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Brasileira conta como é participar de programa de inovação na Noruega, o Young Sustainable Impact

brasileira no Young Sustainable Impact

Quando leu sobre o Young Sustainable Impact (YSI), programa de inovação na Noruega, a paulista Ana Ribeiro Cruz logo se identificou com a proposta. “Eles juntam duas coisas de que eu gosto muito: empreendedorismo e desenvolvimento de tecnologia”, conta a estudante, que cursa a graduação em Engenharia Elétrica.

A iniciativa pretende selecionar jovens talentos que tenham interesse em desenvolver startups focadas em impacto e que atuem em prol dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). O YSI desenvolve-se, inicialmente, por meio de uma plataforma online em que os participantes trabalham em times internacionais.

Por meio do projeto, os jovens aprendem sobre como esboçar uma ideia de startup, construir um modelo e desenvolver protótipos, além de estabelecer um plano de ação. Depois disso, embarcam para uma viagem de duas semanas em Oslo, capital norueguesa, onde encontram todos os jovens do Young Sustainable Impact, seus mentores e possíveis investidores.

Como Ana explica, não era apenas o aspecto técnico e a possibilidade de aprender sobre inovação que a atraíram para a iniciativa, mas também o viés social. “Não foi um programa em que eu entrei só para constar no currículo, é algo em que eu realmente acredito”, resume a brasileira.

Como funciona o Young Sustainable Impact

Os jovens selecionados pela iniciativa são divididos em grupos de estudantes de diversos países. Todos encaram uma etapa de aprendizado sobre os temas do projeto – incluindo noções de negócios e sustentabilidade -, com aulas e reuniões de time, além de mentoria.

“A gente teve uma reunião com dois professores de economia de universidades norueguesas, em que o tema eram modelos de negócios sustentáveis”, conta a estudante de engenharia. “Logo começamos a idealizar como encontraríamos uma solução em um case“. Depois da aula, o processo continua, já que os participantes recebem materiais para ler por uma plataforma própria.

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Os jovens que integram as equipes têm entre 16 e 25 anos de idade, mas recebem apoio de profissionais mais experientes. “Nós recebemos mentoria, conversamos todos os dias com pessoas que sabem muito sobre economia, sobre sustentabilidade e sobre tecnologia“, diz Ana. “Pelo fato de estarmos com pessoas que têm um currículo tão extraordinário, a gente acaba sendo ‘puxado’ para sempre melhorar”.

Depois da etapa batizada de pre-learning, chega a vez de elaborar os projetos em grupo e desenvolver protótipos. É com esse tipo de material que os estudantes embarcam para a Noruega, para a parte presencial do Young Sustainable Impact. No país nórdico, a mentoria passa a ser presencial e os alunos contam com a ajuda de uma equipe no teste do protótipo.

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Também é a primeira chance dos times se conhecerem pessoalmente e participarem de confraternizações e eventos em Oslo. “A primeira ministra norueguesa gravou um vídeo nos parabenizando pelo feito de termos sido escolhidos”, detalha a brasileira, uma das 21 pessoas escolhidas para o YSI.

Como é o processo seletivo

Até chegar a um time enxuto de selecionados, a equipe do Young Sustainable Impact avalia as candidaturas em duas etapas. Na primeira, os jovens enviam um formulário com detalhes sobre sua trajetória acadêmica e profissional, bem como as motivações para participar da iniciativa.

A partir dessas informações, convocam um grupo menor para entrevistas por vídeo. Como explica a brasileira, o clima da conversa é descontraído e há espaço para que o estudante conte suas conquistas. “Como estou envolvida com a área de engenharia elétrica e energia renovável, eu tinha alguns hardwares que mostrei para eles e expliquei como funcionavam”, detalha ela.

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Como orientação a quem também deseja se inscrever em edições futuras, Ana Ribeiro Cruz recomenda uma postura transparente sobre as próprias conquistas e interesses. “Eles me perguntaram qual era minha maior habilidade e eu disse que eu era muito boa em hardware, mas que não sabia muito sobre software. Eu poderia ter enfeitado a minha resposta, mas fui sincera”, conta a paulista.

Mencionar pontos fracos ou dificuldades não fez com que perdesse pontos. “Eles me colocaram em um grupo junto de um rapaz que é muito bom em software, combinaram bem as nossas habilidades”, explica. Encarar o processo seletivo e as atividades do Young Sustainable Impact valem a pena, segundo Ana. “Talvez o projeto que a gente desenvolva para o YSI não dê certo, mas a experiência é algo que vou levar para a minha vida inteira”.

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