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Ao contrário do Brasil, nos EUA é simples trocar de curso na graduação

Redação do Estudar Fora - 22/07/2015
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Assim como qualquer estudante de ensino médio brasileiro, eu também já me preocupei bastante com a escolha do curso de graduação que iria fazer. Essa pressão que faz muita gente se descabelar faz sentido no Brasil, uma vez que, iniciada uma graduação, é bastante difícil voltar atrás e trocar de curso, pois dependemos de vagas remanescentes e outras limitações. Nos Estados Unidos, a história é outra, felizmente: você pode tanto pleitear uma vaga na universidade sem saber o que quer cursar (entrar indeciso) como também trocar de curso ao logo do caminho. A flexibilidade para decidir sua carreira é um dos pontos que mais gosto aqui, e vou explicar a seguir o porquê.

Antes de vir para a Universidade de Tulsa, já estava bem decidido sobre minha carreira profissional. Aliando minhas paixões por pesquisa científica e por química, decidi que queria desenvolver soluções por meio da pesquisa dos recursos naturais brasileiros.

O processo foi muito fácil. Precisei preencher um formulário de troca de curso, ou major como chamamos aqui, coletar assinaturas dos dois departamentos e, no mesmo dia, já passei a ser oficialmente um acadêmico do curso de Engenharia Química

Assim que cheguei a TU, logo na segunda semana de aula, consegui um projeto de pesquisa com um professor de departamento de Química. O tema: energias renováveis, outro assunto que sempre me interessou muito. As semanas e os meses se passavam e o gosto pelo projeto aumentava cada vez mais, de um jeito que me fez considerar trabalhar com aquilo no futuro. Depois de conversar com vários professores tanto do departamento de Química, quanto do de Engenharia Química e, após rever meus objetivos, cheguei à conclusão de que fazia mais sentido mudar para Engenharia Química, principalmente pelas possibilidades de se trabalhar com energias renováveis.

A partir disso, o processo foi muito fácil. Precisei preencher um formulário de troca de curso, ou major como chamamos aqui, coletar assinaturas dos dois departamentos e, no mesmo dia, já passei a ser oficialmente um acadêmico do curso de Engenharia Química!

A troca de major foi ainda mais tranquila para mim, uma vez que os dois cursos têm várias matérias em comum. Por fazer a troca bem cedo, praticamente nenhum grande ajuste no planejamento das aulas foi necessário. Mesmo em casos mais drásticos, digamos assim, ainda é possível fazer a troca. Por exemplo, meu colega de quarto trocou de Treinamento Atlético para Business. Em outro caso, uma amiga, duas semanas antes da sua colação de grau, fez a sua quinta (!!!) troca de major. Como os seus cursos anteriores eram bem relacionados, todos na área de Business, aquela mudança foi possível. Já em outros casos, quando são vários os ajustes a serem feitos, o aluno acaba por ter que se formar mais tarde ou ter aulas durante o verão para cumprir toda a carga horária.

A cada dia que passa fico ainda mais feliz por ter tomado a decisão da troca de major e fico muito feliz por ter tido essa opção aqui, que muito provavelmente não teria no Brasil.

No vídeo a seguir, Renan fala mais sobre a flexibilidade das universidades norte-americanas:

*Foto: campus da Universidade de Tulsa durante o inverno / Crédito: divulgação

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