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Bolsista da Minerva destaca vantagens da universidade que leva os alunos para 7 países

Ensino de ponta, preço relativamente mais acessível, modelo de ensino interativo e possibilidade de estudar em sete países ao longo de um só programa. Estas são algumas das características da Minerva University, que tem sede em São Francisco, na Califórnia.

A anuidade (tuition) é de US$ 10 mil, o que representa 25% do custo de outras universidades privadas norte-americanas altamente seletivas. Os alunos aprovados podem ter os custos anuais subsidiados pela própria faculdade. Há, ainda, a possibilidade de estudar na Minerva com bolsa, por meio de parcerias com outras instituições. 

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A brasileira Rafaela Bastos Costa aplicou para o auxílio financeiro da universidade em 2021, em um processo que incluiu o envio do extrato bancário e imposto de renda dos pais. Inicialmente, a proposta de apoio que recebeu não foi satisfatória, mas depois de uma nova rodada de envio da documentação, a bolsa ofertada pela própria instituição de ensino atingiu um valor satisfatório. 

No entanto, ainda no ano passado, a mechanical designer foi aprovada no Fellowship Tech da Fundação Estudar, um programa para estudantes interessados na área de tecnologia, o que tem ajudado ainda mais a arcar com os custos dos estudos.  

Como ser aprovado para estudar na Minerva University

O processo seletivo da Minerva é composto por três etapas, sendo a primeira uma fase padrão, na qual os inscritos precisam fornecer informações gerais. Na sequência, os candidatos respondem a questões de matemática, raciocínio lógico e criatividade. Já a etapa final é o momento de apresentar as conquistas de vida. 

Para ser admitido, é fundamental demonstrar paixão pelos temas que serão abordados no programa, em paralelo ao caminho que o aluno já trilhou até o momento da application. “Sempre gostei de construir coisas com minhas próprias mãos, mas devido à alta carga horária da escola onde cursei o ensino médio, não tinha tempo para desenvolver projetos de engenharia. Ao concluí-lo, resolvi tirar um gap year para me candidatar a universidades americanas e explorar quem eu era fora da sala de aula”, conta Rafaela. 

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Durante o período de transição entre a saída do ensino médio e a entrada no superior, ela liderou um time para participar do NASA Rover Challenge, uma competição em que equipes constroem um pequeno veículo movido à força humana e o levam à sede da agência espacial no Alabama. “Comandar a primeira equipe brasileira nesta competição me ensinou bastante sobre liderança, engenharia e marketing, e foi uma atividade essencial na minha aplicação para a Minerva pois demonstrou que eu tenho iniciativa para explorar minhas paixões”, orgulha-se a Tech Fellow. 

Ainda segundo ela, saber demonstrar o real interesse por determinado campo – inclusive com atitudes concretas, como ter feito um curso online ou voluntariado na área em questão – é uma das principais dicas para conseguir ser aprovada em um programa de bolsa de estudos.

Modelo de ensino: um diferencial na Minerva University

O currículo da Minerva é multidisciplinar: todos os matriculados têm aula em quatro cursos básicos ao longo do ano, que são complementados pela experiência de imersão internacional adquirida por meio das aulas nos diferentes países. 

No lugar de um simples campus centralizado, quem estuda na Minerva School é incentivado a viver nas acomodações próprias da instituição nas sete cidades diferentes durante os quatro anos da graduação. 

No entanto, apesar de a rotação mundial chamar a atenção de grande parte dos estudantes, a proposta não foi a que saltou aos olhos de Rafaela de imediato. “Diferentemente de vários dos meus colegas de classe, eu estava até com um pouco de medo, mas disposta a aceitar o desafio. O que mais me interessava na Minerva era o seu currículo inovador, onde o foco é em ensinar habilidades e conceitos que podem ser aplicados em várias áreas do mundo real”, explica. 

Os alunos da Minerva aprendem se uma maneira bastante participativa, em um modelo de aula conhecido como “invertida”, já que eles se preparam previamente e somente após a participação do grupo é que a didática é estruturada. Para a mechanical designer, o formato das aulas, com menos de 20 pessoas por turma e inteiramente baseadas em discussões – pelo método Socrático – foi o grande diferencial. “Eu sabia que não queria ficar sentada em uma sala por uma hora e meia ouvindo uma palestra sobre um assunto que eu poderia facilmente achar no YouTube.” 

A aluna da Minerva destaca, ainda, a disponibilidade dos professores, não só em relação aos conteúdos do curso, como também para ajudar quem estiver interessado em adquirir aprendizados que vão além da grade curricular.

Projetos e habilidades que os alunos da Minerva desenvolvem

O estímulo do pensamento crítico e criativo, inteligência emocional e a facilidade para solucionar problemas de diversas áreas são algumas das aptidões que o corpo estudantil da universidade Minerva desenvolve. 

A instituição de ensino procura fazer com que os discentes sejam proativos. No caso de Rafaela, a iniciativa já foi colocada em prática ao tomar a decisão de se candidatar mesmo sabendo que a Minerva não oferecia o curso de Engenharia Mecânica, que era seu maior interesse. Ela resolveu abraçar a oportunidade e se comprometeu a aprender por conta própria sobre os temas que não faziam parte da grade. “No meu semestre em Seul (Coreia do Sul), eu estagiei em um laboratório maker desenvolvendo um drone. 

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Com os aprendizados em impressão 3D e Arduino devido ao estágio, busquei desenvolver meus próprios projetos”, explica a estudante, que atualmente desenvolve um cubo mágico robótico. 

Com relação aos próximos passos da aluna bolsista da Minerva University, trabalhar por dois a três anos nos Estados Unidos – de preferência em uma empresa que fabrica impressoras 3D – é o mais imediato. Na sequência, planeja cursar um mestrado em robótica e aprofundar os conhecimentos nos EUA ou na Europa.

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