ao perfil de sua turma, a Minerva conseguiu formar o que talvez seja a turma mais diversa de uma universidade norte-americana. Somos cerca de 130 alunos de 37 países diferentes, sendo que 80% destes é de fora dos EUA. A igualdade entre sexos também é presente, enquanto a pluralidade de gêneros nos torna uma comunidade colorida. Todas as diferentes visões, crenças, sotaques e línguas são o que me fazem afirmar que a nossa comunidade é o aspecto mais valioso desta experiência. Dê play no vídeo e entenda o porquê.

 

Sobre o Autor
Danilo é ex-aluno de Engenharia Mecânica na UNESP e atual membro da Founding Class na Minerva Schools at KGI. Lá, ele integra um grupo de estudantes e educadores que estão repensando a experiência universitária para o Século XXI. Apaixonado por Educação, Danilo já trabalhou em diversas iniciativas na área e participou de cursos sobre o assunto dentro e fora do Brasil. Seu maior objetivo é “contribuir para um mundo com melhores oportunidades educacionais para todos.” Para conhecer mais informações sobre a Minerva e sua experiência universitária, visite a página oficial.  O processo de application para a turma de 2017 abre em Agosto.

 

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