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‘A Minerva é o lugar de quem quer mudar o mundo’

Por Lecticia Maggi

Não há salas de aulas. Não há provas. O ‘campus’ é itinerante e a cada semestre os alunos moram em um país diferente. Os conteúdos são interdisciplinares e ministrados via online, por meio de uma inovadora plataforma de ensino. Essa é Minerva, fundada Ben Nelson, em 2011, com aporte de US$ 75 milhões. Em seu comando está o reitor Stephen Kosslyn, que já atuou em cargos de direção em Harvard e Stanford.

Ensinamos o aluno a pensar de forma crítica e criativa, a se comunicar de forma eficaz e a fazer links entres os problemas, utilizando diferentes tecnologias para tentar solucioná-los

A primeira turma, formada por 32 alunos de 13 países, incluindo o brasileiro Guilherme Souza (leia as colunas dele), começou a ter aulas em setembro de 2014.  Após o ano letivo em São Francisco, nos EUA, os estudantes têm agora um ‘gap year’ para trabalhar e colocar em prática o que aprenderam. Em 2016, a turma de 2014 e a que iniciará este ano se juntarão para se formarem em 2019.

Neste ano, foram mais de 11.000 candidaturas de 160 países. Apenas duzentos alunos foram selecionados, incluindo três brasileiros, o que faz com que a universidade tenha uma das mais baixas taxas de admissões do planeta: 1,8%.

Em entrevista ao Estudar Fora, Alex Aberg Cobo, diretor da Minerva para a América Latina, explica que o objetivo da universidade é formar líderes capazes de resolver desafios mundiais complexos. “Ensinamos o aluno a pensar de forma crítica e criativa, a se comunicar de forma eficaz e a fazer links entres os problemas, utilizando diferentes tecnologias para tentar solucioná-los”, diz. “A ideia é formar líderes globais. Por isso, os estudantes vivem um período em cada país: para que possam desenvolver projetos nesses locais”, acrescenta. Ao término do curso, os estudantes terão passado pelas seguintes cidades: São Francisco (EUA), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Seoul (Coreia do Sul), Bangalore (Índia), Istambul (Turquia) e Londres (Inglaterra).

Modelo de ensino – Integrante da KGI (Keck Graduate Institute), instituição americana membro do Claremont University Consortium, a Universidade Minerva tem cinco faculdades: Ciências Sociais, Ciências Naturais, Ciências da Computação, Artes e Humanidades, e a Escola de Negócios. Como o modelo de ensino é altamente multidisciplinar, os estudantes podem montar sua grade curricular com disciplinas de diferentes faculdades.

Os alunos têm aulas de segunda a quinta-feira, das 9h às 12h30, com a diferença de que a sala de aula é onde ele quiser: seu próprio quarto, um parque ou um café. Há no máximo 19 alunos por aula para que todos participem e interajam entre si.  À tarde, eles desenvolvem atividades co-curriculares e projetos junto à comunidade, participam de grupos de estudos e de passeios, como visitas a museus e galerias. Todos moram no mesmo prédio.

A única diferença é que o aluno não vai para o auditório para ter aulas e ele não vive em um campus, a cidade toda é seu campus”

“Quando os pais me perguntam como funciona esse modelo que mescla conteúdos online e presenciais, eu digo que a única diferença é que o aluno não vai para o auditório para ter aulas e ele não vive em um campus, a cidade toda é seu campus”, afirma Alex.

Na Minerva não provas nem exames “finais”: todos são avaliados semanalmente, recebendo quatro notas por disciplina.

Quem a Minerva quer – Neagheen Homaifar, diretora de admissões da Minerva, explica: “Queremos alunos de cabeça aberta, que trabalham duro, são pró-ativos, resilientes e querem mudar o mundo, pode se começando por sua escola, seu bairro…”. Outro ponto importante, segundo ela, é curiosidade intelectual e cultural: “Buscamos estudantes famintos por absorver conhecimento. Se você só quer estudar Ciências da Computação, por exemplo, e não tem interesse em nenhuma outra área, a Minerva não é para você. Aqui é o lugar de gente com múltiplos interessantes e que quer ligar áreas do conhecimento.”

Buscamos estudantes famintos por absorver conhecimento

Diferentemente das outras universidades norte-americanas, a Minerva não exige o SAT (prova de lógica e inglês) e nem cartas de recomendação em seu processo de seleção. A instituição adota um exame próprio para medir os conhecimentos dos candidatos.

A candidatura envolve, além de prova, envio de redação, lista de accomplishments (realizações) dentro e fora da sala de aula, e de um vídeo de apresentação. Estudantes internacionais também devem realizar o TOEFL (teste de proficiência em inglês). Saiba mais sobre a seleção

Mensalidades e opções de bolsas – Um dos diferenciais da Minerva é oferecer educação de excelência a um preço significativamente menor que o de outras universidades norte-americanas altamente seletivas. A anuidade (tuition) da Minerva é de US$ 10.000, o que representa cerca de 25% do valor cobrado por outras escolas. O custo total por ano (incluindo livros, acomodações, alimentação, seguro-saúde, etc) é estimado em cerca de US$ 30.000.

Há ajuda financeira por meio de bolsas de estudo e também oportunidades de trabalho para a própria Minerva em diferentes setores. “Admitimos o estudante baseando-nos exclusivamente no seu mérito. Depois de aprovado, olhamos para sua situação financeira para verificar o que podemos fazer por ele”, explica Neagheen. As inscrições para a próxima turma começam no dia 1º de agosto pelo site da Minerva.

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