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Brasileira dá dicas e fala sobre mestrado na LSE, em Londres

A London School of Economics and Political Science (LSE), principal universidade dedicada às ciências sociais da Europa, é uma instituição altamente internacionalizada. Localizada em Londres, no Reino Unido, conta com uma infraestrutura de ponta para receber alunos de vários lugares do mundo. No vídeo abaixo, você pode assistir a um vídeo de uma dessas estudantes –é a Maria Luiza, ou Malu, uma brasileira que faz mestrado na LSE e que gravou um vlog mostrando o dia em Londres. Depois do vídeo, você encontra o depoimento repleto de dicas que ela escreveu para o Estudar Fora:

 

Brasileira fala sobre mestrado na LSE 

Oi! Meu nome é Maria Luiza, mas você pode me chamar de Malu. Eu tenho 25 anos, sou economista de formação – alô UnB, sua linda! – e sou estudante de mestrado na London School of Economics and Political Sciences (LSE). Aqui eu estudo comportamento humano aplicado a políticas públicas e a ciência da felicidade e do bem-estar social.

Eu sou brasiliense – nascida e criada – mas metade do meu coração é de Minas e a outra metade é carioca – como uma boa alma candanga, que vem de vários lugares desse Brasil. Eu trouxe o meu samba pra um cantinho londrino chamado Caledonian Road, onde eu moro atualmente. Fica pertinho de Holborn – 20 minutinhos pela Piccadilly Line – o bairro onde eu passo a maior parte do meu tempo hoje.

Eu costumo dizer pra todo mundo que o estudante brasileiro é especial. Ele tem uma paixão que brilha nos olhos. Eu vim parar aqui justamente por causa dessa paixão que só a gente tem. A formação de economista despertou em mim uma sensibilidade inquieta diante do contexto brasileiro. Eu queria poder fazer algo com propósito, e queria, sobretudo, que a minha educação desse conta dessa complexidade bonita que é o Brasil – se é que me entende… Ser brasileiro é um mar de sentimentos que eu não trocaria por nada nesse mundo. É daí que a escolha de estudar políticas públicas se torna ideal, especialmente na LSE, onde o conhecimento é feito com uma boa dose de transversalidade.

Abrindo o jogo aqui pra vocês: eu também sempre fui meio apaixonada por Londres. Londres foi o primeiro lugar que eu escolhi vir sozinha, na minha adolescência. Eu tinha esse laço afetivo com a cidade desde nova, o que definitivamente pautou minha escolha de vir pra cá. Mas vou logo te avisando… morar em Londres é um desafio – que com certeza você consegue superar. Ser otimista me dá uma coragem pra certas coisas, sabe? Depois que o negócio rola, fico chocada que dei conta. Morar em Londres tem a ver com isso. 

Londres te ensina muito a ser capaz. Te ensina o valor da solidão e a grandeza de ser pequeno. Morar no exterior em cidade grande tem essa vibe: você se dá conta da sua pequenez e, pode, enfim, se impressionar com a grandiosidade do mundo. Morar aqui é uma oportunidade de conhecimento diário e, pra mim, conhecer liberta e te expande para novas formas de amar. É um metrô que você pega às duas da tarde e se depara com diferentes religiões, etnias e culturas. É um lugar a 8.845 quilômetros do Brasil mas que, se você der um jeito, consegue comprar leite moça e arroz Tio João em alguma loja de brasileiro na zona 3 – fica calmo, viu? A gente tá em todo lugar. 

A experiência na LSE tem sido tão intensa quanto a vida em Londres. Meu mestrado me ensina bastante sobre autonomia. Eu sou a maior responsável pela minha trajetória acadêmica e, acredite se quiser, isso pode ser bem assustador às vezes – no final, você queria um texto sobre estudar fora e ganhou uma possível crise existencial… Bom, bem vindo à vida do estudante internacional! –  A LSE é uma instituição bastante flexível e que preza muito pela liberdade de pensamento, o que te ensina a sonhar e ser curioso mas te obriga a fazer escolhas.  

Profissionalmente, a universidade tem me guiado bastante nessa fase turbulenta que é a procura de um emprego. Muitos de nós saem da graduação perdidos, sem entender qual pode ser a aplicação do nosso diploma no mercado de trabalho. Aqui, há muita preocupação em fornecer uma educação que converse com o mercado e de promover oportunidades na forma de eventos, feiras de carreira e networking presencial com alumni. 

A cultura institucional da universidade também é um ponto relevante. Aqui na LSE, nós temos acesso ao Student Hub, um aplicativo que conecta o estudante à sua grade e à agenda de seus professores. É fácil e prático marcar um horário com qualquer professor do seu departamento. Além disso, há o Careers Hub, um espaço virtual no qual é possível se inscrever em diferentes eventos, acompanhar oportunidades de trabalho e marcar agendamentos com consultores de carreira para assuntos diversos – como construção de currículo e de carta de motivação e treinamento para entrevistas. 

Por último, acho essencial conversarmos sobre o processo de aplicação e como eu cheguei até aqui. Estudar fora requer planejamento, e, no meu caso, foi um ano de preparação. Nesse planejamento, dê um carinho especial à sua carta de motivação e aprenda a se vender. Isso está relacionado, essencialmente, a se conhecer. Qual a história que você quer contar sobre si mesmo? – E, aqui, deixo claro: toda experiência é válida. Você só precisa descobrir como vai contar essa história. 

Outro aspecto é entender qual o perfil de estudante da universidade escolhida. Estudar fora é uma escolha que precisa ter propósito e fazer sentido pra você. Opte por uma universidade que converse com seus valores e reflita o que você quer ser. Para descobrir isso, você precisa pôr sua cara à tapa e conversar com as pessoas. Não tenha medo de enviar e-mail pra universidade e entrar em contato com pessoas que você não conhece pessoalmente. Seja confiante. Quem tem boca vai à Roma! E eu recomendo que você comece perguntando ao nosso melhor amigo digital, o chat GPT, qual a opinião dele sobre isso.  

Finalmente, se você está perdido e não sabe por onde começar, meu conselho final é: comece pela língua. Eu comecei a estudar inglês com dois anos de antecedência. A experiência do inglês na vida real é muito diferente da sala de aula. Mas não deixe isso te intimidar. Perca a timidez. Você vai se impressionar com o peso desnecessário que dá à necessidade de “falar certo” – nem os nativos estão tão preocupados com isso. O importante é se comunicar e não há nada que o tempo não resolva! 

Ah, mais uma coisa: ponha o inglês na sua rotina. Por um ano, eu escutei o Podcast da BBC News todos os dias no carro indo trabalhar. De bônus, você ainda treina seu ouvido para diferentes sotaques. 

Boa sorte! Confie em ti. Eu boto fé em você!

Um abraço,

Malu. 

Ficou interessado em estudar na LSE? Acesse o site da universidade

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