8 aprendizados que um curso curto nos EUA pode te proporcionar além das aulas
Fazer um curso curto nos Estados Unidos é o objetivo de muitas pessoas, seja por motivos pessoais, seja por questões profissionais. Há uma grande oferta de programas desse tipo, com duração de algumas semanas (e que podem ser feitos durante as férias do trabalho, por exemplo), sobre diversos temas.
No entanto, independentemente do curso que você escolher, é bem provável que boa parte do seu aprendizado aconteça fora da sala de aula. O conteúdo de um curso, via de regra, é interessante. Mas a experiência de estar em outro país, em contato com pessoas diferentes, num ambiente de aprendizado diferente daquele ao qual você está acostumado — essa experiência muitas vezes é ainda mais interessante.
Por isso, falamos com quatro profissionais que participaram dos cursos mais recentes do Latin American Institute of Business (LAIOB) sobre os principais aprendizados que elas tiveram. Os cursos ainda estão com inscrições abertas até 8 de março. E embora nem todas tenham feito o mesmo curso, muitas delas compartilharam aprendizados semelhantes. Confira:
1 – Aulas também são feitas pelos alunos
“Tudo é muito participativo, a metodologia era muito prática. Não tinha ‘quilos’ de teoria: o tempo inteiro era alguma ferramenta, e depois a gente já aplicava essa ferramenta com o colega do lado e com a sala. E é tudo muito interativo. A gente trocou muita ideia com quem estava próximo de nós, fazendo as atividades, e foi e conectando muito com as pessoas. E você é muito protagonista do seu aprendizando. Não é o professor que vai ditando [o seu aprendizado], é como se ele só desse o caminho”.
Júlia Benzaquen Ferreira, fez o curso de Management na University of Ohio
2 – Conhecer a vida de estudante em outro país
“Mesmo sendo pouco tempo de curso, a gente se sentiu imerso na faculdade. A gente realmente viveu a experiência de comer no mesmo lugar que a galera come, de ter muito contato com os universitários, de estar num camus universitário, participar das mesmas festas que eles iam, participar dos jogos universitários que tinham numa quarta-feira… Então o tempo inteiro a gente se misturou, e isso eu não tinha a expectativa de que ia acontecer, e foi bem legal. Mesmo sendo só duas semanas, parecia que a gente tinha vivido um ano inteiro”.
Júlia Benzaquen Ferreira, fez o curso de Management na University of Ohio
3 – Há diversas maneiras de dar excelentes aulas
“[Os professores todos] impressionaram a gente, por mais que cada um tivesse um estilo, uma experiência ou um background diferente. A gente teve professores Ph.D, que faz pesquisas incríveis, e eles foram falar de suas pesquisas para a gente. A gente teve professores que tinham experiência fora da academia: um dos nossos professores era francês e, além de dar aula em universidades, ele em paralelo prestava consultoria para times de futebol sobre cultura organizacional e estratégia de envolvimento de time. E dava para sentir essa excelência na aula, o fato deles serem muito bons e trazerem toda essa experiência para compartilhar com a gente”.
Michele Puga Sarubbi, fez o curso de Management na University of Akron
4 – “Aprender muito” não precisa “demorar muito”
“Tinha algumas aulas em que os professores davam muito conteúdo em pouco tempo. A gente não ia necessariamente aprender sobre algo extremamente específico; eles lançavam temáticas e a gente discutia, debatia, e depois já ia para as outras. Isso exigia um pouco de nós. Não tem nada muito mastigado, eles lançam [os temas] e você quando chegar vai ter que estudar”.
Kerolayne Ancelmo da Silva, fez o curso de Management na University of Akron
“Muitos dos meus conteúdos eram assim: ‘gente, é isso aqui, e tem esses artigos e esses livros para vocês lerem sobre isso’. E não era nem leitura obrigatória para a próxima aula. Era engraçado que a gente até se perguntava se ele [o professor] iria dar aula sobre os livros, se a gente ia ter que ler aquilo, mas não. Eram só textos fortemente sugeridos”.
Júlia Benzaquen Ferreira, fez o curso de Management na University of Ohio
5 – Autoconhecimento pode te ajudar a trabalhar (e a aprender) melhor
“Todas passamos por um teste de personalidade […] que a universidade utiliza, e a gente explorou bem uma questão de autoconhecimento e de autoliderança, de você descobrir como é o seu perfil de liderança, ou seu perfil de se relacionar. E a partir [descobrir] disso como você se relaciona com os outros, como você consegue ler as outras pessoas, e como que você consegue utilizar isso enquanto líder para motivar, ou perceber como aquela pessoa está. E também para se comunicar ou criar uma estratégia de marketing, por exemplo”.
Ianna Brandão, fez o curso de innovative Project Management na University of Akron
6 – Inovação pode ser um processo
“A gente teve visitas a empresas, cada uma de nós, de acordo com o curso, visitou empresas diferentes. […] E uma das coisas que eles trouxeram era que a inovação, para eles, é rotina. Eles têm processos de inovação. Às vezes a gente acha que inovar é um negócio que vai meio que cair do céu, e na verdade tem um processo de buscar o consumidor, e tudo isso eles foram explicando etapa por etapa na visita”.
Ianna Brandão, fez o curso de innovative Project Management na University of Akron
7 – As outras pessoas também são um grande aprendizado
“É um curso onde vai muita gente diferente de você, então você sai da sua zona de conforto. Num dia você tá no seu trabalho, no seu dia a dia, e de repente cai numa turma de 100, 150 pessoas, cada uma de um lugar, cada um com uma experiência diferente, idades diferentes, e isso agrega muito valor para a experiência também”.
Kerolayne Ancelmo da Silva, fez o curso de Management na University of Akron
8 – Você pode até falar inglês, mas sempre pode melhorar
“Teve uma parte do curso que foi de Business English, que mesmo para quem já vinha com uma fluência em inglês ainda assim agregou muito valor. […] Mesmo para quem já conseguia viajar e trabalhar tranquilamente em inglês, agregou muito valor porque trouxe coisas daqui dos Estados Unidos. Algumas dicas de comunicação, ou dicas de formas de aprender inglês, por exemplo”.
Júlia Benzaquen Ferreira, fez o curso de Management na University of Ohio
“Todo mundo que tava lá poderia viajar e sobreviver tranquilamente num país que falava inglês, mas eles provocaram bastante a gente no sentido de “quais são seus objetivos com a língua inglesa?”, e se você quer ou não dar esse passo rumo a se tornar excelente falando inglês. E aí a gente ganhou muitas dicas de como trazer isso para o dia a dia”.
Michele Puga Sarubbi, fez o curso de Management na University of Akron