O baiano Rafael Basto, de 20 anos, está prestes a começar seu segundo ano como aluno de física de Stanford, uma das melhores universidades dos EUA e do mundo. Além de Stanford, Rafael foi aprovado em outras dez instituições de renome: Harvard, Caltech, Princeton, Northwestern, Duke, Johns Hopkins, Georgia Tech, Colorado Boulder, Toronto e British Columbia (as duas últimas no Canadá).
O jovem participou do Prep Estudar Fora, programa gratuito da Fundação Estudar, que tem como objetivo oferecer orientação sobre o processo de candidatura em universidades de fora do país. As inscrições estão abertas até o dia 4 de outubro e podem ser feitas através do link (disponível aqui)!
Brasileiro conta como foi aprovado em Stanford, Harvard, Princeton e outras
Rafael conta que começou a pensar sobre a possibilidade de cursar a universidade em outro país quando ainda estava no 8º ano do ensino fundamental. “Entendi que estudar fora poderia me dar várias oportunidades que talvez eu não tivesse no Brasil. Eu queria o melhor possível para me desenvolver”, diz.
Para realizar o sonho, o estudante decidiu aperfeiçoar seu currículo com atividades extracurriculares, já que ser um ótimo aluno não seria suficiente para entrar nas melhores do mundo. “Meu principal foco foi o desenvolvimento de projetos. Fui atrás de uma medalha internacional para alcançar meu objetivo”, relembra.
A meta foi cumprida em 2019: Rafael ganhou uma medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Física, competição que conta com estudantes do mundo todo.
O aluno de Stanford conheceu o Prep Estudar Fora enquanto cursava o ensino médio. “Tive recomendações de colegas que fizeram parte e decidi me inscrever”, explica. De acordo com o estudante, o programa foi fundamental para ajudá-lo no application, processo de inscrição nas universidades estrangeiras totalmente diferente do brasileiro.
“O application é muito complexo. Sem o Prep eu não teria conseguido organizar todas as demandas. São testes, cartas, redações. É muita coisa”, diz. Ele explica que existe uma teoria por trás de cada candidatura, o que requer que os candidatos conectem os pontos de suas trajetórias para criar uma narrativa interessante e coerente.
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“Os especialistas do Prep conhecem essa teoria e me ajudaram a contar a minha história. As sessões de brainstorming foram fundamentais para que eu conseguisse apresentar minha candidatura de forma que ela se destacasse”, relata.
Em 2020, Rafael recebeu como recompensa a tão sonhada aprovação, que trouxe também uma difícil missão: escolher a universidade de destino. Entre tantos nomes de peso, como Harvard, Caltech e Princeton, ele diz que Stanford foi a escolhida por ter um programa forte em tecnologia. “Quero poder aplicar a física no desenvolvimento de tecnologias, então esse foi um fator importante”, pondera.
Ele não nega que um outro elemento teve peso na avaliação: o clima. Stanford fica em Palo Alto, na Califórnia, região que tem clima bem mais ameno que o congelante Massachusetts, estado onde Harvard está localizada. Nas universidades canadenses o problema seria o mesmo. “Não foi o fator decisivo, mas poder estudar em um lugar com mais sol com certeza foi importante”, reflete.
Apesar de a experiência em sala de aula ter sido extremamente enriquecedora, Rafael enfatiza que a convivência com os outros alunos da instituição foi o que mais causou impacto no primeiro ano da graduação. “Ter a oportunidade de conviver com pessoas com tantos históricos diferentes nas aulas e na residência foi realmente incrível. É uma troca muito grande”, avalia.
O que o Prep oferece
Serão selecionados cerca de 40 estudantes, que receberão orientação individualizada de especialistas sobre o processo de candidatura utilizado na seleção para graduação no exterior, especialmente por instituições norte-americanas. Serão abordados temas como provas SAT e ACT, exames de proficiência em inglês como TOEFL e IELTS, essays, college list, etc.
Ao longo do ano, os jovens também são acompanhados por um mentor que tenha cursado a graduação em outro país. A organização também proporciona auxílio financeiro para os custos do application, caso necessário.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Estudar aponta que o ingresso em universidades de ponta dos Estados Unidos está cada vez mais competitivo para os estudantes brasileiros. De acordo com o levantamento da organização, houve uma queda de 14% no número de candidatos aprovados, entre 2017 e 2019, nas 40 instituições de ensino superior analisadas. Por outro lado, do total destes jovens que conseguiram aprovação para uma graduação no país nos últimos anos, 15,5% deles fizeram o Prep Estudar Fora.
Quem pode se candidatar ao Prep Estudar Fora
Para fazer parte do programa, o candidato precisa ser um aluno do penúltimo ou último ano do ensino médio. É necessário ter alto desempenho acadêmico, possuir um histórico relevante de participação em atividades extracurriculares, demonstrar excelente domínio do inglês e não ter ingressado na graduação. Não há restrição de renda, pois a Fundação Estudar procura alunos de destaque, seja na rede pública ou em colégios particulares.
O processo seletivo do Prep Estudar Fora é dividido em três etapas eliminatórias, ambas realizadas virtualmente. Formulário online; teste de lógica, inglês e perfil; vídeo de apresentação e redação são as etapas da primeira parte. Caso o candidato seja selecionado para a próxima etapa, passará por uma entrevista em inglês e um painel.
As inscrições encerram-se no dia 4 de outubro e podem ser feitas através do link (disponível aqui)!
