Por Gabriela Ribeiro – Psicóloga Intercultural
Adoro a frase anônima “Quem diz que a melhor fase da vida é a infância, é porque nunca fez intercâmbio!”. Se você está por aqui é porque tem desejo de estudar no exterior, e tem todo meu apoio e admiração! É um dos feitos mais marcantes e reveladores que alguém pode fazer por si mesmo (e pela humanidade).
Sou Psicóloga Intercultural, mas só me tornei essa profissional por ter a alma de intercambista – estudei na Inglaterra e na Nova Zelândia. Estas duas partes de mim escreverão para vocês aqui trazendo inspirações para que suas experiências lá fora sejam mais inteligentes, produtivas e positivas.
Ah, esclareço que intercambista é aquele que sai do seu país em situação de estudo no exterior. Seja no High School, Gradução, Pós-Graduação e MBA. Em janeiro deste ano uma amiga de 41 anos passou 2 meses no Canadá estudando inglês. É uma intercambista! Se você está indo fazer faculdade nos EUA, é intercambista! Ou passará 2 anos num programa de mestrado na Espanha… intercambista! Por que insisto no termo? Pois como diz Andrea Sebben em seu livro “Intercâmbio Cultural: para entender e se apaixonar”, quando no exterior, o estudante não pode ser compreendido apenas como um estudante convencional, pois ele lida com duas dimensões educacionais: a formal e a intercultural. Além de aprender as clássicas matérias que cada curso oferece, estamos falando aqui de educação para vida, para o amadurecimento, para as relações.
Então, a intercambista aqui trará aquele toque de curiosidade, coragem, espírito desbravador e empreendedor de quem precisa planejar seus passos para caminhar rumo a uma vida em outra cultura. A Psicóloga Intercultural dividirá com vocês pitadas (prometo que saborosas) de duas ciências inovadoras que servem para promover encontros interculturais proveitosos e bem-estar ao viver em um novo país:
1. A Psicologia Intercultural: É uma área da Psicologia que estuda a relação entre cultura e comportamento, o esquema mental dos povos, as características básicas da experiência migratória, stress aculturativo e processos de adaptação, discriminação, preconceito e estereotipia, personalidades migratórias, etc.
2. A Educação Intercultural: É uma metodologia que tem como crença central a diversidade como fonte de aprendizagem e enriquecimento. Desenvolvido para fomentar novos comportamentos e nos convida a desenvolver a escuta atenta ao outro, o descentramento cognitivo e as competências necessárias para superação de mal-entendidos e percepções equivocadas que normalmente temos de culturas diferentes da nossa.
Até a próxima!
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Gabriela Ribeiro – Colunista sobre Psicologia e Educação Intercultural
É psicóloga com formação na PUCRS, em Porto Alegre. Recebeu profunda formação na metodologia Intercultural Training®, desenvolvida por Andréa Sebben através de sua longa trajetória de estudos e trabalhos na Europa e Brasil. Fez intercâmbio na Inglaterra e Nova Zelândia e já esteve em 28 países. Participou de cursos de formação nas Ciências Interculturais em países como o Chile, Argentina, Venezuela, Costa Rica e Colômbia. Há 7 anos ministra palestras e Treinamentos Interculturais em todo Brasil, em diversos idiomas, é membro da IAIE – International Association for Intercultural Education.